Capítulo 113

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Demorou um pouco até Christopher resolver aparecer. Me senti péssima com o modo como ele interpretara o fato de eu engravidar. Não se tratava apenas de um desejo dele.

- Desculpa. – Ele se sentou próximo a mim tirando a minha franja do rosto. – Eu não devia ter dito aquilo e estou me sentindo mal por isso. – Fiquei calada, sabendo que se eu abrisse a boca para falar alguma coisa começaria a chorar. – Era para ter sido um momento lindo e eu estraguei tudo. – Assenti. – Me perdoa vai. Eu te amo e já amo muito esse bebê aí dentro.

- Acha que eu vou conseguir?

- Dulce, pelo amor né. – Christopher fechou os olhos soltando um riso fraco. – Você viu o que me disse quando eu falei aquela bobagem? Você disse que não precisava de mim. Que vocês não precisavam de mim.

- Mas não é verdade, eu preciso sim.

- Não. Não precisa, mas mesmo assim eu estarei aqui sempre, para vocês dois. – Ele se abaixou e depositou um beijo demorado na lateral da minha cabeça.

- Faz um favor para mim? – Ele assentiu. – Toma um banho e tira esse perfume? Eu não estou suportando esse cheiro.

Christopher assentiu e sem dizer mais nada ele se retirou. Voltou cerca de uns quarenta minutos depois apenas de bermuda. Agora ele tinha um cheirinho fraco e gostoso de sabonete.

- Agora sim. – Me aconcheguei em seus braços sentindo o cheirinho. – Por mim você joga aquele perfume fora.

- Pensei que gostasse dele.

- Eu também. – Mordisquei o queixo dele.

- Conta para mim como foi que descobriu? Como tudo aconteceu?

- Ah. Sabe, eu fiz besteirinha sem proteção e aconteceu.

- Besteirinha? – Fechei meus olhos sentindo os dedos dele passarem lentamente em minhas costas sobre o hobby.

- É.

- Bobinha.

- Só um pouco. – Mostrei uma quantidade a ele e ele riu. – Eu procurei minha ginecologista quando voltamos de viagem. Eu queria parar de tomar o anticoncepcional. Queria conselho sobre isso sabe. Pensei que demoraria mais para acontecer, porque já faz muito tempo que tomo remédio, mas foi bem antes do que eu previ.

- E de quanto tempo estamos?

- Não sei ainda Chris. Ainda não fui no médico, Christian me ajudou com um teste de farmácia. – Estiquei-me até o criado mudo procurando os testes na minha bolsa. Tirei-os e entreguei a Christopher.

- Então vamos marcar ok? Quero estar presente em todos os momentos. – Ele analisou os dois testes. – Posso guardar comigo? – Assenti.

- E os seus pais? Como acha que eles irão reagir?

- Não sei. Felizes, talvez.

- Surpresos.

- É. – Christopher ergueu minha cabeça me fazendo encará-lo. – Obrigada. – Sorri e então nos beijamos. Ele desfez o laço do meu hobby e então passei minha perna para o outro lado de seu corpo. Senti as mãos deles subirem para meus ombros e então calmamente ele tirou meu hobby. Seus lábios soltaram os meus e desceram para meu ombro e depois para meu seio onde ele deu leves beijos. Com uma mão ele apertou de leve meu outro seio, o que proporcionou um desconforto.

Ignorei a dor e levei minha mão até o cós da bermuda dele. Abaixei-a juntamente com sua cueca liberando seu membro já ereto. Arrumei-me melhor em cima dele, afastei minha calcinha e me sentei sobre ele. Soltei um gemido de dor. Não fazia ideia do quão sensível estava meu corpo.

- O que foi? – Christopher me olhou preocupado? – Se machucou?

- Não. – Menti. Eu precisava dele, precisava senti-lo.

- Tem certeza?

- Absoluta. – Voltei a beijá-lo e comecei a me movimentar lentamente desejando que a dor fosse tomada pelo prazer. Isso quase não aconteceu, mas deixei que rolasse.

Cinco horas da manhã e eu ainda não havia dormido. Não conseguia pregar os olhos e Christopher estava apagado ao meu lado.

Levantei-me, tomei um banho e depois fui até o andar de baixo onde tomei um copo de água.

Já estava amanhecendo quando entrei no escritório do meu pai. Por instinto comecei a mecher em suas coisas. Abri a gaveta da escrivaninha e encontrei um dossiê com um carimbo escrito "confidencial". Abri a pasta e comecei a ler: "Dossiê Luis Rodrigo Padilla Reyes"

Perdi a noção do tempo do quanto fiquei ali lendo as barbaridades escritas no dossiê. Nem mesmo me dei conta do quão trêmula estava e de quantas gotas de lágrimas haviam pingado nos papeis. O que tinha ali era bárbaro demais. Eu não queria acreditar no que estava lendo.

Quando ouvi um barulho vindo do andar de cima joguei o dossiê na gaveta e saí dali enxugando o rosto. 

Meu Guarda-Costas | VONDY (EM REVISÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora