͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏𝗌𝗂𝗑

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Foi possível ver o momento em que a ficha da morena cai e ela volta a encarar Amobi, brincando com os dedos perto de seu queixo.

  ──── Acha que alguém pode ter assassinado meu irmão?

Impossível não notar os olhos ainda mais atentos vindo da mais nova.

  ──── Em teoria, é uma possibilidade - Ela assentiu, mantendo o contato visual apenas para se perder enquanto falava. ──── E… A quarta é a menos provável, mas acho que ninguém matou Andie Bell porque ela não está morta, ela, ma verdade, fingiu que desapareceu, depois atraiu Sal para o bosque, o matou e fingiu ser suicídio. Plantou o próprio celular e o sangue nele para que todos acreditassem que ela morreu, mas… Porque faria isso? Talvez precisasse desaparecer por algum motivo. Talvez temesse pela própria vida e precisasse fingir que já estava morta. Talvez até tivesse um cúmplice.

O silêncio voltou a se instalar, Pippa recuperando o fôlego enquanto Cairo mantinha o olhar distante, talvez tentando organizar todos os milhões de pensamentos em sua cabeça. Não parou de mexer suas mãos em nenhum segundo, aquela energia e ansiedade já estava começando a ser transmitida para Pip, a qual passou a mexer um dos pés.

As duas pularam em um susto com a notificação vinda do celular de Amobi, uma música calma do despertador indicando que estava na hora.

  ──── Entrevista com o Max - Explicou, pegando o aparelho e abrindo o aplicativo de ligações, então começou a gravar o áudio logo depois de escrever o número do garoto, e, antes de apertar para ligar, olhou para Cairo com expectativa. ──── Pronta?

  ──── Completamente pronta, sargento.

Com a confirmação, apertou o botão para ligar e apoiou o celular sobre a mesa, agora aproximando a cadeira da mesa, apenas esperando o garoto atender.

  ──── Alô? - A voz de Hastings ecoou pelo alto falante do telefone, robotizada e baixa.

  ──── Oi, Max. Aqui é a Pippa Fitz-Amobi, conversei com você por mensagem e marcamos uma entrevista para agora - Respondeu com o olhar baixo.

  ──── Ah, sim, eu lembro. Me dê um segundo.

Então o áudio foi preenchido por passos apressados, ruídos e uma porta batendo. Logo a voz dele se fez presente de novo.

  ──── Pronto, estou pronto.

  ──── Tudo bem. Bom, Max, você tem vinte e três anos, correto?

  ──── Não, na verdade, fiz vinte e cinco no mês passado. Quando eu era mais novo tive leucemia e acabei perdendo muitas aulas, por isso tive que repetir um ano.

  ──── Ah… Não fazia ideia.

  ──── Quer um autógrafo?

Cairo revirou os olhos discretamente, desviando sua atenção para a parede de pistas enquanto deixava a entrevista nas mãos de Pippa.

  ──── Só vamos começar logo - Apressou Amobi, vendo as perguntas que havia anotado em uma folha de jornal. ──── Pode descrever como era a relação da Andie e do Sal?

  ──── Era normal. Não era o romance do século, eram só dois adolescentes namorando, funcionava para eles.

  ──── Então não era nada profundo?

  ──── Não sei, não prestava tanta atenção assim nos dois.

  ──── E como eles começaram a namorar?

  ──── Os dois beberam demais e acabaram transando em uma festa de natal, depois só continuaram a relação.

  ──── Eca… - Sussurrou Singh, fazendo uma careta.

𝗡𝗢 𝗕𝗢𝗗𝗬, 𝗡𝗢 𝗖𝗥𝗜𝗠𝗘 : 𝗉𝗂𝗉𝗉𝖺 𝖿𝗂𝗍𝗓-𝖺𝗆𝗈𝖻𝗂 ੭Where stories live. Discover now