Capítulo Quatorze

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Notas Iniciais

E o que era para ser postado mais cedo acabou sendo postado mais tarde.

Foi o que deu.

Mas o que importa é postar, não?

Então vamos à leitura! 













22 de Maio


Quando Oliver recebeu aquela ligação àquela hora da noite, ele e a esposa meio que se desesperaram, pensando em com quem deixariam os trigêmeos; apesar de essa não ser a única preocupação de ambos, em especial da loirinha. Passava das sete horas da noite, e como era final de semana, sua intenção era dormir cedo para poder ir ao parque com as crianças no dia seguinte, como havia prometido, mas pelo jeito teria que mudar os planos. Frustrado, era assim que estava, mas como era algo importante, vindo do hospital no qual o Sheldon estava hospitalizado, ele não poderia deixar de comparecer, principalmente, porque estava bastante curioso para saber sobre o que o médico do homem queria lhe falar; o tal que estava cuidando do caso, avisou que era essencial que eles comparecessem o mais depressa possível, e que levassem um advogado. E Oliver se preocupou, ao ouvir tal pedido.

Por que precisariam de um advogado?

E por que o homem parecia estar tão nervoso do outro lado do celular?

O Queen olhou para a esposa, que se arrumava, completamente pensativa. Ele sabia que ela não estava só pensando em com quem deixaria os filhos, mas também pensava no porquê de terem lhes chamado. Ela estava tremendo. Estava com medo, ele sabia disso; mesmo que ela não lhe dissesse. Fazia pouco mais de quatro anos que não via o homem que lhe causou tanto mal. Por várias semanas, ela teve pesadelos horríveis, mesmo durante a gravidez, o que o deixou mais preocupado do que já estava. E vê-la tão sensível, tão abalada, mais uma vez, por culpa daquele homem, o fazia amaldiçoar Cooper Sheldon. Pensando naquela situação, ele prometeu a si mesmo de que sua esposa não o veria, nem por um minuto. Ela estaria ao seu lado, o tempo todo, sendo protegida. Sua vontade era de torturar o desgraçado até a morte, mas sabia que isso não seria possível, principalmente porque a polícia estava envolvida.

A tensão era sentida por todo o quarto, e vinha apenas de uma pessoa. Felicity. Ela tinha medo do que estava por vir. Alguma coisa lhe dizia que não era nada bom; ela sentia isso em cada parte de seu corpo. O desejo de Felicity era nunca mais pisar no mesmo hospital que aquele homem estava hospitalizado, nunca mais vê-lo, ou ouvir seu nome. Tinha ido apenas uma vez, quando finalmente teve alta do hospital. Sua intenção, ao fazer isso, era de se certificar de que ele estava mesmo em coma, de que finalmente poderia viver feliz, sem medo de ser sequestrada, sem medo do que poderia acontecer a sua família, sem angústias, sem ter que ficar preocupada a cada segundo de sua vida. Ter a certeza de que estava livre, finalmente. E agora, novamente ali estava ela, sentindo todas aquelas coisas ruins, mais uma vez, em seus poros. O tremor e suor de suas mãos, o bater acelerado de seu coração, o respirar alterado, só de imaginar que teria que estar face a face com Cooper.

Carpe DiemWhere stories live. Discover now