Capítulo Trinta e Oito

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— E está conseguindo. Como vamos achá-lo aqui?

Oliver apertou a mão da esposa.

— Vamos dar uma volta.

Felicity concordou, começando a dar alguns passos em direção onde havia alguns balões. Vários e todo tipo de cor. Bryan tinha pavor de balões. Se estourassem então, ele ficava em choque. Colocava as mãos nos ouvidos, fechava os olhos e não conseguia dar um passo sequer. O mesmo com fogos. E isso se devia ao fato de que há dois anos ele se perdeu de Thea em um festival como aquele e logo naquele dia houve fogos. Foi sorte o tio dele ter encontrado ele. Foi sorte não ter acontecido nada de sério. Depois disso Thea nunca mais soltou as mãos dos sobrinhos. Tinha sido meio segundo para pegar um algodão doce quando aconteceu aquilo que poderia ter virado uma tragédia. Claro que poderia ter acontecido com qualquer um, e por isso Felicity e Oliver tranquilizaram a irmã pelo que aconteceu.

De repente alguns balões se soltaram das mãos do rapaz que estava vendendo. Eles sobrevoaram o céu, colorindo aquela noite. Foi neste momento que Felicity enxergou um pontinho loiro. Podia estar diferente, mas o reconheceu. Era seu filho. Não muito longe dela, mas também nem tão perto. Ele estava encolhido perto do carrossel. Seus olhinhos demonstravam que ele estava assustado. Ele se vestia com uma camisa branca e uma jardineira vermelha.

— Bryan.

Oliver tentou encontrá-lo na multidão, e só piorou quando as pessoas começaram a aparecer do nada, passando em sua frente. Felicity correu, empurrando quem estivesse em sua frente, e preocupado, Oliver a seguiu, pedindo para que ela o esperasse, mas ela não o escutava. Ele se preocupava com ela também. Iris também queria machucá-la. E se entregar Bryan fosse uma armadilha? Ele então se apressou para chegar até a esposa, tentar pará-la, ou ao menos segurar sua mão para que fossem juntos. Ele a entendia. Ele também estava desesperado para ver Bryan, mas ela precisava pensar. Uma coisa que era difícil de fazer naquelas condições.

— Felicity.

Oliver empurrou um rapaz que parou no meio do caminho. Empurrou um outro, e tentou segurar a esposa, mas acabou perdendo-a no meio de todas aquelas pessoas. Parecia que a cidade inteira estava naquele festival. De repente um disparo. Oliver se assustou, mas logo se atentou que não era um disparo realmente. Eram fogos. As pessoas pararam no meio do caminho para ver aquela iluminação colorida no céu. Oliver aproveitou para passar por eles sem muitos problemas, ainda que tivesse que empurrar um ou outro, e então encontrou sua família. Parte dela, claro. Sua esposa e seu filho estavam a poucos passos de si, abraçados. Ao lado deles, Gregory e Tyler. Seus olhos se encontraram com os da amada, que estavam lacrimejados, mas já tranquilos. Ela apertou Bryan em seus braços, sentindo seu cheiro e o calor de seu corpinho, finalmente conseguindo respirar de verdade. Estava com seu garotinho em seus braços. E ela não o soltaria jamais.

Oliver se aproximou mais calmo, mas um tanto apressado. E quando Bryan o viu, se jogou em seus braços, e Oliver o apertou. O pequeno tremia. Choramingava. Fungava. Estava apavorado, e com os fogos tudo piorava. Mas ao menos agora estava com os pais. Com palavras tranquilizadoras, finalmente conseguiu fazer com que seu filho se acalmasse em seu colo. Felicity tocava as costas pequenas e beijava os cabelos loiros, tentando também tranquilizá-lo como o marido fazia. Carinhosa e amável como sempre.

— Está tudo bem, agora, filho, o papai está aqui.

Bryan fungou novamente.

— O papai e a mamãe estão aqui.

— Meu amor. – Beijou sua mãozinha. – Nós estamos juntos. – Tentou sorrir quando ele a olhou. – E nós vamos para casa. Estão todos esperando por você.

Carpe DiemWhere stories live. Discover now