Capítulo 43

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Gianne

Ainda me odeia?

Reflito sobre sua pergunta observando atentamente seu rosto.

— Ainda te odeio.

Tenho quase certeza que sabe que não é verdade. Há algum tempo, Oliver de alguma forma aprendeu a reconhecer a mentira nas minhas palavras, no meu olhar. Exatamente por isso me encara com tanta intensidade.

Quando abro a boca pronta para desmentir por não querer mais alegações falsas entre nós, ele pigarreia.

— Basear nosso relacionamento em sexo me parece um bom começo. — Pisco várias vezes.

O sorriso largo iluminando seu rosto com a barba por fazer, extremamente sexy, por sinal, me diz claramente que sabe que minha afirmação anterior havia sido uma mentira.

Levanto indo até a geladeira para buscar a jarra de suco porque ainda não estou pronta para encarar de frente meus sentimentos por ele. Antes de voltar para a mesa, encaro o homem de braços cruzados e olhar fixo nas minhas pernas arqueando levemente a sobrancelha.

— Que foi?

— Não vai mais me xingar por estar andando quase nua pela casa? — Seu olhar sobe e desce lentamente por todo meu corpo e um sorriso malicioso toma conta dos seus lábios.

— Não.

— Não?

— Mudei de opinião. Então sinta-se à vontade para andar de roupas curtas... só de lingerie... ou completamente nua. Prometo não dizer um a.

— Por que mudou de opinião?

— Porque agora... não preciso fazer de tudo para evitar te olhar.

— Então você olhava... — Mordo o lábio inferior.

— Olhava... assim como imaginava como seria ter minhas mãos em cada centímetro desse corpo.

— Foi como imaginou, capitão? — Sorrio de lado ao me sentar apoiando os braços sobre a mesa.

— Baseado nas poucas vezes em que pude fazer isso... superou minhas expectativas.

— Isso é bom... já que você fez exatamente o mesmo. – Pisco.

— Nós só temos um problema, princesa.

— Qual?

— Será difícil... diria que... quase impossível, manter minhas mãos longe de você de agora em diante.

— Quem disse que quero que mantenha suas mãos longe de mim? – Oliver pega minha mão em cim da mesa.

— Irá jantar comigo hoje.

— Estamos sempre jantando juntos, oficial. — Levanto a cabeça me atentando ao castanho dos olhos dele.

— Em algum lugar. Um encontro.

— Está me convidando para um encontro? — Sorrio ao arquear a sobrancelha.

— Não é um convite. — Pisco por um segundo. — Se vou deixá-la usar meu corpo para seu prazer. Quero sua companhia em um encontro para o meu.

— Desde quando minha companhia é prazerosa pra você? Pensei que eu fosse só um rostinho bonito. — Cruzo os braços sorrindo de lado.

— Desde sempre. Sua companhia é prazerosa para qualquer pessoa desde sempre, e você sabe muito bem que não é apenas um rostinho bonito. — Oliver recosta na cadeira cruzando os braços como eu, me dando tempo para aceitar a verdade do que me diz.

Minha Perdição Where stories live. Discover now