Capítulo 25

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FELIZ ANO NOVOOOO!

Meus dengos, capítulo para vos alimentar esse mês. Espero que esse ano novo seja graciosos para todxs, e que tudo seja cheio de amor e carinho.

Música: Rubel-Medo Bobo

Apreciem, boa leitura!

Obs: esse capítulo eu dedico a garotinha de anos atrás, a Luiza que queria escrever e não sabia como. Estamos conseguindo, menina.

***

Não, eu não estava atrasada, porém fiz a honra de emperrar meu armário. Como consequência: agora eu tinha que carregar todos os meus livros na mão.

Sabia que não estava nos meus melhores dias, havia chorado a noite toda e agora estava com os olhos inchados, nem a maquiagem escondeu. Também não estava com ânimo para nada, eu era uma das únicas que tava de recuperação em direito administrativo. A faculdade estava praticamente vazia, e as pessoas que passavam no corredor me ignoravam mesmo carregando um amontado de material.

Descobri que a minha professora de recuperação, seria a mesma que me daria a matéria ano que vem. Ouvi alguns boatos dela ser uma pessoa grossa e extremamente rigorosa, não estava com paciência para ter que aguentar essa personalidade, já tentava me acalmar antes de chegar no corredor da sala.

Por sorte, digo sarcasticamente, trombei com uma "estátua" no meio do corredor, tudo caiu no chão (principalmente, o resto de paciência). O impacto foi alto, que acabei caindo de bunda no chão junto com tudo que eu carregava.

-Que merda! Fica parada aí, onde você acha que está? -Resmungava enquanto já recolhia tudo do chão. A estátua se virou lentamente, ainda estando agachada no chão a vi de baixo para cima, seu rosto se revelou em uma expressão sarcástica, com um sorriso assustador.

-Eu acho que estou no corredor, onde é proibido correr, tentando encontrar a sala que tenho que estar em menos de cinco minutos. -Ela estendeu a mão, quase neguei porém não tinha nenhum apoio para me levantar, nossas mãos se encostaram em um aperto forte.

-Não estava correndo. Você não pode ficar aí parada! -Desvencilhei nossas mãos, seus olhos negros me encaravam com superioridade, observei ela com mais atenção.

Tinha os cabelos escuros que paravam abaixo dos ombros, era pálida que nem um vampiro, tinha uma marquinha em seu queixo -extremamente e estranhamente atraente- e uma boca vermelha. Usava uma blusa social azul marinho, e um terninho preto por cima.

-Não irei discutir, tenho que ir. -Se despediu em um tom grosso, com suas mãos ajeitou seus cabelos e um perfume exalou pelo ambiente, deu as costas para mim. A admirei andar em um porte de elegância incrível, o que tinha de hipnotizante tinha de arrogante.

Desviando enfim meus olhos dos dela, ajeitei minha blusa branca amassada pelo impacto. Me equilibrar nos saltos foi tarefa fácil, o difícil foi achar mãos suficientes para todos os materiais que não cabiam em minha bolsa. Ao ouvir o sinal tocar, segurei os livros contra o corpo e tentei andar rápido, implorando para não encontrar nenhuma pessoa estúpida parada.

A porta estava fechada, não havia dado dois minutos desde do marco do primeiro horário, ainda daria tempo? Suspirei, reunindo a coragem que sumiu há tempos, bati na porta de vidro jateado. Passos de um salto se aproximavam, a figura embaçada aparentava ser de uma mulher mais alta do que.
-Não acredito. -Sussurrei estática ao ver a morena, sorrindo convencida, que esbarrei no corredor.

-Ora, pode acreditar. A que devo a honra? -Aquela maldita, deu uma risada sarcástica ao me ver sem reação. Sua mão esquerda segurava a porta, deixando só ela à minha vista.

Destino: Simone & SorayaOnde histórias criam vida. Descubra agora