Capítulo Oito

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Notas Iniciais

Mas foi quase!

Quase que me esqueço de postar.

Minha sobrinha chegou do pai e eu fui assistir a um filme da Disney com ela, e eu me esqueci completamente de que tinha atualização hoje.

Mas o bom é que me lembrei antes de desligar o note.

Espero que goste do capítulo de hoje.












21 de Março


Felicity e Lilikat podiam escutar as gargalhadas gostosas das crianças ainda que elas estivessem no jardim, e não puderam deixar de sorrir enquanto escutavam Brooke contando aos amigos que o pai estava fazendo uma casa na árvore, e a Gautier já imaginou que seus pequenos pediriam o mesmo ao pai quando ele chegasse, achando aquela ideia um máximo. E ela tinha de concordar, afinal, seria uma brincadeira a menos que ela se preocuparia, já que ficava preocupada a todo momento, principalmente porque estava sempre se lembrando do dia em que tocou sua garotinha pela primeira vez, quando ela quase morreu aos três anos — ou seria dois, já que ela ainda não havia completado seu terceiro aniversário, faltando poucas semanas para isso? E esse era mais um motivo de continuar a terapia. Ainda não havia superado o fato de que "abandonou" Kieera por quase três anos. Se lembrava como se fosse ontem tudo que havia feito para jamais se aproximar da garotinha que se parecia tanto consigo, de tudo que aconteceu para finalmente ver que estava fazendo tudo errado, e culpando e ignorando alguém que não tinha culpa alguma do que havia acontecido.

E era por isso que ainda fazia terapia.

Precisava superar o que fez à Kieera. Superar o que a fez acreditar, superar ter perdido tanto tempo por sentimentos que deveriam ser dirigidos apenas a uma pessoa que havia lhe feito mal, superar o fato de que havia perdido cada passo de sua própria filha por sentir nojo dela. Sim. Aquele era um sentimento que ela estava aprendendo a entender, que havia um motivo de ter sentido, por mais que seja sujo e horrível. E tanto a terapeuta quanto seu marido vinham ajudando. E mesmo sem saber, Kieera também.

No começo era horrível pensar em tudo que fez, tanto, que chorava depois que a menina estava completamente adormecida, sendo acalentada por seu amado ou pelos gêmeos, que a compreendiam e estavam sempre ao seu lado, tentando ajudá-la como podiam. Apesar do sentimento de culpa ainda estar ali, ele era menor, e isso a fazia conseguir respirar muito melhor, principalmente olhar para a filha mais nova e não sentir aquela vontade de chorar bem alto enquanto se sentia um lixo.

— Como está sua relação com a Kieera?

— Está cada dia melhor. Ela é encantadora, e me lembra tanto a minha mãe em alguns momentos. – Conta sorrindo, em meio a lembranças com sua amada mãe. – Mas, assim como meu marido diz, ela é minha versão menor.

— Isso todos nós sabemos.

Ambas riram juntas.

— Ela gesticula como você, fala como você, tem a sua risada... – Frisa as últimas palavras. – E eu já vi fotos suas quando mais nova, ela é exatamente como você. E vocês nem tiveram um vínculo desde a gestação.

Carpe DiemWhere stories live. Discover now