──── Bom dia, Pippa! Como policial, não recomendaria que uma garota jovem entrasse em carros de estranhos... mas tem algo que preciso te mostrar.
Ela continua andando, ignorando suas palavras e apertando as alças de sua mochila ao passar por ele.
──── Tenho que ir pro colégio.
Mas o mais velho não desiste.
──── E se eu ameaçar roubar seu nariz? - Ele perguntou enquanto a seguia, fazendo um gesto com a mão, como se estivesse fingindo roubar o nariz de uma criança, em um movimento exagerado.
──── Quantos anos acha que eu tenho?! - Ela apertou o passo.
──── Só estou brincando! Espera aí!
──── Não, obrigada. Já disse, preciso ir pro colégio.
Quando Daniel finalmente parece alcançá-la, coloca uma das mãos sobre seu ombro e então se aproxima mais.
──── Prometo levá-la antes da primeira aula. Vi você matando aula outro dia, Pippa, não sei porque está se importando tanto. Não foi você quem invadiu a casa de uma garota morta?
Ela parou, congelada. Os olhos azuis dele eram ainda mais intensos que o dela, julgavam-a como se estivesse prestes a ser presa por assassinato.
Sem nenhuma palavra para ser dita, deu meia volta e seguiu para a viatura. O caminho continuou da mesma forma, silencioso. Pip se recusava a olhar para ele, mantendo os olhos na janela. Quando parou, estavam na frente da casa dos Bell.
Mesma casa que ela e Cairo invadiram dias atrás. Mesma casa que é assombrada por Andie.
──── Não se preocupe, não vou entregar você e sua amiguinha - Daniel começou, encarando a porta da casa. ──── O que fizeram? Encontraram a chave no sino da porta?
Amobi não respondeu.
──── Ei, eu admiro a coragem de vocês. Ainda mais por se tratar da irmã do assassino... Mas sabe... Você me lembra a minha irmã. Não sei em quem eu apostaria se vocês duas brigassem. Nós meio que nos criamos... eu e a Nat. É por isso que ainda somos meio rudes.
──── Onde estavam seus pais? - Pip perguntou, olhando para ele agora.
──── Eram pessoas horríveis - Ele fez uma pausa, um suspiro longo. ──── Mas ficamos bem, afinal... tínhamos um ao outro.
Milhares de coisas estavam passando pela cabeça da garota, desde como as investigações estavam indo até o que caralhos Daniel da Silva queria com ela. Mas não podia ser ruim. Podia, na verdade, aproveitar essa pequena chance.
──── Você e Andie devem ser próximos, não é? Trabalhava com o pai dela, certo? Sabia da relação entre ela e Nat?
──── Não quero falar sobre a Andie - Ele disse firme, quase gritando. ──── Eu e Nat tínhamos que nos virar. Demos um jeito, mas... às vezes era difícil quando o dinheiro acabava. Jason Bell nos ajudou. Me deu um emprego, me guiou para ser o que eu sou hoje. Eu jamais pensaria em ser policial mas... ele viu algo em mim. Mas aí ele perdeu a Andie. E depois a família inteira quando saiu de casa... O que está fazendo, Pippa, não é certo. Uma garota morreu. Sabe como ainda é doloroso para a família dela?
──── Sal Singh morreu também! - Retrucou, querendo sair logo dali. ──── A família dele também sente essa dor.
──── Claro que estão. Mas ele é o culpado. Ele escolheu morrer enquanto Andie não teve escolha. Eu sei o que quer fazer, mas Sal é o culpado. Eu trabalhei no caso, sei exatamente do que estou falando. Quando Sal descobriu que Andie não era a garota boazinha que ele achou que era, ele surtou.
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𝗡𝗢 𝗕𝗢𝗗𝗬, 𝗡𝗢 𝗖𝗥𝗜𝗠𝗘 : 𝗉𝗂𝗉𝗉𝖺 𝖿𝗂𝗍𝗓-𝖺𝗆𝗈𝖻𝗂 ੭
Hayran Kurgu،،̲ ﹕𝐀𝐐𝐔𝐄𝐋𝐄 𝐄𝐌 𝐐𝐔𝐄... 𝅄 ⁀ 𝖯𝗂𝗉𝗉𝖺 𝖥𝗂𝗍𝗓-𝖠𝗆𝗈𝖻𝗂 𝖽𝖾𝖼𝗂𝖽𝖾 𝖾𝗆𝖻𝖺𝗋𝖼𝖺𝗋 𝖾𝗆 𝗎𝗆𝖺 𝗂𝗇𝗏𝖾𝗌𝗍𝗂𝗀𝖺𝖼̧𝖺̃𝗈 𝖾𝗑𝗍𝖾𝗇𝗌𝖺 𝗉𝖺𝗋𝖺 𝖽𝖾𝗌𝗏𝖾𝗇𝖽𝖺𝗋 𝗈 𝗊𝗎𝖾 𝗋𝖾𝖺𝗅�...
͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏𝗍𝗐𝖾𝗇𝗍𝗒-𝗍𝗁𝗋𝖾𝖾
En başından başla
