23. Fix You.

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Fix You – Coldplay

"Quando você tenta o seu melhor, mas não tem sucesso
Quando você consegue o que quer, mas não o que precisa
Quando você se sente cansado, mas não consegue dormir
Preso em marcha ré"

*

Pov Sana





— Então vocês estão namorando? – Tzuyu perguntou enquanto dirigia até minha casa. Estávamos apenas nós duas em seu carro.

— Sim. – Sorri involuntariamente ao responder. – Não queremos contar até terminar o plano. Dahyun disse que pode desviar o foco ou levantar alguns comentários... Você entende, né?

— Oh, se entendo... Mas acho que a Mina e a Nayeon já estão mais de boa com o grupo da Kim. Nem falaram mais sobre a Jihyo, nem pegaram no meu pé.

— Sinto que a Mina gostou da Dahyun, mas não vai admitir tão cedo... – Ri baixinho ao imaginar. – E você? Gostou dela?

— Eu já achava ela maneira antes... – Disse sem jeito. – Desde que comecei a conversar com a Jihyo eu via que a Kim não era má, nem nada... Só uma doida mesmo. – Rimos juntas com sua fala. – Acho até legal o jeito que ela vive a vida.

— Como se fosse o último dia, né? – Perguntei retoricamente e ela assentiu mesmo assim. – Do mesmo jeito que...

— Que você. – Completou sorridente, parecia orgulhosa de algo. – Vocês combinam, Sana. – Olhou-me com cuidado. – Espero que seja um relacionamento saudável...

— Por que não seria? – Questionei confusa.

— Não sei o que a Dahyun tem, mas a Jihyo já chegou a comentar comigo que ela tem vários problemas e muita dificuldade de tratá-los ou falar sobre eles, então um relacionamento é muito delicado de fazer acontecer, né? – Dizia com cuidado. – Eu sei que você é capaz de ajudá-la e é perfeita para isso, mas cuidado para não esquecer de si, ok?

— Ela não me deixaria esquecer de mim. – Soltei entre suspiros. – Nós cuidamos uma da outra, é confortável.

— Que lindo ver você falando assim, fico tranquila. – Começou a desacelerar o carro, freando em frente à minha casa. – Mas toma cuidado, de toda forma. Sabe, agora que a gente descobriu que a mãe dela defendeu sua madrasta num processo referente ao acidente da sua mãe, a coisa fica mais tensa... Só fica atenta, ok?

— Vou ficar. – Pisquei e sorri em agradecimento, logo abrindo a porta do carro e fechando a mesma, conversando com a Chou pelo vidro aberto. – Obrigada pela preocupação e pela carona, viu?

— De nada pelos conselhos, mas a carona foi... – Olhou para o nada e fingiu contar. – Alguns wons... Pode me pagar, Minatozaki!

— Idiota... – Ri fraquinho, revirando os olhos. – Ah, e a Kim disse que vai me ajudar a descobrir o que foi esse processo, sinto que vou saber de tudo que sempre quis. – Afastei-me do carro e comecei a vasculhar a bolsa atrás da minha chave.

— Sana? – Ela disse receosa e eu a olhei de imediato. – Não te contei sobre o processo e o lance dos freios porque nunca foi segredo, achei que você se lembrava e se não, é porque não tinha que lembrar mesmo.

— Eu sei, você achou que estava me protegendo... – Sorri de leve em agradecimento. – Eu preciso saber de tudo para finalmente fechar esse capítulo da minha vida. A morte da minha mãe me dói pela saudade, mas é algo que já superei, entende? O que me maltrata é a dúvida, a suspeita e o desconhecido, sabe?

— Eu sei... Desculpe não ter comentado, achei que seria melhor deixar para trás... Mesmo que sua madrasta seja doente e chata, eu duvido que ela tenha sido a responsável, Sana, de verdade.

Tying Cherry Knots | SaiDaWhere stories live. Discover now