11. Holiday.

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Holiday – Green Day²

"Ouça o som da chuva que cai
Caindo como uma chama do Armagedom (ei!)
A vergonha, aqueles que morreram como desconhecidos"

*

Pov Dahyun





— Mano, que loucura! – Seungsik diz depois que entramos novamente na boate.

— Tadinha... – Falei. 

— O que houve? – Jihyo nos pergunta quando sentamos na mesa reservada para o grupo todo, mas que somente a Park se encontra nela agora. – Por que essas expressões caídas?

— Acabamos de presenciar uma coisa muito chata com a Sana. – Meu melhor amigo começa.

Ele conta o que aconteceu, mas eu permaneço em silêncio. Queria complementar a história, mas fiquei abalada demais com tudo. Procurei minhas amigas com os olhos e as achei separadas. Jeongyeon estava no barzinho pedindo algum drink e Seulgi dançava solta na pista ao lado de Chaeyoung. 

Aquilo, de forma inconsciente, deixou-me aflita. Olhar para a Yoo e vê-la sozinha me deu um medo quase irracional de que acontecesse a ela a mesma coisa que vi acontecer a Sana. Observar as outras duas dançando foi menos tenso, mas ainda me preocupou, e imaginar que Jihyo estava, esse tempo todo, sozinha na mesa também me maltratou. 

Tive medo por elas e por mim. Fiquei reflexiva em silêncio, lutando contra minha própria ansiedade. Eu sabia que coisas assim aconteciam aos montes, mas nunca havia visto pessoalmente e nem com alguém conhecido. Pensei em Sana novamente. Fiquei tensa, preocupada. Senti uma empatia por ela como jamais senti. 

Foi um sentimento semelhante ao do dia da pegadinha em Busan, quando lhe causei mal, mas agora é muito mais intenso. Sinto que preciso ajudá-la, assegurar que tudo está bem, mesmo que eu não tenha nada a ver com isso e que, talvez, não possa fazer nada realmente. 

É agoniante não ter controle da situação e não poder evitar que algo do tipo ocorra comigo, uma de minhas amigas ou qualquer mulher. Me apavora, sufoca. 

— Dahyun, está tudo bem? – Jihyo pergunta cuidadosamente depois de dar um estalo com os dedos na frente dos meus olhos. 

— Está. – Respondo e me levanto em seguida.

— Onde vai? – O rapaz pergunta.

— Não sei. 

Saio de perto deles e vou em busca de alguém que nem percebo. Quando me dou conta estou caçando Sana nos quatro cantos da boate. Vejo suas amigas sentadas, aglomeradas num cantinho e percebo, após chegar um pouco perto, que estão todas em volta da Minatozaki. 

Sana parece triste, sensível e temerosa, mas suas amigas demonstram a ela o oposto disso. Me pego admirando o jeito delas com a japonesa e penso ser uma tentativa de amenizar sua dor. 

Elas riem, falam algo em volume alto, mas que eu não presto atenção, e depois bebem. Sana bebe junto, ri junto depois de um tempo e acaba levantando e seguindo as garotas até o meio da pista. Lá elas dançam e cantam conforme a música, agora de rock, que inicia junto do show principal. 

Tying Cherry Knots | SaiDaWhere stories live. Discover now