͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏𝖾𝗂𝗀𝗁𝗍𝖾𝖾𝗇

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  ──── E não posso só querer ser YOLO? Ou seja lá o que o Zach falou…

  ──── Isso nem faz sentido - Riu Cara, afastando-se da mesa.

  ──── Meninas! - gritou a mãe de Pip do pé da escada. ──── É melhor vocês se apressarem. Victor está ensinando a Lauren a dançar calipso!

Ward riu ainda mais vendo a vergonha no rosto de Amobi. Pip pegou a bolsa e deu uma última checada no celular, certificando-se de que estava carregado. A ideia de não ter notícias de Cairo a noite toda a deixava mais ansiosa do que gostaria de admitir.

  ──── É melhor irmos logo, Naomi disse que essas festas podem ficar pesadas - Cara avisou, esperando por sua melhor amiga na porta.

Enquanto desciam as escadas, o pai de Pippa apareceu com um sorriso contagiante.

  ──── Oi, querida! Lauren e eu decidimos que eu também deveria ir à festa do calipso.

  ──── Apocalipse, pai. E só se eu tivesse perdido todos os neurônios - Respondeu a garota, balançando a cabeça, tentando não rir. Estava sempre tentando não rir com seu pai.

Victor se aproximou e, com um gesto dramático, jogou o braço em volta dos ombros da filha, apertando-a em um abraço exagerado.

  ──── Minha Pipinha indo para uma festa!

  ──── Eu sei! - Exclamou a mãe de Pip, com um sorriso brincalhão. ──── Com bebidas alcoólicas e garotos.

Cara mordeu o lábio, segurava tanto a risada que estava roxa. Pip deu uma cotovelada fraca nas costelas dela, sentindo o estômago revirar quando Cairo apareceu em sua mente.

  ──── Isso mesmo. - Ele se afastou, assumindo um tom sério, com o dedo apontado para ela. ──── Pip, lembre-se de ser, pelo menos, um pouco irresponsável. Caso te ofereçam drogas, só aceite metade.

Ela ergueu as sobrancelhas, surpresa com o comentário, mas riu, abrindo a porta da frente.

  ──── Tá bom, pode deixar. Adeus, pais esquisitos!

  ──── Adeus! - Gritou Victor, agarrando-se ao corrimão e estendendo a mão dramaticamente, como se estivesse em um navio afundando.

Pip lançou um último olhar para trás, não conseguindo esconder o sorriso que escapou, mas, por dentro, a ansiedade retornava. Ela não conseguia parar de pensar em Cairo.

Até a calçada pulsava com a música. As três foram até a entrada, e, assim que Amobi ergueu o punho para bater, a porta da frente se abriu, deixando escapar uma cacofonia distorcida de música, palavras arrastadas e iluminação fraca.

Elas entraram, hesitantes. Lauren seguia na frente, as três coladas umas nas outras para não se perderem em meio ao mar de gente. Sua primeira inspiração foi contaminada pelo cheiro metálico e abafado de vodca, pitadas de suor e um leve traço de vômito.

Ela avistou o anfitrião, o amigo de Ant, George, tentando colar o rosto no de uma garota um ano mais nova, os olhos abertos e fixos. Ele olhou para as recém-chegadas e, sem interromper o beijo, acenou para as três pelas costas da parceira.

  ──── Essa festa está… interessante - Murmurou Pip quando entraram na sala de estar e se depararam com o caos adolescente.

O ambiente era uma massa de corpos se movendo no ritmo da música alta, o ar pesado com o cheiro de álcool e suor. Torres de garrafas de cerveja ameaçavam desabar, enquanto conversas bêbadas sobre o sentido da vida eram gritadas de um canto a outro da sala.

𝗡𝗢 𝗕𝗢𝗗𝗬, 𝗡𝗢 𝗖𝗥𝗜𝗠𝗘 : 𝗉𝗂𝗉𝗉𝖺 𝖿𝗂𝗍𝗓-𝖺𝗆𝗈𝖻𝗂 ੭Where stories live. Discover now