Capítulo 83

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- É um menino, é um menino. - Anahí entrou no quarto aos pulos e gritando. Se passaram quase dois meses desde então. Anahí foi hoje depois da aula com Alfonso fazer a ultrasson.- É um menino Dulce. - Ela abriu a bolsa e retirou de lá um disco. - Eu trouxe pra você ver, ele é tão lindo.

- Barbie calma, assim você vai parir essa criança antes da horas. - Peguei o disco e fui até meu computador.

- Ele é perfeito. Você precisa ver. Eu chorei tanto Dulce, não mais que o Christopher, claro, mas chorei. É uma sensação tão boa. - Ela falava tão rápido que chegava a tropessar nas próprias palavras.

- Imagino. - Deixei o computador terminar de ligar.

- Mas que gritaria é essa aqui? Vocês não estão em um bordel. - Christopher falou entrando no quarto, com uma bandeija e três copos de suco. - Já soube da novidade Anny, parabéns. - Ele deixou a bandeija na cama e a abraçou. -Alfonso mandou mensagem pra mim, ele foi mais rápido. E já que a senhorita não pode beber, eu trouxe um suco pra gente brindar. - Ele entregou um copo de suco para cada uma de nós e pegou o outro. - Ao nosso Pietro. - Ele estendeu o copo e Anahí e eu o seguimos.

- Pietro? - Perguntei e Anahí assentiu orgulhosa acariciando a barriga que estava cada vez maior.

- Poncho quer fazer um jantar no apartamento dele hoje pra comemorar, o que acha Dulce?

- Legal. - Voltei minha atenção ao monitor e coloquei o DVD. A imagem se abriu e pude ver o bebê. Aposto como Alfonso pagou caro para fazer o ultrasson em 3D. O narizinho, o olhinho, a boquinha, ele era realmente perfeito. Me emocionei ouvindo os batimentos fortes dele.

- Vê, é um menino lindo. - Ela apontou o sexo do bebê e eu assenti. - O que foi Dulce? Está tudo bem?

- Não é nada. - Coloquei o copo em cima da mesa e tirei o DVD. Entreguei a ela e saí do quarto, desci para a sala e fiquei lá.

- Posso saber o que há agora? - Christopher se jogou no sofá e se deitou com a cabeça no meu colo.

- Não é nada, já disse.

- Não é nada. - Ele revirou os olhos. - Você ficou triste de uma hora pra outra e ainda saiu de lá daquela forma. Diz pra mim vai, prometo não dizer a ninguém.

- É só que vendo o bebê me deu algo ruim, sabe.

- Como assim?

- Eu fico pensando se algum dia eu terei coragem de ter um filho. Quando digo que não quero ter filhos, não é por odiar crianças, é por não ter uma presença materna. Eu jamais saberia cuidar de uma.

- Sabe o que eu acho? - Neguei. - Acho que quando chegar sua hora, você vai ser a melhor mãe do mundo. Você poderia ter sido criada isolada do mundo Dulce, não importa, vocês mulheres já nascem com esse dom.

- Eu não consigo acreditar nisso, e você sabe porque. - Olhei para a janela. - Pra vocês é fácil dizer, porque vocês cresceram sendo amados dentro de uma família completa, enquanto eu não cheguei nem perto disso.

- Não pensa nisso agora, porque quando a gente tiver nosso bebê, seremos os melhores pais do mundo, eu prometo isso pra você.

- Nosso bebê? - Ele assentiu. - Acho que isso ainda vai demorar muito.

- Não importa. Agora desmancha essa carinha triste e me dá um sorriso.

- Não. - Desviei o olhar.

- Ah vai lá, me dá um sorrisinho. - Ele se sentou apertando minha bochecha. - Por favor.

- Chato. - Mostrei língua pra ele.

- Biquinho lindo.

- Solta minha bochecha. - Tirei a mão dele do meu rosto.

- Não esquece que eu te amo viu? - Ele me abraçou. - Agora que tal você subir, tomar um banho, vestir uma roupa bem legal? Temos um jantar pra ir.

- Estou com preguiça.

- Vai estar todo mundo lá, inclusive sua irmã e o Arthur.

- O Arthur? - Ergui minha sobrancelha. - Sim. Christopher chamou a Lunna e ela perguntou se podia levar ele.

- Hmm, que bom. - Dei de ombros. - Eu vou subir pra tomar banho, o que acha da possibilidade de um convite?

- Eu acho muito bom. - Ele respondeu sussurando em meu ouvido.

- Safado. - Dei um tapa leve no peito dele.

- Eu que sou safado? Você convidou.

- Eu perguntei o que você acha de uma possibilidade, não foi um convite. - Roubei um selinho dele.

- De qualquer forma eu me convido a isso. - Ele olhou no relógio. - Mas tem que ser agora, antes que seu pai chegue. - Revirei os olhos. - Não é pra você que ele olha torto toda vez que te vê ok?

- Até parece. - Me levantei.

- Volta aqui. - Ele me puxou novamente me fazendo cair em seu colo e me beijou acariciando minha cintura.

- Eu te amo. - Sussurrei entre o beijo. - Muito.
Subimos para tomar um longo banho e depois quando a noite chegou nós três fomos para o apartamento de Alfonso que só faltava soltar purpurina de tanta felicidade.

- Eu vou pintar o quarto amanhã. - Ele falou todo feliz. - Aproveitar o sábado. O que você acha de Azul Anny? - Ele perguntou e Anahí o olhou com a boca cheia de batata Ruffles. - Desse jeito não vai conseguir jantar. - Ela deu de ombros e saiu com uma vasilha cheia nas mãos. - Eu quero deixar o quarto azul clarinho sabe, e os móveis todos brancos mas com algumas coisas azuis também.


- Eu prefiro verde. - Christopher falou.

- Mas eu gosto de azul. - Deu de ombros. - Vai ficar lindo, já posso até imaginar. Vou fazer uma prateleira cheia de carrinhos de colecionador pra ele, assim como eu tinha na casa da minha mãe.


Aos poucos os outros foram chegando. Maitê e Mane, Lunna e Arthur, Christian com Amy (o
que eu achei completamente desnecessário mas fiquei calada) e enfim estávamos todos ali. Alfonso não parava de falar do quarto do bebê e ao mesmo tempo que tem que começar a fazer o enxoval e blá, blá, blá.

- Dulce. - Lunna me chamou enquanto todos conversavam. - Pode vir aqui na sacada um minuto? - Assenti e fui até ela.

- O que foi? - Ela olhou em volta. - Aconteceu alguma coisa?

- Sim. É que... eu queria que você fosse a primeira a saber.

- Saber de quê? - Cruzei os braços.

- É que... - Ela coçou a testa desviando o olhar. - O Arthur e eu... sabe... rolou.

- Vocês transaram? - Perguntei alto e as meninas que estavam na sala olharam pra gente, por sorte os meninos estavam na cozinha. - Ops, desculpa. - As bocehcas de Lunna coraram instantâneamente.

- Lunna virou mulher. - Anahí veio ao nosso encontro seguida por Maitê e Amy. - Conta tudo Lunna.

- Vocês vão matá-la de vergonha meninas.

- O que tem de mais? Nós somos amigas, e bom, já que dona Anahí e dona Dulce não contaram nada pra mim, eu quero saber. - Maitê pediu. - Conta vai.

- Ah sei lá, foi legal, foi bom.

- E como está se sentindo agora?

- Realizada.

- Ele é bom de cama? - Amy perguntou e eu arregalei os olhos. - O que foi? É só uma pergunta.

- Ele tem pegada. - Ela confirmou. - Além do mais ele foi super carinhoso comigo sabe.

- E doeu? - Maitê perguntou com os olhos arregalados.

- Claro né Maitê. Deixa o Mene arrombar você e você vai ver. - Falei incrédula.

- Ai eu só queria saber. - Ela se encolheu. - E eu só vou descobrir quando eu me casar. - Ela deu de ombros. - Dói muito?

- O que dói? - Christopher perguntou chegando atrás da gente.

- Nada amor, nada. - Olhei Lunna que suspirou aliiviada.

- Olha, quando vocês se juntam assim com certeza é pra fofocar. - Ele passou entre as meninas e veio até mim.

- Nós não fofocamos. - Roubei um selinho dele. - Apenas colocamos a conversa em dia.

- Harram. - Ele me beijou calorosamente.

- Ai, vocês são tão melosos. - Lunna saiu e as meninas a seguiram confirmando o que ela disse.

- Elas deveriam ver como somos melosos entre quatro parede. - Christopher sussurrou e beijou meu pescoço.

- Aqui não Christopher. - O empurrei e ele riu safado. 

Meu Guarda-Costas | VONDY (EM REVISÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora