Capítulo 24

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Segunda parte do presente!
Boa leitura.

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Já era dia vinte e quatro, a véspera do nascimento de Cristo, para outras pessoas que não crêem nisso era um data importante de outra forma, porém para toda família era uma data familiar e esperançosa.

Em Três Lagoas, as ruas estavam em clima de Natal, luzes enfeitadas, podiam-se ver carros e mais carros nas ruas, as casas acesas revelando ter pessoas ali. De vez em quando havia fogos no céu coberto de estrelas, foi uma noite agradável e muito diferente para alguns.

Quando o carro preto e de vidro escuro chegou na rua calma, com risadas abafadas de casas próximas, a ansiedade deu as caras para Soraya. Simone notou o olhar inquieto, as mãos se mexendo toda hora e a pouca fala de alguém que adora tagarelar, por isso parou o automóvel na rua antes da casa, levou as mãos para as de Soraya e sorriu docemente, juntou as testas, respirando e inspirando juntas.

—Sol, está tudo bem, eles vão te adorar. Essa noite você será apenas minha amiga, ok? Não deixarei ninguém te machucar, é quase Natal. –Deu um beijinho na ponta do nariz da senadora.

—Mai’ se quiser ir embora, eu mesma te levo, sei lá…a gente vai em algum barzinho e joga sinuca, ou assistimos algum programa chato lá, podemos pedir porção de batata e refri, eu compro sonho de valsa. Não precisa ir, se não quiser.

Soraya abriu os olhos e riu, perplexa com a forma que Simone resolvia as situações. Segurou as duas bochechas de Simone e deu um apertão.

—Você é tão linda, meu carinho! –Beijou cada bochecha e a abraçou. —Vamos, Simone, eu estou pronta.

Soraya saiu do carro, sem notar as bochechas coradas de Simone ao ouvir o apelido. A loira vestia um vestido vermelho colado ao corpo, ombro a ombro que deixava os ombros e o colo amostra, o vestido batia nos joelhos e ela calçava um par de saltos brancos de louboutin. No pescoço um colar de ouro simples, com um S como pingente, no braço duas pulseiras de prata simplista, seu cabelo estava solto em ondas e em um loiro mais forte. No rosto, tinha uma maquiagem perfeita, delineado nas pontas dos olhos, nas orbes havia sombra branca e nos lábios um batom vermelho.

Já Simone, preferiu por usar um vestido florido seu, colado ao corpo, algumas jóias de prata, um colar seu com duas meninas (Maria Eduarda e Maria Fernanda), seu cabelo estava solto e nas pernas nas havia ondinhas, usava lápis e uma sombra preta nos olhos e um batom rosinha, calçava um rasteirinha bege.

As duas saíram do carro, Simone prontificou de andar até o lado de Soraya e segurar sua mão ao sair do automóvel, como uma respeitosa cavaleira. A senadora sorriu com o gesto, entrelaçou as mãos vendo que a rua estava vazia e que até a casa elas poderiam ficar juntas.

A caminhada até a casa não durou nem dois minutos, Simone quase não achou vaga na rua como quase não achou a casa da mãe que agora estava iluminada por pisca-pisca. Ao subirem nos degraus da varanda, Simone levou sua mão até a nuca da mais nova e roubou um último selinho, tendo um olhar reparador em seguida.

—Simone! Meu batom! –Simone riu, pegando o batom e retocando para a mulher, tendo as íris concentradas em si.

—Pronto. Vamos? –Soltou consequentemente as mãos entrelaçadas onde estavam as alianças de namoro, Soraya confirmou com a cabeça e viu Simone bater na porta, ouvia murmurinhos vindo de dentro.

A porta foi aberta por Fairte, os olhos como da filha pararam em Soraya, tentando lembrar quem era ela e quando o fez deu um sorriso, fazendo seus olhos quase fecharem, Soraya se encantou ao ver a igualdade de Simone com sua mãe.

Destino: Simone & SorayaTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang