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Os olhos de Pippa finalmente se encontraram com os da morena em sua frente, que, apesar de sua expressão rígida, estavam apagados, perdidos.

  ──── Então… Acha que ele é culpado?

  ──── Não, não acho. Mas fiquei em dúvida por um momento e tive medo do efeito disso em você. Sei que foi errado, desculpe. Não devia ter feito isso. Você estava em um momento ruim e eu não queria deixar tudo… Pior.

Singh esfregou a nuca, um gesto que lembrava seu irmão, como se buscasse algum tipo de conforto naquele movimento automático. O cansaço estava em cada linha de seu rosto, mas, além disso, a decepção era palpável. Uma decepção quase silenciosa, resignada.

  ──── Está bem. Tudo bem, eu entendo… Então estamos na casa do traficante de Andie, a placa do carro dele é a mesma placa que Sal anotou e… E ele e Andie estavam discutindo… É isso?

  ──── Acho que sim… - Pip desviou o olhar, suspirando. ──── Sal provavelmente descobriu pelos boatos da escola, seguiu Andie e encontrou essa casa, esse carro.

  ──── Isso explica porque eles estavam discutindo dias antes dela sumir, certo? Sal odiava drogas, odiava de verdade.

  ──── E, quando a polícia perguntou a ele sobre as brigas… - Continuou Amobi, a voz um pouco mais firme. ──── Sal não foi evasivo para esconder a motivação do assassinato. Estava protegendo Andie. Não achava que ela estava morta. Pensava que estava viva, que voltaria, e não queria criar problemas revelando para a polícia que ela estava traficando drogas. E a última mensagem que mandou para Andie na sexta-feira à noite?

  ──── “Não vou falar com você até você parar” - Citou Cairo.

Um pequeno sorriso cansado surgiu nos lábios da mais velha.

  ──── Sabe de uma coisa? Seu irmão nunca pareceu tão inocente.

Singh retribuiu o sorriso, um gesto frágil, mas genuíno. Seu olhar se voltou para a casa de Howie, os ombros pesados como se o mundo estivesse sobre eles.

  ──── Obrigada… - Murmurou. ──── Sabe, eu jamais falaria isso para ninguém, mas… Fico feliz por você ter ido bater na minha porta do nada.

  ──── Lembro bem como me mandou embora.

  ──── Bem, parece que é impossível me livrar de você.

  ──── É mesmo… - Pip abaixou a cabeça. ──── Pronta para bater na porta comigo?

  ──── Só pode estar brincando - Disparou Cairo, praticamente correndo para impedir a morena de bater na porta.

Amobi riu de sua reação, segurando os ombros da mais nova.

  ──── Ah, vamos lá - Incentivou ela, caminhando em direção à porta de Howie. ──── Não é como se fosse sua primeira vez em ação.

  ──── É muito difícil ignorar o duplo sentido disso. Espera, sargento! - Cairo pediu, seguindo-a, quase sendo arrastada, com relutância. ──── O que você pensa que está fazendo? Ele não vai falar com a gente!

  ──── Vai, sim - Amobi garantiu, levantando o celular acima da cabeça como se fosse uma arma. ──── Temos as fotos, lembra?

  ──── Você é maluca! — Singh a alcançou, ofegante e com os ombros caídos, pouco antes de chegarem à porta.

A mais velha se virou com um sorriso largo, olhos estreitos de determinação, segurando a mão da mais nova. Antes que Cairo tivesse tempo de recuar, Pippa usou a mão dela para bater três vezes na porta. O som ecoou como um trovão na cabeça da morena.

𝗡𝗢 𝗕𝗢𝗗𝗬, 𝗡𝗢 𝗖𝗥𝗜𝗠𝗘 : 𝗉𝗂𝗉𝗉𝖺 𝖿𝗂𝗍𝗓-𝖺𝗆𝗈𝖻𝗂 ੭Donde viven las historias. Descúbrelo ahora