37. Hold On.

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Hold On – Kansas

"Olhe no espelho e me diga
Apenas o que você vê
O que os anos de sua vida
Lhe ensinaram a ser
Inocência morrendo de tantos jeitos
Coisas que você sonhou estão perdidas
Perdidas na neblina"

*

Pov Narrador





— Oi... – Yuna diz ao se aproximar da mesa dos amigos de Sana e Dahyun. – Posso falar com vocês rapidinho?

— Se veio fazer alguma chantagem, não. – Jihyo respondeu.

— Nã- – Yuna ia falar, mas a Park a cortou.

— Se veio encher o nosso saco num geral, então também não. – Finalizou.

— Não é nada disso, Jihyo. – Sua expressão era séria, de igual para igual, como ninguém nunca tinha visto antes. – Posso?

— Senta aí. – Nayeon falou. – O que foi?

— Algumas coisas, na verdade... Bom, primeiro eu gostaria de me desculpar. – Falou num suspiro alto e ninguém esboçou reação alguma. – Pedir perdão, na verdade. Eu falaria com cada um individualmente, ainda posso fazer, se preferirem, mas quis falar para todos juntos primeiro. Acho que faz mais sentido.

— Desembucha de uma vez. – Seungsik ordenou impaciente.

— Certo. – Puxou o ar e encarou os adolescentes. – Eu sinto muito por tudo. Sinto muito por ter feito mal a vocês sem motivo algum. Sinto muito por ter revidado alguma coisa muito desproporcionalmente, lamento mesmo. Espero que possam me desculpar algum dia, senão hoje. Eu não espero o perdão de vocês agora, entendo cada um. Eu só... só precisava falar isso, sabe?

— Para tirar o peso da consciência? – Chaeyoung questionou irritada. – Você tem alguma consciência, aliás?

— Sim, para tirar o peso da minha consciência. – Respondeu a Shin, cabisbaixa. – Não tinha me tocado disso antes, de como eu agia da mesma forma, ou pior, que agiram comigo no passado. Eu errei, errei feio. Com muita gente além de vocês. Fiz cada coisa terrível e sinto muita vergonha por isso, mas sei que não basta. Sei que leva tempo perdoar, esquecer, relevar... Eu mesma me odiaria se fosse vocês...

— Que bom que sabe. – Jennie cutucou impiedosa.

— Gente, deixa ela falar. – Seulgi comentou, recebendo olhares confusos dos amigos. – Fui uma das mais prejudicadas pela Shin e estou quieta ouvindo o que ela tem a dizer, então vocês podem o fazer o mesmo. Deem a chance dela se redimir, hm?

— Se você acredita nessa lorota, Kang, é contigo. – Mina rebateu. – Mas, sim, vamos ouvir em silêncio, galera. – Olhou para Yuna. – Pode continuar.

— Bom, a segunda coisa era sobre a Dahyun e a Sana... Já têm notícias?

— Não é da sua conta! – Jihyo respondeu com raiva, quase levantou dali e avançou na maior. – Sai fora, porra!

— Ei... – Tzuyu disse. – Calma, ok? A Yuna ajudou muito a Sana e a Dahyun, talvez sem ela algo pior teria acontecido, então relaxem aí. – Disse imponente. – Shin, não temos muitas novidades. A Sana não veio, continua triste demais na cama, ela está passando um tempo na minha casa por enquanto. A Dahyun está sedada, assim como o pai da Minatozaki. Todos ainda correm sérios riscos, mas estão na melhor situação desde que tudo rolou. A Sooyoung está em coma.

— Certo... – Yuna acatou, levantando-se. – Tem mais uma coisa, mas eu preciso da ajuda e opinião de vocês para isso.

— Lá vem! – Chaeyoung desdenhou, mas não continuou a provocação porque levou um puxão de orelha de Jeongyeon. – Foi mal...

Tying Cherry Knots | SaiDaWo Geschichten leben. Entdecke jetzt