͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏𝗍𝗐𝖾𝗇𝗍𝗒-𝗍𝗁𝗋𝖾𝖾

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──── Eu não acredito.

Daniel riu de forma amarga, negando com a cabeça. As veias de sua testa estavam saltadas de raiva.

──── Claro que não acredita, conheço bem sua família.

Foi a gota d'água. A garota se virou para ele, seus olhos lançando faíscas, a raiva borbulhando dentro dela. Havia tantas coisas que ela queria gritar, mas optou por se calar.

──── O que isso quer dizer?

──── Quer dizer que você quer ver o mundo de uma certa forma e eu respeito isso - Respondeu mantendo o tom de voz firme, e então tirando o celular do bolso. ──── Você precisa ver mais uma coisa.

Colocou o celular bem em sua frente e deu play em um vídeo de câmeras de segurança. Mostrava um salão de interrogatórios. Em uma das cadeiras, Sal Singh estava sentado, visivelmente tenso, suas mãos inquietas sobre a mesa junto de alguns papéis. O policial, de uniforme, parecia estar pressionando Sal com perguntas rápidas e agressivas.

Ao longo do vídeo, a raiva de Sal parecia explodir. Ele se levantou abruptamente da cadeira, a postura descontrolada. Seu olhar estava gelado e cheio de hostilidade. Antes que pudesse ser contido, o garoto agarrou uma cadeira e a arremessou contra a parede com força, o impacto ecoando pela sala.

Os policiais imediatamente se levantaram, tentando segurá-lo. Sal lutava para se soltar, seu corpo tremendo de raiva enquanto tentava alcançar o agente. O vídeo se distorceu, os movimentos rápidos e desordenados dificultando a visão clara dos rostos, mas era evidente o desespero e o descontrole dele.

A tela se apagou por um momento, antes de voltar ao rosto de Daniel. Pip ainda estava em silêncio, processando o que acabara de ver, o coração acelerado pela agressividade do vídeo.

──── Eu estava lá, Pippa, bem pertinho dele. Dava para sentir o cheiro de raiva e ódio. Ainda acha que ele é inocente?

Amobi ficou calada novamente, logo olhando para a janela de novo.

Ela sentia como se o ar ao seu redor tivesse se tornado espesso, cada respiração um esforço. A imagem de Sal, ali, tão distante e tão diferente da pessoa que ela conhecia, parecia impossível de se livrar da sua mente. O vídeo não mentia. O ódio nos olhos do garoto, a violência sem controle... tudo isso deixava ela sem palavras, sem chão.

Ela fechou os olhos por um momento, tentando respirar fundo, mas não conseguia. Odiava isso. Odiava ter que duvidar de Sal. Durante tanto tempo, ela tinha certeza da sua inocência. Mas agora, a dúvida se enroscava em seu peito, como uma corda apertada.

Engoliu em seco, lutando para conter as lágrimas que ameaçavam transbordar. A dor no peito era insuportável. Como poderia ter alimentado a esperança de Cairo assim, sem saber o que estava por vir? Como pôde convencê-la de que tudo estava certo, quando ela própria já começava a vacilar?

Como poderia olhar nos olhos da garota, agora, sabendo que ela também estava prestes a confrontar uma realidade que talvez fosse mais difícil de suportar do que qualquer coisa que ela tivesse imaginado?

A dúvida apertava seu estômago como uma corda apertada, e, por um momento, Pippa se questionou se realmente deveria continuar procurando.

──── Hora de ir pro colégio - Disse o homem e ligou o carro novamente.

  ──── Hora de ir pro colégio - Disse o homem e ligou o carro novamente

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⟡    ֺ   𓂂  notes  !  ˚

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⟡ ֺ 𓂂 notes ! ˚

OO1 : Que capitulo enorme, meu deus! Mas vocês estão muito bem servidos com esse casal, hein. Pelo menos estvam. O que acharam??

OO2 : Votem e comentem para me ajudar, vejo vocês no próximo capítulo.

𝗡𝗢 𝗕𝗢𝗗𝗬, 𝗡𝗢 𝗖𝗥𝗜𝗠𝗘 : 𝗉𝗂𝗉𝗉𝖺 𝖿𝗂𝗍𝗓-𝖺𝗆𝗈𝖻𝗂 ੭Where stories live. Discover now