𝗡𝗢 𝗕𝗢𝗗𝗬, 𝗡𝗢 𝗖𝗥𝗜𝗠𝗘 : 𝗉𝗂𝗉𝗉𝖺 𝖿𝗂𝗍𝗓-𝖺𝗆𝗈𝖻𝗂 ੭

͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏𝗍𝗁𝗂𝗋𝗍𝖾𝖾𝗇

No dia anterior, quando Singh foi até sua casa e entraram nessa teoria estranha sobre Naomi, as duas passaram a tarde toda conversando sobre isso ou apenas encarando o teto. Também entraram em todos os fóruns existentes na internet sobre impressoras e leram tudo o que deveriam saber.

Então, depois que a morena foi embora, havia ficado acordada até as três da manhã, com o “e se?” a assombrando, afastando o sono.

Qualquer um poderia ter seguido Pip até o bosque. Afinal, qualquer pessoa poderia ter visto ela e Cara e, de alguma forma, atraído o grupo para longe do gazebo, deixando tempo para deixar o bilhete. Mas porque sua primeira suspeita foi justamente Naomi? Não seria irônico demais, bem no aniversário de sua irmã, um bilhete misterioso aparece no saco de dormir da única pessoa que está investigando?

Talvez houvesse mais em Naomi do que aparentava. Talvez estivesse mentindo sobre ter saído da casa de Max na noite em que Andie morreu, ou talvez fosse apaixonada por Sal e odiasse Andie o suficiente para matá-la. E ela ainda estava discutindo com Max, não estava? Tem algo acontecendo e ela está muito bem envolvida.

Após horas de pesquisa, Pip descobriu que não era possível rastrear os documentos impressos por uma impressora sem fio. Salvar um bilhete como aquele no computador seria imprudente, então vasculhar o computador de Naomi seria inútil. No entanto, havia uma possibilidade. Pip acessou as configurações da impressora da família Ward, apelidada carinhosamente de Freddie Prints Jr.

Seguindo um tutorial online que assistiu com Cairo, ela ativou uma função que armazena os últimos documentos impressos. Com essa informação, talvez pudesse encontrar alguma pista sobre quem havia escrito o bilhete. Então fechou o painel e voltou para o dever de Cara.

  ──── Obrigada! - Disse, devolvendo o notebook, sentindo ter um alto falante em seu peito, expondo seus batimentos acelerados.

  ──── Tranquilo - Respondeu Cara com um sorrisinho.

O notebook de Cara passaria a registrar tudo que saísse da impressora dos Ward. Se Pip recebesse outro bilhete, poderia saber com certeza se tinha sido Naomi ou não.

A porta da cozinha se abriu com o som de uma explosão na Casa Branca e agentes federais gritando “Saiam daqui!” e “Salvem-se!”. Naomi apareceu no batente.

  ──── Pelo amor de Deus, Nai! A gente está estudando, pode abaixar o volume? - Pediu Ward.

  ──── Desculpe - Sussurrou ela, como se quisesse compensar o volume alto da televisão. ──── Só vim pegar alguma coisa para beber. Tudo bem, Pip?

  ──── Ah, claro, só me assustou - Forçou um sorriso, desviando o olhar para os livros.

Agora que resolveu parte de sua teoria, ainda existiam outras pessoas na lista de suspeitos, como o Cara Mais Velho Secreto. Tinha que fazer algo sobre ele, não pode ignorar sua existência. Se é que ele existe. E, se existir, pode ser qualquer um.

O próximo passo é só investigar mais e mais, tem algo que ela possa fazer além disso? As amigas de Andie devem saber mais sobre essa pessoa. Talvez não, elas nem podiam falar sobre ele. Andie jamais teria contado, elas não faziam ideia. Ou será que devem ter alguma suspeita?

Será que Emma aceita fazer outra entrevista?

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No momento em que chegou em casa, mandou uma mensagem para Emma Hutton para marcarem uma segunda entrevista. Com certeza ficou supresa quando ela aceitou, e dois dias depois estavam em uma chamada de voz.

  ──── Obrigada por conversar comigo novamente. Será uma entrevista rápida, eu prometo - Pip começou, brincando com a caneta em suas mãos.

Por um momento olhou para sua cama esperando ver Cairo ali, a acompanhando como fez das outras vezes. Não dessa vez. Singh continua doente, segundo seu irmão, e não apareceu na escola como ela havia prometido.