The Last Year

Capítulo 19 - Nationals! - Parte 1

-Me solta. – Dianna pediu sem encará-lo.

-Olha pra mim! – Ele pediu quase numa súplica. Ela olhou depois de alguns curtos segundos.

-Por que você faz isso comigo? Por que não me deixa livre, Harry? Sabia que essa droga de jogo que você faz comigo dói demais? – Dianna mordeu os lábios e fechou os olhos por um segundo, não queria chorar, mas sua voz falha demonstrava que as lágrimas estavam por chegar.

-Me desculpa, Dianna, mas eu precisava te dizer até porque quero que você saiba que vou ficar longe. – Ele disse sem encará-la.

-O que eu mais quero agora é que você fique longe, Harry! – Ela se soltou de seus braços. Ele pôde sentir seu coração doer, como se quebrasse. -Quer saber de uma coisa? – Ela quase saiu andando, mas voltou a se virar para Harry. – Você é um fraco, é isso que você é, um covarde e um grande mentiroso! – Dianna deixou uma única lágrima escorrer por um de seus olhos. – Pode não sentir mais nada por mim hoje, mas eu sei que sentiu em algum momento porque eu nunca teria caído numa simples conversa vazia de um cara bonito. Mas você é tão covarde que não é capaz de assumir por considerar um erro, mas quer saber, Harry? O erro foi meu de ter confiado em você, de ter achado que você poderia me fazer feliz porque a verdade é que você não pode. -Gaguejou em meio ao pranto. -Eu quero que você suma da minha vida de uma vez por todas, e seja muito feliz com o seu casamento perfeito, porque eu vou aprender a esquecer de você e ser feliz com alguém que seja corajoso o suficiente pra se arriscar em me fazer feliz. – Dianna disse grosseira deixando Harry completamente sem reação. – Adeus, Harry. – Ela deu as costas e caminhou até seu carro. Ele permaneceu ali, parado, ouvindo mais uma vez aquela voz em sua cabeça, repetindo as cruéis palavras de Dianna "erro foi meu de ter confiado em você, de ter achado que você poderia me fazer feliz porque a verdade é que você não pode" e pensava que realmente não podia, mas no fundo sabia que ela poderia fazê-lo, porém não tinha o direito de privá-la da felicidade. Deixá-la livre doía mais que tudo em sua vida, mas se fosse pra vê-la bem na frente, preferia passar a vida todo casado com Chloe, aprendendo a amá-la; era melhor que vê-la sofrer todos os dias ao seu lado por puro capricho. Dianna bateu a porta do carro com toda a sua força e o arrancou para sair dali o mais rápido possível, em algum lugar distante dele. Quando o carro sumiu na curva Harry se permitiu desabar. Curvou os joelhos ficando apoiado sobre as pernas dobradas enquanto as mãos passavam brutalmente pelos fios castanhos. Se levantou num pulo e chutou uma pequena pedra no caminho. Podia quebrar tudo ali e sua raiva não parecia diminuir, mas queria tentar.

*****

Dianna dirigia em alta velocidade, mas estava centrada, encarava firmemente e atenciosamente a estrada, apenas queria ficar longe dali, chegar à casa, se jogar na cama e não pensar em nada, ou pelo menos não em Harry e em seu pedido de casamento para Chloe. Era cruel o que ele havia feito. Desde o início aquilo lhe pareceu cruel, mas ela estava disposta a esquecê-lo. De repente em sua cabeça a imagem da primeira vez que dançaram juntos no baile invadiu sua mente e ela parecia não conseguir se desviar daquele pensamento torturante. As lágrimas corriam por seu rosto e de repente tudo o que conseguiu ver foi um animal na pista passando em frente ao carro. Rapidamente Dianna girou o volante com toda a sua força, desviando assim do animal, e batendo numa árvore. Dianna estava inconsciente.

*****

Dean e Annie adentraram correndo ao hospital. – Onde está minha filha? – Seu pai perguntou aos prantos. A enfermeira tentava acalmá-lo para poder passar as informações. Em seguida Giovanna, Duan e Santana também chegaram em desespero. Annie correu para os braços de Giovanna.

-Senhor, quem é sua filha? – Perguntou a enfermeira.

-Dianna Allen – Disse.

-Ela está bem, está no quarto 109. – Ela disse e rapidamente todos correram para o mesmo. Antes que pudessem entrar um médico saiu do quarto evitando a passagem de todos. – São os familiares da jovem? – Perguntou.