39. Carry On.

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Carry On – fun.

"Bem, eu acordei com o som do silêncio
Você jurou e disse:
Nós não somos estrelas brilhantes
Embora eu nunca tenha passado por um inferno como esse
Eu fechei janelas o suficiente
Para saber que nunca se deve olhar para trás"


*

Pov Dahyun





— Eu quero ver a Sana! – Falei autoritária. Eu tinha acabado de saber sobre Sooyoung, tinha acabado de descobrir que acreditei em coisas nunca existiram e estava, ainda, numa cama de hospital. Meus nervos nunca estiveram tão fora de controle. – Ela já deve ter entrado aqui, chamem ela!

— Dahyun, calma. – Meu pai falou preocupado. – Sua mãe foi receber a Sana. Muitas coisas aconteceram, tenha calma.

— Não me peça para ficar calma, isso é a pior coisa para se dizer num momento de nervoso! – Exclamei cansada. – Cadê a Sana, caramba?!

— Entrando... – Ela mesma respondeu adentrando o local. Meu pai viu, cumprimentou-a brevemente e saiu da sala. – Oi...

— Ei, meu bem, vem aqui. – Pedi nervosamente. Eu queria tanto confortá-la e temia tanto pelo seu psicológico que não agia com a delicadeza que a situação pedia. – Eu já sei o que aconteceu, eu... Eu sinto muito mesmo. – Segurei sua mão quando ela finalmente encostou na maca. – Como você está?

— Atônita. – Respondeu nem sem piscar. Não me olhava, mas sua aura não era tensa. – Eu estou sem acreditar ainda, mas, chocantemente, estou bem.

— Você já foi vê-la?

— Não e nem quero. Já tenho imagens traumáticas demais em minha memória, não quero mais uma... – Beijou minha mão, depois minha testa e finalmente me encarou. – E você, como está?

— Sana... – Hesitei. – Eu estou bem. O médico disse que logo terei alta.

— Isso é ótimo! – Sorriu largamente, mas ainda tinha algo estranho ali. – Sua mãe foi chamada por um dos médicos, eu estou... Estou agoniada.

— Eu percebi. Não é por causa da morte de Sooyoung? Digo, talvez seja melhor viver o luto, encarar tudo de frente para conseguir superar depois.

— Eu não estou de luto. Eu não estou nem triste. – Desabafou honestamente. – Talvez seja isso que está me deixando tão agoniada. Eu não consigo sentir compaixão pelo que aconteceu, mesmo sem comemorar, também não dá para lamentar, entende?

— Você está no seu direito. Não é anormal sentir isso ou... Ou não sentir, sei lá. – Minha vez de beijar sua mão. – Seja honesta com seu coração, não mascara nada. Eu aprendi isso com-

— Com a sua psicóloga de infância? – Completou.

— É, sobre isso... Tenho umas coisas para te contar. – Puxou a poltrona e sentou-se para me ouvir atentamente.

[...]

— Olá... – Minha mãe adentra o local depois de rápidas batidas na porta. – Sana, preciso que venha comigo. – Disse seriamente, deixando-nos tensas de imediato.

— O que aconteceu? – Perguntei.

— É sobre o Shitara. – Respondeu olhando para minha namorada, que levantou tão rápido quanto um piscar de olhos. – Ele acordou.

— O-o que?! – Sana disse incrédula, mas feliz. – Ele está bem?

— Está! E quer falar com você.

Tying Cherry Knots | SaiDaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora