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Continuação do capítulo 7:

Então eu fiz o que eu deveria ter feito, me desentrelacei de seus braços fortes, e com esse movimento ele pareceu sair do "transe" também, levantou e me esticou sua mão,era claro em minha mente eu que queria ter lo abraçado e beijado, seus braços eram fortes, seu perfume tentador, seu sorriso, sem dúvidas o mais lindo, estar ali "abraçado"com ele sentia que o meu coração sentia algo diferente de tudo que já havia sentia, o calor do corpo dele junto ao meu era alucinante mesmo que por apenas alguns minutos,talvez eu devesse beija lo mesmo, ali naquela situação era tudo muito estranho, talvez aquele olhar quisesse me dizer algo...,mas aquilo não era ficção, eu não teria coragem de ter feito o que desejava por vários motivos, talvez me arrependesse mas eu tinha que entender que isso não é um romance barato que tudo acontece como as pessoas querem que aconteça, isso é a vida, amar alguém sempre é doloroso, ainda mais quando não se é correspondido...

— Obrigado por me salvar mais uma vez —

Estava constrangido por mais uma vez ele ter que me salvar, se não estivesse ali eu teria sido atravessado por aquela espada, sem dúvidas eu estava muito atordoado com aquilo, com aquele dia todo na verdade, eu tinha que parar e refletir sobre o que aquele jeito estranho de Victor significava!

Victor — Não, não se preocupe com isso, a culpa é minha, deveria imaginar que deixar uma espada ali não seria adequado e seguro! —

— Bom, mas obrigado de novo, acho que já lhe devo duas vidas —

Dei uma risada para tentar não criar um clima, já que aquilo fora a única coisa que me passou na cabeça, mas pelo visto Victor não era muito bem humorado...

— É... eu... Eu já to atrasado eu acho que vou indo! —

Victor — Espere, meu motorista levará você de volta! —

Ele parecia estar atordoado também com o que havia acontecido ali, e agora sua voz dizia mais do que fala, era como se estivesse com raiva de mim, mas por algo que eu lhe lembrava ou significava... parecia estar com raiva do que eu estava aparentemente o lembrando.

Se pra mim aquilo tudo era estranhíssimo, pra ele também parecia ser, e porque não seria? Já que havia sido ele quem havia me segurado e me olhado tão profundamente...

O motorista me levou até em casa, e como imaginava os fatos do dia não saiam da minha cabeça, por mais que tentasse não conseguia encontrar uma explicação racional para aquilo tudo, era a segunda vez que quase havia morrido no ano e por algum motivo o homem que me salvará era o mesmo, aquilo deveria ser algum tipo de destino ? Algum tipo de aviso?, peguei as cobertas que cobriam meus pés e cobri todo meu corpo, meus pais já haviam chegado e eu dera a desculpa que não estava muito bem, assim me livrando de descer e jantar, não iria conseguir fingir que não estava "no mundo da maionese"

Mas era tão bom estar ali, na minha cama, abraçado com o meu travesseiro, afundando meu rosto nele, era como se sentisse o cheiro de Victor, foi assim que adormeci, abraçado com o travesseiro sonhando se algum dia seria ele. Já não adiantava lutar contra os meus sentimentos, não sentia atração por outros homens, não compreendia o que havia de errado comigo, mas não saia da minha cabeça o que seria do meu futuro se fosse gay....

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São Paulo
Sexta feira
11:50 da manhã

Respirei fundo, finalmente a aula havia acabado, era sexta feira e não treinaria com Victor hoje, o que era bom já que não queria vê-lo muito cedo, hoje queria apenas ir para casa deitar no sofá e ver um filme, de preferência um que não fosse de romance.

Amor a toda luta!Where stories live. Discover now