[22] La Vie En Rose

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Sempre que ele não está perto, fico preso por ideias irreais de como seria beijá-lo em público, plenamente liberto. São intrusos devaneios que me tomam à todo momento, não me deixam em paz. E a cada dia, a vontade de tornar isso real aumenta desgovernadamente, quase imparável. 

Eu não poderia nem me sentir culpado depois se fizesse isso, o meu amor por Jimin tem me deixado louco e desnorteado. 

É interessante pensar como ao longo da minha vida, andei brincando com o coração de alguns casinhos antigos, como diversão. Até que algo ocorreu pela primeira vez, um pequeno paraíso que me faz querer perder a cabeça e desperdiçar todo o meu tempo procurando maneiras de o aproximar mais e mais. Sinto que poderia implorar de joelhos em sua frente para que fique, e não vá embora. 

Estou chapado? O que há comigo? 

Nunca pensei em viver muito, não passava pela minha mente adolescente viver para sempre, porquê sabia que seria em vão, eu não era feliz. E eu não quero me encaixar em nenhum outro lugar nesse mundo, porquê toda vez que tenho o prazer de recitar o nome de Jimin em meus lábios, me sinto vivo e eterno. 

Todas às vezes que penso no que fiz antes, chego na conclusão que afastar Jimin foi como desviar de uma bala vindo em minha direção, mas eu realmente havia desviado ou perdido o amor da minha vida? Isso tirava o meu sono. 

Não parecia certo colocar longe a causa da minha euforia de todos os dias. Era como se eu não quisesse a minha própria felicidade, entende? 

Não nego que tentei agarrar com minhas mãos frias e olhar triste, a ideia de que em algum momento eu iria o esquecer. Eu deveria esquecer, por um bem maior, o meu medo. 

É muito desgastante ser o que não é, fugir da própria essência. Porém, é mais fácil se afastar. Estar perto demais de Park Jimin todos os dias, era o atestado da minha covardia, e eu jamais poderia lidar com isso. Não obstante, tê-lo perto também era a porra de uma luz do dia brilhando forte em meus olhos, sentindo a sombra da rejeição se estender por minhas costas. Um completo covarde. 

E quando o avistei no baile, observei através de todas as coisas que havia deixado para trás quando o enganei. Olhando para a cor bordô em nossas vestes e analisando os passos cautelosos que havia dado até o presente momento, todos calculados e bem pensados. Tão certinho e... melancólico para suprir as expectativas de outrem. 

Não havia restado absolutamente nada que as pessoas pudessem fazer para me pisotear mais, era o que eu havia determinado como o limite. O fim das aparências e medos fajutos que me aprisionaram a vida toda. Correndo pelo sangue em minhas veias a certeza de que depois de tudo, eu ainda estou aqui. Ainda estou de pé, mesmo que calejado e até cansado. 

Percebo que dessa vez é um trecho diferente dos outros, é mais longo o processo da aceitação, e dessa vez não irei desfazê-lo, agora sinto que posso enfrentar um tsunami para terminar o que comecei na noite do baile. 

As minhas razões cortam como facas bem afiadas, todas as memórias repetem em minha mente, e agora eu vou brigar, não vou me esconder ou tramar alguma coisa e fugir, afinal, quando meus olhos prendem na expressão feliz e o som gostoso de sua risada preenche meus ouvidos, percebo que não irei decepcioná-lo outra vez, que não posso decepcioná-lo jamais. 

E bom, querido leitor, como deve ter notado, decidi me aventurar na escrita outra vez, pois esse foi um dia muito memorável, e quero guardá-lo comigo para sempre, eternizá-lo nesse documento para que nunca o perca ou esqueça. 

O meu amor eterno por Park Jimin. 


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⏰ Last updated: Mar 31 ⏰

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