CAPÍTULO VINTE E DOIS

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— Acorda! Acorda! — A voz de Christian parecia estar próxima, mas não fora suficiente para acordá-la de um sono pesado, o qual ela caiu ali mesmo na sala. Um baque na cabeça a fez acordar assustada, Dulce logo se sentou tentando descobrir o que tinha acontecido, até ver os amigos rindo e Alfonso com uma bola de futebol nas mãos.

— Morreu mas passa bem.

— Você jogou uma bola na minha cabeça? — Perguntou ela massageando o local dolorido. — Vocês são um bando de psicopatas, isso doeu.

— Ai não chora bebê, vem aqui, a Annie dá beijos. — Disse a loira, aproximando-se dela, jogando em cima de Dulce e enchendo-a de beijos.

— Sai pra lá, parece chiclete! — Dulce a empurrou.

— Ogra!

— Vem cá, você dorme ou hiberna? — Christian pousou sua mão em sua cintura a olhando.

— Depende do meu estado de cansaço. Há quanto tempo estão aqui e quem autorizou a entrada?

— Não interessa. — Maite respondeu, Dulce gesticulou com o dedo do meio na direção da amiga.

— Que horas são? — Se levantou.

— São exatamente meio-dia para as quatro. — Christian respondeu em deboche.

— Morre Christian, inferno! — Dulce pegou o celular que estava na beirada do sofá, prestes a cair no chão.

— Parece que o papai comprou um telefone novo. É o que acabou de lançar? — Perguntou Maite curiosa.

— Pelo incrível que pareça quem comprou foi o Pudim de Calabresa. — Ela sacudiu os ombros fingindo não se importar, mas ao mesmo tempo olhando o desenho na parte de trás. — Não é fofinha essa capinha?

— Desde quando você anda aceitando presentes dele em Dulce? — Questionou Alfonso, talvez percebendo que algo ali estava completamente fora do normal.

— Ele não fez mais que a obrigação, né? Quebrei o meu outro com ele, lembra?

— Por falar nele, onde ele se meteu?

— Sei lá, não tenho bola de cristal. Deve estar no quarto dele.

— A gente veio para o almoço, estamos famintos e a comida já está pronta, vamos comer? — Maite perguntou, seus olhos brilhavam na direção da cozinha. — E está cheirando tão bem.

— Aqui virou a casa da mãe Joana mesmo, né? Eu preciso ir lá em cima, por que não vão se ajeitando na cozinha?

— Eu acho que vou lá acordar o bebê.

— Não precisa Annie, eu faço isso, sempre quis jogar ele pra fora da cama. — Dulce deu um sorriso maléfico.

— Coitadinho Dul, ele é tão fofinho, tem que acordar com beijinhos.— Foi interrompida.

— Não ouviu ela Anahí? — Alfonso perguntou arrogante.

— Já vai começar! — A frase saiu em uníssono pelos três outros amigos.

— Eu não me lembro de pedir a sua opinião, idiota! — Anahí saiu chateada em direção à sala de jantar.

— Pesado! Eu já volto.

Depois de ficar alguns minutos parada dentro do próprio quarto sem se lembrar exatamente o que queria fazer, Dulce lavou seu rosto para se livrar do sono e depois foi acordar Christopher. Chegou a bater na porta, mas além de estar entreaberta não obteve nenhuma resposta. Não pôde evitar ficar ali, observando-o dormir, seminu, vestindo apenas uma cueca branca e completamente de bruços. — Puta bunda viu! — Resmungou, entretanto, se lembrara algo sobre ele dizer que não consegui dormir direito se não fosse do lado em que seu rosto estava machucado.

Meu Guarda-Costas | VONDY (EM REVISÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora