͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏𝗍𝗁𝗋𝖾𝖾

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  ──── Você se lembra da mensagem?

  ──── “Fui eu. É minha culpa. Sinto muito.” - Citou a morena, os braços cruzados e a cabeça baixa.  ──── Já era tarde demais, gritei pelos meus pais como se estivesse sendo sequestrada. A polícia chegou em menos de 10 minutos.

  ──── Desculpa se for insensível, mas os remédios para dormir…

  ──── Eram do meu pai - Respondeu o moreno.  ──── Ele estava tomando fenobarbitúricos para a insônia, parou depois do que aconteceu e quase não consegue dormir.

  ──── E vocês já haviam imaginado que Sal tinha pensamentos suicidas?

  ──── Óbvio que não! - Exclamou a mais nova, empurrando a cadeira para trás e se levantando, apoiando-se sobre a mesa de jantar.  ──── Meu irmão era literalmente a pessoa mais feliz que existia, estava sempre rindo e brincando! Ele nunca faria isso e nunca me deixaria aqui sozinha!

Deu uma forte batida sobre a madeira, escondendo o rosto cheio de lágrimas e correndo escadas acima. Alguns minutos depois, no silêncio, foi possível ouvir a porta de seu quarto bater de forma abafada.

  ──── Eu sinto muito, Ravi…

  ──── Tudo bem, é normal. Digo… Para nós é mas, ela não tem tomado os remédios desde que Sal morreu, parece não aceitar nunca que ele se foi. Óbvio que ela ter encontrado o corpo dele pesa muito, ela era uma criança, ela só parece não ter crescido desde então. Sempre presa ao passado…

  ──── Desculpa a pergunta, quais remédios?

  ──── Não sei se deveria estar te contando isso, não é nada sério, só acho melhor não expor ela, sabe?

  ──── Claro, desculpa. Acho que já vou indo.

Começou a guardar tudo na mochila, desligando a gravação de áudio e deixando sua xícara de chá já frio pela metade. Pippa colocou sua mochila nas costas novamente, nem havia percebido como o sol já estava se pondo e provavelmente perdeu algumas mensagens de sua mãe. Conseguia levar uma bronca quando chegasse.

Ravi a acompanhou até a porta, quieto, apoiando-se no batente assistindo ela caminhar até o portão baixo.

  ──── Ei, Pip - Chamou, indo logo atrás da garota.  ──── Por que está fazendo isso? Por que acha que Sal não matou Andie?

Um longo suspiro deixou os pulmões da morena, dando-lhe um tempo para pensar.

  ──── Minha melhor amiga é irmã da Naomi.

  ──── Naomi Ward? Essa cidade é realmente pequena. Ela sempre foi legal comigo, seguia o Sal como cachorrinho por aí.

  ──── Sério?

  ──── Sim, sempre achei que ela tinha uma quedinha por ele. Enfim, então está fazendo isso pela Naomi?

  ──── Não… É só que… Eu conhecia o Sal.

  ──── Conhecia?

  ──── Uma vez, no primeiro ano, dois garotos estavam me provocando na saída da escola porque meu pai é nigeriano. O Sal viu e apareceu lá, virou para os garotos e falou: “Quando vocês dois forem expulsos por bullying, a próxima escola fica a meia hora daqui, se vocês conseguirem vaga. Começar do zero em uma escola nova…  Pensem bem.” Eles nunca mais mexeram comigo. E, depois, Sal se sentou do meu lado e me deu um KitKat para me animar.

  ──── Isso parece bem o Sal.

  ──── Exatamente, como vou acreditar que o meu herói na infância fez tudo aquilo?

  ──── Realmente acha que não foi ele?

Ela negou com a cabeça, deixando o garoto apenas mais confuso.

  ──── Eu tenho certeza.

  ──── Eu tenho certeza

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⟡    ֺ   𓂂  notes  !  ˚

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⟡    ֺ   𓂂  notes  !  ˚

OO1 :  Definitivamente um dos meus capítulos favoritos, já mostrando que a Cairozinha guarda segredos. O que acharam, meus amores?

OO2 :  Votem e comentem para me ajudar, vejo vocês no próximo capítulo.

𝗡𝗢 𝗕𝗢𝗗𝗬, 𝗡𝗢 𝗖𝗥𝗜𝗠𝗘 : 𝗉𝗂𝗉𝗉𝖺 𝖿𝗂𝗍𝗓-𝖺𝗆𝗈𝖻𝗂 ੭Where stories live. Discover now