5. Mariners Apartment Complex.

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Mariners Apartment Complex – Lana Del Rey

"Eles confundiram minha gentileza com fraqueza
Eu estraguei tudo, eu sei, mas Jesus
Uma garota não pode apenas fazer o melhor que consegue?"



"Subindo e descendo as escadas; Contando de um a dez repetidas vezes; Enrolando a mão na manga do casaco preso em sua cintura; Pensando em várias coisas ao mesmo tempo e temendo o mesmo de sempre.

— Um, dois, três... – Sobe e desce os degraus com certa pressa. – Quatro, cinco, seis... – Já estava ofegante. – Sete, oito, nove...

— Dahyun? – A voz grossa e rígida lhe faz ficar em alerta.

— Dez. – Parou, na parte mais alta da escada e encarou o homem dono da voz. – Oi, pai.

— Está na hora, vamos. – Encarou a menor mais uma vez antes de continuar a breve caminhada até a porta de saída.

Os dois entraram no carro, que já tinha a mãe da Kim dentro, e seguiram viagem até um consultório já conhecido pela pequena.

— Desça. – A voz feminina de sua progenitora ecoa em sua mente e a faz divagar por poucos segundos. Obedece a maior finalmente e segue, ao lado dos mais velhos, para a entrada do local.

— Bom dia. – O Kim fala ao passar pela secretária e seguir consultório adentro. – É aqui. – Falou quando parou em frente a uma porta grande e branca.

— Pai, mãe... – Dahyun disse com a voz chorosa. Olhava nos olhos dos pais com um olhar piedoso, inquieto e receoso. – Eu não quero ir...

— Dahyun, já chega. – Disse a mulher. – Você precisa ir. Tem que se tratar.

— Eu não sou louca, nem doente! – Respondeu a jovem com euforia.

— Não se trata disso. – O Kim começou. – Já estamos cansados disso também, não percebe? Inúmeras reclamações na escola e vários profissionais sendo trocados... Assim não pode ficar, Dahyun.

— Eu prometo nunca mais fazer nada de errado! – Juntou as mãos e esfregou uma na outra. – Nunca mais faço nada na escola e nem em lugar algum.

— Estamos cansados das suas falsas promessas também. – Finalizou e virou-se para a porta novamente, dando três leves batidas na mesma. – Olá, doutora, bom dia. – Disse com um largo e falso sorriso assim que a profissional abriu e apareceu.

— Bom dia, queridos. – Com um sorriso gentil nos lábios, deu passagem para a família entrar. – Sentem-se. – Assim o fizeram. – O que houve?

A sala era em maioria branca, mas com alguns detalhes. No lado direito, uma estante com jogos e brinquedos era vista, além de desenhos bonitos e coloridos enfeitarem esse canto da parede.

Do outro lado, ao fundo, uma mesa e uma cadeira de tamanho mediano se encontravam. Eram coloridas e divertidas, distrairiam qualquer um, mas ao mesmo tempo emanam conforto.

Na parede da esquerda, a mais perto de Dahyun, algumas frases estampavam o local. Frases aleatórias. Algumas motivacionais, outras realistas demais.

A última parede, a que ficava atrás da psicóloga, continha apenas algumas prateleiras embutidas e sofisticadas, com livros e cartas. Essa, sem dúvida, foi a favorita de Dahyun.

— Obrigado mais uma vez, doutora. – O pai da Kim falou ao cruzar a porta para ir embora. A mãe da pequena apenas lançou um sorriso, mas Dahyun nem isso fez.

Tying Cherry Knots | SaiDaKde žijí příběhy. Začni objevovat