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Não era um castigo, passear com Barney podia ser uma de suas coisas favoritas, e além de conhecer um pouco mais da cidade minúscula em que ela mora, Barney é seu melhor amigo.
A cada passo era um pensamento diferente invadindo sua cabeça, mudando de acordo com os lugares em que passava em frente. Estava lá de novo, em frente aquele muro pichado enquanto via crianças correndo dali, já deviam estar acostumados com aquilo, as cortinas estavam sempre fechadas.
Continuando o passeio, parou bem na frente de um memorial à Andie Bell, com uma pintura da loira e muitos cartões colados em uma grade. Pippa passava ali todos os dias para voltar da escola, sentia-se obrigada de sempre parar e observar por alguns segundos o sorriso de Andie no desenho. Não foi diferente agora.
Alguns poderiam dizer que ela estava obcecada, mas esse seria só o início. Pippa iria descobrir a verdade e nada mais importava, faria aquilo por ela e principalmente pelos Singh. Sal não é um assassino, mesmo sendo essa resposta dada por todos de Little Kilton quando perguntam sobre Andie.
Pip teve sorte de seus pais insistirem em uma parede de giz em seu quarto, a qual agora estava cheia de anotações como um quadro policial. Andie sai de casa às 22h30, Sal sai da casa de seu amigo, Max Hastings, também às 22h30. Cinco dias depois o corpo de Sal foi encontrado na floresta atrás de sua casa, sendo seu irmão mais novo, Ravi, a última pessoa a vê-lo com vida, e sua irmã mais nova, Cairo, quem o encontrou.
As perguntas são: quem matou Andie? Onde está seu corpo? Sal realmente tirou sua própria vida? E, se não, quem matou Sal?
Ainda tem linhas soltas para tratar com os Singh, precisa muito ter um diálogo decente com eles para que as milhares de perguntas em sua mente possam apenas diminuir para centenas. Pippa estava prestes a cruzar uma linha feita de giz imaginário e não sabia se havia volta.
