Capítulo 96

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Cheguei cedo na casa do meu pai no dia seguinte. Bem cedo mesmo, na verdade foi difícil esperar amanhecer para poder ir até lá. Não preguei oo olho a noite toda pensando no assunto da viagem. Lunna tinha razão, talvêz essa viagem fosse realmente para nos deixar bem novamente. Eu amava Christopher e não poderia deixar que outras pessoas atrapalhassem esse sentimento e desistir de Christopher, desistir desse amor, seria o mesmo que desistir de mim.

Entrei no quarto dele sem que ele notasse. Ele estava dormindo profundamente, de bruço, apenas com uma cueca boxer branca. Me sentei no chão, ao lado de cama e o fiquei olhando. Ele era tão lindo, tão perfeito, tão meu e eu não iria deixar nenhuma biscate tomá-lo de mim.

Acabei pegando no sono enquanto o vigiava dormir e acordei sentindo algo passar levemente sobre minha bochecha. Abri meus olhos e topei com os dele à minha frente e sua mão acariciando meu rosto.

- Faz muito tempo que você acordou?

- Não, mas você me parece cansada. Que horas chegou aqui?

- Ainda estava amanhecendo.

- Entendi. Está cedo ainda, deita aqui. - Ele afastou me dando espaço e eu me deitei com a cabeça em seu peito.


Adormeci com as carícias de Christopher. A vantagem de brigar com ele, é que quando voltávamos a nos tocar eu sentia algo inexplicável. Estar nos braços dele era tudo pra mim.

Acordei e estava sozinha no quarto dele. Levantei, fui até o banheiro e lavei meu rosto. Estava com uma olheira horrível. Fui até meu quarto e procurei alguma maquiagem. Minha sorte é que eu tinha tantas que não dei conta de levar todas para meu apartamento.

Depois de me dar um trato eu fui até o andar de baixo. Christopher estava tomando sol perto da piscina enquanto usava um celular novo. Pelo menos acho que era, porque eu joguei o dele com tanta força no chão que duvido que ele tenha resistido à queda.

- Oi. - Falei baixo enquanto me sentava na espreguiçadeira ao lado. - O que está fazendo?

- Olhando uns hoteis. - Ele deixou o celular na mesinha ao lado e se sentou. - Dormiu bem?

- Eu apaguei.

- O almoço já saiu, mas se quiser posso esquentar algo pra você comer.

- Não precisa se preocupar, depois eu como alguma coisa. - Forcei um sorriso. - A gente precisa conversar né?

- Hurrum.

- Eu queria te pedir desculpa pelo que fiz. Estou me sentindo um lixo por isto.

- Acho que você precisa pedir desculpa a si mesmo por isso. Você não é um lixo.

- Sim, é isso que eu sou Chris. - Ele negou e segurou minhas mãos. - Eu transei com um cara que se eu ver na rua sequer vou reconhecer porque eu não tive nem coragem de fazer isso sem estar bêbada.

- A culpa é minha. Na sua cabeça estava me dando o troco, mesmo que por algo que não fiz. - Ele desviou o olhar. - Eu prefiro pensar assim.

- Me perdoa por ter feito isso?

- Perdoo, mas com uma condição.

- Diga.

- Que você pare de beber dessa forma. Sei que é a única coisa que te faz esquecer esses seus problemas, mas é algo que você precia superar também. Precisa superar tudo isso que te deixa pra baixo e seguir a sua vida.

- Eu não sei se consigo. É mais forte que eu.

- Primeiro você precisa querer isto tá bom? E eu vou estar aqui pra te ajudar no que precisar. - Ele depositou um beijo em minha mão. - E você precisa confiar mais em mim.

- Eu sei.

- Eu não senho motivo algum pra trair você, porque simplesmente eu sou louco por você Dulce. Você é a única garota por quem eu tenho olhos. É a única que desejo de corpo e alma.

- Tem alguém tentando destruir nosso namoro Chris.

- Eu sei. Na verdade eu estou tentando descobrir quem está fazendo isso. - Ele deu uma apertada leve em minhas mãos. - Eu acho que tem alguém querendo destruir não é bem o nosso namoro.

- Como assim? - O olhei nos olhos.

- Tem alguém querendo destruir você. Não é a primeira vez, lembra?

- Está falando do envenenamento? - Tremi só de pensar nisso. - Está dizendo que tem alguém me vigiando, seguindo meus passos, e tentando me eliminar?

- Não sei dizer, mas temo que sim., mas por favor, não vá ficar paranoica achando que todo mundo que olhar pra você está querendo fazer algum mal tá bom? Seu pai e eu estamos agindo com cautela. - Engoli seco.

- Estou com medo.

- Eu vou proteger você. - Ele me puxou e me fez sentar em seu colo. Deitei minha cabeça em seu ombro. - quanto à viagem, não diga a ninguém.

- A Lunna já sabe, mas tenho certeza que ela não falaria pra ninguém.

- Então diga a ela. - Ele pegou o celular na mesinha e me entregou. - Ah, e eu quero que você troque seu número de telefone., de preferência o aparelho também.

- Está grampeado?

- Não tenho como saber, então vamos tomar todo o cuidado que estiver ao nosso alcance.

- Tá bom. - Peguei o celular e disquei o número de Lunna chamando-a para ir na casa do meu pai.

Fiquei ali com Christopher até ouvir vozes dentro de casa, e em seguida um choro de bebê.

- Seu pai foi buscar a Anny. Devem ser eles. - Christopher falou enquanto íamos para dentro. E para minha grande surpresa, não estavam apenas meu pai, Poncho e Anny com o bebê. Os pais de Anny também estam ali. 

Meu Guarda-Costas | VONDY (EM REVISÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora