͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏𝗍𝗁𝗂𝗋𝗍𝗒-𝖿𝗂𝗏𝖾

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Cada batida dos seus pés nos degraus era movida por pura fúria. A verdade não estava mais naquela cozinha. Estava no andar de cima. E ela ia arrancá-la dali.

──── Cairo! - ela gritou, a voz voltando a ser cortante e desesperada. ──── Cairo!

O silêncio a respondeu, mas um eco estranho veio de algum lugar acima dela. Algo que a fazia ter certeza de que estava no lugar certo. O medo se misturava à raiva, e cada passo era mais rápido que o anterior.

Quando chegou no topo, Amobi viu algo que imediatamente a fez parar, o estômago revirando. Uma pequena entrada no teto. Uma escotilha. Só podia ser o sótão.

O medo se transformou em um tipo de certeza visceral. Ela não sabia como, mas sabia que era ali que a verdade estava escondida. A escotilha estava trancada, mas havia um cabo de corda pendurado, esticado, como se alguém tivesse tentado abrir aquele espaço recentemente.

Não havia tempo para hesitar ou planejar algo. Ela subiu os degraus do sótão com rapidez, os pés pesados, mas a mente acelerada. Quando teve visão do que havia ali, o cheiro abafado e o silêncio quase ensurdecedor a envolveram. Era o tipo de silêncio que te sufoca, um vazio carregado de uma tensão opressora.

O cômodo tinha lâmpadas de chão e paredes com estampa floral preta e branca. Havia um frigobar, chaleira, micro-ondas e prateleiras com comida e livros. No centro, um tapete rosa felpudo e, atrás, uma grande TV pausada.

Sentada na cama de solteiro, cercada por almofadas coloridas, estava ela. Usava um pijama azul com estampa de pinguim, igual ao de Cara e Naomi. Seus olhos estavam arregalados e selvagens, e seu cabelo mais apagado. A pele, pálida, contrastava com a expressão de surpresa enquanto segurava o controle remoto e comia biscoitos com cobertura de chocolate.

──── Andie? - Pip sussurrou, suas mãos começando a suar.

O peito da morena apertou, um pressentimento gélido correndo pela espinha. Foi quando ela ouviu a voz de Cairo. A voz doce e tremida, que parecia vir de longe, quase como se estivesse ecoando pelos cantos do sótão.

──── Pip... - A palavra saiu baixinho, quase como uma súplica.

A garota girou sobre os calcanhares, os olhos agora buscando desesperadamente a origem daquela voz familiar. No canto oposto da sala, uma figura vacilante estava sentada no chão. Sua parceira. Ela estava ali.

Mas não era a mesma Cairo que Pip conhecia. Suas mãos tremiam visivelmente, e ela parecia frágil, como se estivesse prestes a desmoronar a qualquer momento.

Amobi se aproximou com passos rápidos, sua presença imponente abafada pela urgência do momento. Quando se ajoelhou na frente de Singh, o que viu foi algo que nem mesmo ele esperava. A expressão, até então, controlada de Cairo se quebrou diante dele, uma rachadura profunda que revelou um desespero absoluto.

O choro que escapou de sua garganta foi abafado, mas a dor que ele carregava era tão visível que parecia encher todo o espaço ao redor deles. Ela soluçava, os tremores tomando seu corpo inteiro, e o som de sua dor cortou o silêncio da sala como uma lâmina afiada.

Foi aí que ela soube. Aquela não era Andie.

Mesmo com o rosto da mais nova escondido em seu pescoço, molhando sua camiseta de lágrimas, a mais velha ainda conseguiu observar melhor a garota sentada na cama.

Pip tinha olhado para fotografias de Andie Bell tantas vezes nos últimos meses que conhecia cada linha e cada sulco de seu rosto.

Não era ela.

Não era Andie.

A morena apertou Cairo mais forte contra si, fechando os olhos e ignorando a dor crescente em seu peito. Mesmo que os olhos escuros da garota em seus braços procurassem por Andie uma última vez, a realidade estava ali, cruel e insuportável.

Pip se sentiu desconectada do mundo, flutuando, vazia de qualquer sentido. Ela acariciava o cabelo da parceira com mãos trêmulas, a garganta apertada demais para conter o nó que crescia.

Ela encostou o queixo na cabeça da mais nova, os olhos perdidos no teto amarelado, e pela primeira vez em muito tempo, não sabia o que fazer.

Foi então que ouviu, fraco no início e depois ganhando força, o som das sirenes ao longe. A polícia se aproximava.

Mas a investigação não havia acabado ainda.

Mas a investigação não havia acabado ainda

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OO1 : Como prometido, saiu capítulo novo. Elliot, se eu te encontrar na rua... Mudando um pouco de assunto, além do primeiro ato estar acabando, eu postei no quadro de mensagens que estou planejando escrever uma fanfic curta de Minecraft (EMMA MYERS SUPREMACY), também vou tentar atualizar False God essa semana. Enfim! O que acharam?

OO2 : Votem e comentem para me ajudar, vejo vocês no próximo capítulo.

𝗡𝗢 𝗕𝗢𝗗𝗬, 𝗡𝗢 𝗖𝗥𝗜𝗠𝗘 : 𝗉𝗂𝗉𝗉𝖺 𝖿𝗂𝗍𝗓-𝖺𝗆𝗈𝖻𝗂 ੭Donde viven las historias. Descúbrelo ahora