Capítulo 12

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"Não, não, você vai entrar no jogo,
deixar ela te guiar,
Você irá dizer: não, não.
E depois: sim, sim, sim.
Porque ela mexe com a sua cabeça..."

(Sweet but psycho - Ava Max)
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Gianne

Que porra tá acontecendo?

No dia anterior foi: Case-se comigo.

A frase me pegou de surpresa e alugou um triplex na minha cabeça.

Agora...

Marque território, Gianne. Sou seu enquanto estivermos nesse noivado de mentira.

Repito a frase em pensamento.

Tá muito cedo pro oficial ter bebido. E tudo bem que ele e Chris são amigos, mas não estou entendendo sua relutância em continuar com essa farsa, e em me deixar ir embora.

Case-se comigo. Case-se comigo. Case-se comigo.

Caralho.

Me sinto em um beco sem saída.

De um lado, meu pai querendo me casar à força com um homem por quem sou apaixonada em troca de benefício próprio. Do outro, Oliver me propondo um casamento sem amor.

Por quê?

Até onde sei ele é americano, o que descarta a necessidade de estar fazendo isso para conseguir documentos e permanecer no país.

Então... O que diabos o oficial ganha se casando comigo?

Amor sei que não é. Já deixou claro que não está em busca de um relacionamento.

Sexo muito menos, até hoje não aceitou minhas investidas.

Quanto mais penso, menos entendo. Até que uma ideia se forma em minha cabeça.

Será que Oliver é gay?

Ai meu Deus!

Faz todo o sentido!

É a única explicação. Porque o cara pode ser na dele, mas uma hora ou outra sempre chega aos nossos ouvidos se estiver transando.

Nunca soube de ninguém que pegou. Ouvi apenas pequenos comentários de Linda ou Gracie sobre serem abordadas por mulheres pedindo o número do telefone dele.

Sobre o que Marcella disse no jantar, vários caras já namoraram mulheres como forma de manter as aparências.

Tudo bem que ele é um homem introvertido e não fala muito sobre sua vida, por isso nunca sabemos o que está pensando ou como reagirá a determinadas situações.

Como quando socou a cara de Josh muitas semanas atrás, surpreendendo todo mundo. Foi nesse dia que percebi que Oliver Harding é uma caixinha de surpresas e dele podemos esperar tudo.

Meu primo, assim como nossos amigos, são discretos pra caramba quanto a vida pessoal dele. O que me deixa mais convicta sobre o capitão ser gay.

Droga!

E eu aqui, bem pensado que poderia levá-lo pra cama.

Meia hora é o tempo que gastamos para chegar no estúdio que fica em um bairro próximo do centro da cidade.

- Por que tem tanta gente? - Oliver franze a testa ao parar o carro do outro lado da rua.

Observo o aglomerado de pessoas na frente do prédio. A maioria mulheres.

Minha Perdição Where stories live. Discover now