͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏𝗍𝗐𝖾𝗇𝗍𝗒-𝗍𝗁𝗋𝖾𝖾

En başından başla
                                        

──── Bom dia, Pippa! Como policial, não recomendaria que uma garota jovem entrasse em carros de estranhos... mas tem algo que preciso te mostrar.

Ela continua andando, ignorando suas palavras e apertando as alças de sua mochila ao passar por ele.

──── Tenho que ir pro colégio.

Mas o mais velho não desiste.

──── E se eu ameaçar roubar seu nariz? - Ele perguntou enquanto a seguia, fazendo um gesto com a mão, como se estivesse fingindo roubar o nariz de uma criança, em um movimento exagerado.

──── Quantos anos acha que eu tenho?! - Ela apertou o passo.

──── Só estou brincando! Espera aí!

──── Não, obrigada. Já disse, preciso ir pro colégio.

Quando Daniel finalmente parece alcançá-la, coloca uma das mãos sobre seu ombro e então se aproxima mais.

──── Prometo levá-la antes da primeira aula. Vi você matando aula outro dia, Pippa, não sei porque está se importando tanto. Não foi você quem invadiu a casa de uma garota morta?

Ela parou, congelada. Os olhos azuis dele eram ainda mais intensos que o dela, julgavam-a como se estivesse prestes a ser presa por assassinato.

Sem nenhuma palavra para ser dita, deu meia volta e seguiu para a viatura. O caminho continuou da mesma forma, silencioso. Pip se recusava a olhar para ele, mantendo os olhos na janela. Quando parou, estavam na frente da casa dos Bell.

Mesma casa que ela e Cairo invadiram dias atrás. Mesma casa que é assombrada por Andie.

──── Não se preocupe, não vou entregar você e sua amiguinha - Daniel começou, encarando a porta da casa. ──── O que fizeram? Encontraram a chave no sino da porta?

Amobi não respondeu.

──── Ei, eu admiro a coragem de vocês. Ainda mais por se tratar da irmã do assassino... Mas sabe... Você me lembra a minha irmã. Não sei em quem eu apostaria se vocês duas brigassem. Nós meio que nos criamos... eu e a Nat. É por isso que ainda somos meio rudes.

──── Onde estavam seus pais? - Pip perguntou, olhando para ele agora.

──── Eram pessoas horríveis - Ele fez uma pausa, um suspiro longo. ──── Mas ficamos bem, afinal... tínhamos um ao outro.

Milhares de coisas estavam passando pela cabeça da garota, desde como as investigações estavam indo até o que caralhos Daniel da Silva queria com ela. Mas não podia ser ruim. Podia, na verdade, aproveitar essa pequena chance.

──── Você e Andie devem ser próximos, não é? Trabalhava com o pai dela, certo? Sabia da relação entre ela e Nat?

──── Não quero falar sobre a Andie - Ele disse firme, quase gritando. ──── Eu e Nat tínhamos que nos virar. Demos um jeito, mas... às vezes era difícil quando o dinheiro acabava. Jason Bell nos ajudou. Me deu um emprego, me guiou para ser o que eu sou hoje. Eu jamais pensaria em ser policial mas... ele viu algo em mim. Mas aí ele perdeu a Andie. E depois a família inteira quando saiu de casa... O que está fazendo, Pippa, não é certo. Uma garota morreu. Sabe como ainda é doloroso para a família dela?

──── Sal Singh morreu também! - Retrucou, querendo sair logo dali. ──── A família dele também sente essa dor.

──── Claro que estão. Mas ele é o culpado. Ele escolheu morrer enquanto Andie não teve escolha. Eu sei o que quer fazer, mas Sal é o culpado. Eu trabalhei no caso, sei exatamente do que estou falando. Quando Sal descobriu que Andie não era a garota boazinha que ele achou que era, ele surtou.

𝗡𝗢 𝗕𝗢𝗗𝗬, 𝗡𝗢 𝗖𝗥𝗜𝗠𝗘 : 𝗉𝗂𝗉𝗉𝖺 𝖿𝗂𝗍𝗓-𝖺𝗆𝗈𝖻𝗂 ੭Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin