Destino: Simone & Soraya

Capítulo 2

Eu sei! Demorei neste capítulo, por muitos motivos e se eu listasse, vocês chorariam por mim.

Mas eu não quero isso, aqui é pra vcs sofrerem com Simoraya kkkkkk
O capítulo ficou enorme, pq eu coloquei milhões de coisas aqui, tentei aprofundar mais os sentimentos delas, mas deve ter ficado uma bosta.

Talvez tenha bastantes erros ortográficos, me perdoem, fiz na pressa.
O mais breve possível vou revisar, não prometo quando!

Bjs, boa leitura!

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(Soraya)

    Estava em um mundo completamente novo, enquanto suas mãos me tocavam, seus lábios devoravam os meus, pude sentir que estava fora de órbita.

Meu coração estava batendo forte contra o peito, ele estava feliz por ela estar ali, mas eu não posso dizer o mesmo de minha consciência.

Sentindo o ar faltar de meu pulmão, a empurro levemente, os olhos ainda fechados, aproveitando os últimos segundos. Seus lábios tão inchados e avermelhados quanto os meus, sua boca estava manchada de batom, assim como a minha. Simone encosta na lateral da parede, com os olhos fixos no chão, ela respirava ofegantemente.

- O que você fez?! - A olho com fúria nos olhos, minha voz sai ríspida. Simone abre seus olhos tomando consciência do ato, ela me encara e não consigo identificar o quê está sentindo, sua expressão é ilegível.

- Sor...Soraya. - Diz sussurrando, após isso ela pigarréia e fica ereta. - Candata Thronicke, isso foi um...equívoco. É melhor nos recompormos, temos que achar uma maneira de sair daqui. - Tebet dá as costas para mim, ficando frente a porta do elevador, ela dava batidas nele, achando que algo pudesse abrir.

- Temos que sair urgentemente daqui. Eu tinha que ficar presa justo com ela, mas é uma merda esse carma. - Ela ainda sussurrava com impaciência, achando que agora eu não a ouvia. Fiquei nervosa e logo explodi.

- "Justo com ela"? Acha mesmo que eu gosto de ficar no mesmo ambiente que a senhora? Odeio tanto a sua presença, você é completamente grossa e impaciente, não se importa com ninguém! - Inspiro e expiro, tentando controlar a raiva, de nada adianta. - Foi grossa comigo no camarim, estranha na hora do debate, e agora me enfiou aqui, nesse ambiente pequeno com você! Para completar me beija, isso é um absurdo! E é você que está nervosa?! Preste bem atenção Simone, nunca mais me beije, nunca mais toque em mim! Porque eu tenho um marido, e sou muito feliz! Não preciso de uma mulher insensível ou grossa, como VOCÊ! - Cuspo as palavras com raiva, não me importando com nada, eu só precisava falar, jogar na "cara" tudo o que eu queria dizer.

Pela primeira vez em muito tempo, Simone está muda, não diz ou se move. Ainda de costas para mim, seu rosto se vira de lado, os olhos escuros me perfuram. Não consigo identificar o quê Tebet expressava, sua mão pousa abaixo de seus olhos, secando algo, uma lágrima? Simone acabara de derramar uma lágrima? Não, não é possível.

Uma dor agoniante surge em meu peito ao vê-la assim, poucas vezes a vi ficar sem palavras, isso há muito tempo atrás. Simone havia mudado como eu, se tornou mais madura e responsável. Na CPI da Covid, ela jamais abaixou sua cabeça, mesmo quando a chamaram de descontrolada. Confesso, que eu senti muita raiva naquele momento, por pouco não virei onça.

Mas agora, ela havia se calado, não retrucou ou debateu contra minhas palavras ríspidas, apenas ficou encarando a porta fechada do elevador, evitando olhar-me.

Já fazia mais de meia hora que estávamos ali, eu estava sentada no chão do elevador, com as costas encostadas no fundo do mesmo. Simone fazia o mesmo, só que do outro lado do elevador, desde que falei aquelas coisas terríveis ela não me dirigiu sequer uma palavra ou olhar. Percebi que minhas palavras fizeram um estrago enorme, e não foi intencional.
Meu celular havia ficado no quarto do hotel, então ela ligou para a recepção, pois por incrível que pareça ela tinha o número. E disse sobre o problema, eles falaram que logo arrumariam. Aquela foi a última vez que a ouvi falar naquele dia.