──── Não. Não continua… - pediu Cairo, soltando um suspiro pesado enquanto desviava o olhar para qualquer ponto distante, fugindo do rosto de Pip.
O silêncio caiu como uma carga pesada entre elas, o ar denso e difícil de respirar. Nenhuma das duas ousou quebrá-lo, mas o vazio entre suas palavras estava carregado de uma tensão quase palpável. Cada segundo parecia se arrastar, como se o tempo tivesse se esticado e parado no exato momento em que a última palavra foi dita.
Até Singh ter coragem de quebra-lo.
──── Então é tudo sobre você? Toda essa investigação… É para você se sentir melhor. Não eu, ou Ravi, ou meus pais, mas… você. Quer que Sal seja inocente para não viver com essa culpa! Ah… Coitadinha da Pip!
──── Para! Não é isso! Eu sabia que Sal era inocente! Ou… achei que sabia… - disse trêmula, o coração apertado ao ver as lágrimas nos olhos de Cairo. ──── Agora eu não sei o que eu acho…
──── Então você tá desistindo? — interrompeu, a mágoa transbordando em sua voz.
──── Não é desistir, Singh, é só… eu não posso ignorar o que vi. - Pip fechou os olhos por um momento, tentando conter a própria confusão. ──── Eu sinto muito, de verdade.
Por um instante, a mais nova ficou em silêncio, olhando para o lago, respirando fundo. Ela estava magoada, mas a dor era ainda maior por sentir que, mais uma vez, alguém a estava abandonando.
──── Eu realmente achei que você fosse diferente… mas você não é. Acha que é uma pessoa boa… mas e se não for? E eu realmente gostei de você… mas acho que só queria dar uns beijos e depois fingir que nada aconteceu… - seus olhos marejados deixavam sua visão embassada.
Ela deu passos para frente, deixando as pedras de lado e tentando, pelo menos um pouco, olhar nos olhos de Amobi.
──── Vai se fuder, Pippa!
Sem esperar qualquer reação, Cairo passou por Pip, esbarrando em seu ombro e seguindo caminho até a saída. Seus passos apressados ecoaram no silêncio do lago, afastando-a cada vez mais da mais velha. Ela não olhou para trás, os ombros tensos e o coração pesado. Cada passo parecia ser uma tentativa de escapar de tudo o que acabara de acontecer.
Amobi permaneceu ali, estática, observando a figura de Singh se afastar e desaparecer na direção da estrada. O silêncio se instalou entre elas como uma barreira intransponível, e a sensação de perda tomou conta de Pippa, deixando-a sozinha no lago, sem saber como resolver a bagunça que ela mesma fez.
Ela ligou o carro, sentindo a tensão apertar seu peito à medida que o motor rugia. O som do veículo preenchia o silêncio da noite enquanto ela dirigia sem rumo, os pensamentos tão caóticos quanto o volante em suas mãos. Precisava de alguém.
A casa de Cara estava a alguns minutos dali, e, apesar de tudo o que aconteceu, Pippa sentia que precisava daquele refúgio. Era onde sempre encontrou conforto, onde as coisas pareciam mais fáceis, ou pelo menos mais compreensíveis.
Passou pela rua familiar, os postes de luz piscando fracamente, e parou na frente da casa. O coração ainda acelerado, ela saiu do carro, fechando a porta com um leve estrondo, e caminhou até a porta dos Ward.
A campainha ecoou pelo silêncio da noite, e em poucos segundos, a porta foi aberta. Cara apareceu ali, com um sorriso suave no rosto, mas os olhos de Pippa a fizeram perceber de imediato que algo estava errado.
──── Oi…
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⟡ ֺ 𓂂 notes ! ˚
OO1 : É até louco dizer que esse capítulo está pequeno comparado aos outros, eu só queria colocar um drama mesmo. O que acharam??
OO2 : Votem e comentem para me ajudar, vejo vocês no próximo capítulo.