- Como se você já não partilhasse seus amigos comigo. - Ela deu de ombros. - Somos irmãs, não seja tão má.

- Aliás, ele é solteiro não é? Acha que seria estranho eu o convidar para sair?

- Eu não acho é nada. - Dulce bufou ficando um garfo com força em uma fatia de queijo.

- Não vejo nada de mais em vocês dois saírem juntos. - Christopher comentou. - Aliás, acho que dariam um bom casal.

- Não se mete onde não foi chamado Christopher. - Dulce lhe deu uma cotovelada.

- Eu fui chamado nesse assunto bem antes de você senhorita Saviñon.

- Ótimo, então porque não apresenta o Arthur pra ela? Já que somos tão parecidas assim como dizem, não acho que será estranho não é? Você morre de ciúmes dele e vai empurrar logo a minha irmã identica a mim pra ele.

- E o que tem isso? - Dulce se calou. Sabia bem o que tinha isso, sabia que Arthur tinha uma queda por ela, e não se esquecera do beijo que ele lhe dera há alguns meses ainda que não tivessem mais falado sobre o assunto.

- De repente o gato comeu sua língua maninha?

- Me deixe em paz. - Ela deu de ombros voltando sua atenção à comida. Seus avós, seu pai e os pais de Christopher apenas olhando os três.

- Tem alguma coisa que eu deveria saber Dulce? - Christopher perguntou receoso.

- Você acha que tem? - Respondeu-lhe com uma pergunta o que deixou Christopher ainda mais curioso. - O que rolou entre vocês quando eu estava no hospital?
- Nada. Não rolou nada. E vamos parar com esse papo, porque me dá náuseas e eu pretendo terminar meu café da manhã. - Ela virou o suco no copo e o tomou.

- Porque é que não abrimos os presentes? - Fernando perguntou tentando mudar o assunto.

- Tanto faz. - Dulce deu de ombros. Christopher se levantou e saiu sem falar nada.


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Dulce terminou de abrir seus presentes depois do café da manhã e enquanto todos conversavam animadamente ela saiu da sala.

- Christopher. - Dulce o chamou da porta do quarto. Ele estava deitado jogando uma bola de golfe para cima. -Não tem nada entre nós dois ok? Ele é só meu amigo.

- Não quero segredos entre nós Dulce.

- Segredos? - Ela deu uma risada sarcástica. - Não sou a única que tem segredos aqui, convenhamos.

- Do que está falando?

- Jura que preciso responder?

- Pensei que já tinha esquecido esse cara.

- Não tenho sentimentos por ele mais, mas isso não quer dizer que eu tenha me esquecido do fato de você e meu pai me esconderem a verdade sobre ele. Eu não esqueci e nem vou esquecer.

- Ótimo.

- A gente se beijou ok? - Christopher deixou a bola cair em seu rosto. - A gente não estava junto, então não tinha o dever de te contar sobre isso.

- Pensei que eram apenas amigos.

- E somos Christopher. Foi apenas um beijo, e sequer tocamos nesse assunto de novo.

- É por isso que não quer que ele saia com sua irmã? Tem ciúmes dela ou dele?

- Não é ciúmes, apenas não quero minha irmã envolvida com nenhum de meus amigos, tenho todo esse direito.

- Ah, por favor. Lunna já ficou com o Poncho e você nunca falou nada a respeito.

- Isso é passado.

- E agora o que tem de mais?

- Não tem nada de mais, eu só não gosto da ideia, mas se ela quer ficar com ele, vai fundo, apenas não venha chorar quando ver que ele só vai ficar com ela por que ela lembra a minha pessoa.

- É isso que você acha? - A voz de Lunna surgiu atrás dela. - Acha mesmo que eu não sou capaz de conquistar ninguém por se eu mesma?

- Eu não disse isso Lunna.

- Disse sim. - Ela tirou a jaqueta e a jogou sobre Dulce. - Eu estou cansada de ser uma cópia sua Dulce. Eu tinha orgulho disso, mas agora vejo que só me faz mal. Sabe quantas vezes eu já fui confundida com você? Eu não sou Dulce Maria, eu sou Lunna. - Ela se virou e saiu.

- Droga. Lunna espera.

- Me deixa em paz.

- Ela tem razão sabia?

- Em quê? Por um acaso eu tenho culpa de ter nascido com essa cara, esse cabelo, essa voz, esses olhos? Tenho culpa da Blanca ter gene forte o suficiente pra gerar duas filhas de pais de firentes identicas? Tudo bem, eu posso tentar dar um jeito nisso. Se ela quer ficar com ele que fique. Fique com quem ela quiser, não sou ninguém pra dizer com quem ela deve ou não ficar.

- Porque não o chama para sair? Nós quatro podíamos sair juntos.

- Eu não vou compactuar com isso Christopher, se ela quer fazer isso, que faça, mas me deixe longe disso.

- Isso é ridículo sabia? Ela é sua irmã.

- Você a escutou, está cansada de ser a segunda Dulce Maria. Eu nunca pedi que ela fosse, então que ela se vire como pode. Ah, e sobre nós dois, quando você passar a confiar em mim, você me fala tá? - Dulce se virou e saiu.

- Então vai. Porque não corre para o seu amiguinho como fez quando ficou chateada com todos nós. Deve ter passado uma noite e tanta ao lado dele. 

Meu Guarda-Costas | VONDY (EM REVISÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora