͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏𝖾𝗂𝗀𝗁𝗍𝖾𝖾𝗇

Começar do início
                                        

  ──── Ele vai ficar bravo se souber que estou distribuindo assim. Você não precisa procurar o cara. Se quiser alguma coisa, pode me pagar e eu pego para você. Posso até dar um desconto.

  ──── Na verdade… Prefiro comprar direto dele - Insistiu, estava ficando irritada novamente.

  ──── Não vai rolar, Pip.

Stephen balançou a cabeça, encarando a boca da morena. Ele não parecia disposto a ceder e só deixava ela mais nervosa, seus dedos batucavam contra o muro em que estavam sentados.

E então a centelha de uma ideia brilhou.

  ──── Bom… mas como vou comprar de você então? Você nem tem meu número.

  ──── Ah, e isso é uma pena, né? - Seu tom de voz mostrava que Pip conseguiu o que queria.

Ele enfiou a mão no bolso de trás e pegou o celular. Cutucando a tela com o indicador, digitou a senha e entregou o aparelho desbloqueado.

  ──── Pode pôr seu número aí.

  ──── Está bem…

A garota abriu os contatos e reposicionou os ombros para que o garoto não conseguisse ver a tela. Digitou ‘How’ na barra de pesquisa e só um resultado apareceu. Howie Bowers e um número de telefone.

Ela estudou a sequência de dígitos. Droga, nunca conseguiria se lembrar de tudo. Outra ideia faiscou. Talvez pudesse tirar uma foto da tela. Seu celular estava ao seu lado, no muro. Mas Stephen estava muito perto, olhando-a e mordendo a unha. Ela precisava de uma distração.

Pip se debateu de repente, lançando o baseado para longe no gramado.

  ──── Desculpe! Pensei que tivesse um inseto em mim.

  ──── Tranquilo, eu pego.

Só tinha apenas alguns segundos. Pegou o celular, acessou a câmera e o posicionou acima da tela do celular dele. Seu coração batia forte, enclausurado desconfortavelmente no peito. A imagem da câmera entrava e saía de foco, desperdiçando segundos preciosos.

Seu dedo pairava sobre o botão.

A imagem focou. Pip tirou a foto, deixando o próprio celular cair em seu colo assim que Stephen retornou.

  ──── Ainda está aceso! - Comentou, sentando-se novamente no muro.

  ──── Hum… Desculpe, mas acho que não quero dar meu número para você. Decidi que drogas não são para mim.

  ──── Não se faz de difícil - Respondeu, segurando o celular e a mão da garota juntos.

  ──── Não, valeu - Disse a morena, recuando. ──── Acho que vou entrar.

Mas Stephen colocou a mão na parte de trás de sua cabeça, puxou-a e avançou. Pip virou o rosto e o empurrou com tanta força que ele acabou caindo do muro de quase um metro, esparramado na grama molhada.

  ──── Vadia burra! - Xingou o garoto, levantando-se rapidamente.

  ──── Eu já disse que não! - Gritou Pip de volta.

Foi então que ela percebeu. Não sabia como ou quando isso tinha acontecido, mas os dois estavam sozinhos no jardim.

O medo percorreu seu corpo em um segundo, eriçando sua pele. Ele subiu no muro novamente, mas Amobi já estava na porta da casa novamente.

Ela abriu caminho através da multidão na pista de dança improvisada sobre o tapete persa, sendo empurrada de um lado para outro. Procurou entre os braços no ar os rostos sorridentes suados algum sinal de seus amigos. Não estavam em lugar nenhum.

Sentiu o peso da festa começar a sufocá-la. O barulho, as risadas altas e o cheiro de álcool misturado com cigarro a deixavam inquieta. Decidiu que já tinha visto o suficiente e precisava sair dali. Rapidamente, atravessou a multidão, esbarrando em ombros e cotovelos, até alcançar a porta da frente.

Do lado de fora, a noite estava fria e silenciosa em contraste com o caos da festa. Pip puxou o celular do bolso e chamou um táxi. Enquanto esperava, cruzou os braços e se perguntou se essa investigação valeria o esforço. A resposta sempre acabava sendo ‘sim’, apenas lembrar aquele sorriso nos lábios de Cairo e como precisava provar que seu irmão não era um monstro.

O caminho foi silencioso, o zumbido da cidade ficando cada vez mais distante à medida que se aproximava de sua rua. Assim que o carro parou em frente à sua casa, ela pagou a corrida e saiu, sentindo o ar fresco aliviar sua mente cansada.

Ao entrar, o silêncio do lugar a acolheu. Pippa suspirou, fechando a porta atrás de si. Mas antes que pudesse relaxar, o celular começou a vibrar dentro de sua bolsa. Uma chamada.

Ela olhou para a tela: Cairo.

Ela olhou para a tela: Cairo

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OO1 :  Eu nunca estive tão ansiosa para um capítulo, sério! Mas e aí, Pip? Vai casar, beijar ou matar a Cairo? O que acharam??

OO2 :  Votem e comentem para me ajudar, vejo vocês no próximo capítulo.

𝗡𝗢 𝗕𝗢𝗗𝗬, 𝗡𝗢 𝗖𝗥𝗜𝗠𝗘 : 𝗉𝗂𝗉𝗉𝖺 𝖿𝗂𝗍𝗓-𝖺𝗆𝗈𝖻𝗂 ੭Onde histórias criam vida. Descubra agora