Chapter 17

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VOCÊS ESTÃO PRONTAS, CRIANÇAS?

[Harry's POV]

Hoje foi o dia da minha apresentação de balé, e nós nos saímos muito bem. Mas foi difícil de me concentrar quando percebi que Ty não estava na plateia. Ele disse que viria, que iria me dar força e depois iríamos sair juntos. Mas, ele não veio e por mais que isso soe infantil, me machuca saber que ele não veio me ver.

Depois que a apresentação acabou, eu tive que me segurar para não ir até a casa de Ty e ver o motivo de ele não ter vindo. Enquanto todos estavam conversando com nossas professoras e pais, eu mandei uma mensagem para ele rapidamente, perguntando o que aconteceu. Porque, honestamente, eu pensei que ele estaria aqui, me aplaudindo e dizendo o quanto eu fui ótimo no palco ou só me dizer palavras bonitas caso eu fizesse algo errado como maioria dos namorados fazem.

Ele não respondeu e eu bufei. Minha mãe caminhou até onde eu estava e me puxou para um abraço, dizendo animadamente, "A apresentação foi linda, amor. Eu estou muito orgulhosa."

"Bom trabalho, irmãozinho," Gemma disse sorridente, me dando um tapa na cabeça. "Nós vamos te esperar no carro, mamãe prometeu que nos levaria para jantar e eu espero que ela seja mulher de palavra porque eu estou morrendo de vontade de comer camarão, e você Harriet?"

"Gemma," Nossa mãe repreendeu e eu ri fracamente por não estar feliz no momento. Geralmente, depois de uma apresentação, eu estaria sorrindo feito o coringa e pulando como uma gazela mas agora... agora eu estou triste.

As duas saíram e eu fui pegar minhas coisas, dando tchau para Danielle e os outros. Bridget me ignorou, falando com sua mãe sobre ela ter feito algum erro na coreografia e eu fiquei até com pena porque a mãe dela estava gritando. Mesmo assim, só porque sua mãe é uma vadia não significa que você tem que ser também.

Às vezes eu me pergunto o por quê das pessoas acharem que os pais são uma desculpa pelo seu jeito de agir. Digamos que minha mãe não me apoiasse por ser gay, eu não seria homofóbico só porque ela é. Eu continuaria sendo gay e defendendo os direitos LGBT. Ou se ela fosse idiota com os outros, eu tentaria ser exatamente o oposto.

Antes que eu pudesse chegar até a saída teatro, eu fui puxado para dentro do banheiro e me assustei por estar tudo muito escuro mas então a luz foi acessa e eu fiquei em choque ao ver Louis em minha frente, vestindo um terno e o cabelo arrumado em um topete. Seus piercings combinam com a roupa preta e ele estava segurando um buquê de rosas, com um sorrisinho nos lábios pela minha reação, eu fiquei sem saber o que dizer ou fazer.

Ele sorriu ainda mais, me dizendo honestamente, "Você estava ótimo lá no palco, é uma droga que seu namorado não tenha comparecido quando você mais precisava."

"Ele tem uma razão," Eu adicionei tristemente, "Eu só... Não sei ainda qual é."

Louis suspirou altamente e deu alguns passos, ficando muito próximo, e me entregou o buquê, "Por qualquer motivo que seja, ele perdeu uma cena incrível de te ver dando o seu melhor. Isso é para você, eu sei o quanto ama rosas."

Eu peguei as flores hesitante, corando um pouco e mordi meu lábio inferior nervoso, "O-Obrigada, mas por que você está aqui? Não tem nada mais interessante para fazer além de me assistir dançando por aí que nem uma criancinha?"

"Não," Ele respondeu sem nem pensar, "Eu prefiro estar com você do que em qualquer outro lugar."

Minha testa se franziu em confusão, "Mas... Eu não entendo, por que?"

"Você é mesmo uma merdinha, cupcake," Ele falou soltando uma risada pelo nariz e balançou a cabeça em divertimento, o que me deixou ainda mais confuso.

cupcake ❀ portuguese versionTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon