Capítulo Trinta e Três

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Notas Iniciais

Se preparem para surtar legal!

Esse capítulo é chocante.

Vocês vão ficar tipo: WHAT?

E depois tipo: BATE NELE, BATE QUE ELE MERECE!

Bom vamos ao capítulo que vocês vão me dar razão. 













15 de Dezembro


Felicity entrou no quarto dos filhos. Se aproximou dos berços, que ficavam lado a lado, e tocou na mantinha verde água de Kyle que estava pousada na grade. O quarto tinha o cheiro deles. Olhou ao redor, encontrando os brinquedos espalhados, por conta das brincadeiras da noite anterior, o tapete de borracha estava com várias almoçadas espalhadas sobre ele, e se lembrou de encontrá-los dormindo na tarde anterior, entre aquelas almofadas. Os olhos dela lacrimejaram, tendo mais e mais lembranças com os filhos. As gargalhadas, as correrias, as brincadeiras, os sorrisos indicando que eles haviam aprontado. Sentando-se perto do maior urso do quarto, que os trigêmeos haviam ganhado de Laurel, ela o abraçou, sentindo novamente o cheirinho de seus bebês, acabando por deixar dois soluços saírem de sua boca. Ela fechou os olhos, tendo mais lembranças invadindo sua mente.

Ela queria estar enganada. Ela queria que tudo não passasse de um terrível pesadelo. Durante aqueles anos em que esteve livre, em que foi feliz com os filhos e Oliver, ela nunca, jamais imaginou que passaria por tamanho desespero. Mesmo sabendo que Cooper estava vivo, mesmo sabendo que ele poderia acordar daquele coma, ela não imaginava que poderia voltar a viver um verdadeiro inferno. Que alguém poderia fazer mal a ela novamente, ou pior, seus bebês. Tão pequenos. Eles deviam estar assustados, e esse pensamento, fez com que ela chorasse de forma desesperada. Os soluços, que ela não conseguia controlar, ficaram tão altos quanto o choro de saudade, de medo.

Felicity se lembrou da professora lhe dizendo que os trigêmeos haviam sido levados por alguém que se intitulou "Helena". Ela se lembrou do olhar assustado da outra professora, se lembrou de seu próprio desespero, e o de seu marido, e apertou os braços em volta do urso de pelúcia que tinha o cheiro de seus filhos. Ela abriu os olhos, ouvindo a voz dos filhos chamá-la, mas ela sabia que não era verdadeiro. Era uma brincadeira de sua mente perturbada. As gargalhadas ecoavam em sua mente, as vozes chamando "mamãe", não paravam de ecoar também, e isso estava deixando pior do que já estava. Ela imaginava os filhos chorando, pedindo por ela e Oliver, e a pessoa que os sequestrou perdendo a cabeça e os machucando. Ela não sabia do que essa pessoa era capaz, seja ela quem fosse.

Oliver conseguiu acalmar as gêmeas algumas horas depois de contar tudo o que houve. Não tinha sido fácil. Elas ficaram desesperadas, mas ele pediu para que elas pensassem na mãe delas, e isso foi o bastante para que as duas deixassem o desespero de lado por um momento, porque elas sabiam que a mãe deveria estar bem pior. April e Amily queriam vê-la, mas o pai as convenceu de que o melhor era esperar até o dia seguinte. Ele viu o quanto abalada a esposa estava, e ficou preocupado; muito preocupado. As gêmeas insistiram em saber de tudo, pediram para que ele não escondesse nada, e foi o que ele fez. Oliver suspeitava que tudo aquilo era por dinheiro. Sabendo que eles eram seus filhos, a pessoa deveria estar pensando na grana que receberia, caso sequestrasse os filhos de um Queen. Depois de finalmente fazer as filhas se acalmarem, Oliver saiu do quarto. Ele queria ver a esposa. Ele precisava vê-la, saber como ela estava, apesar de já fazer uma ideia de como; com certeza estava ainda pior que ele.

Carpe DiemWhere stories live. Discover now