Capítulo 2

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Kiara Monteiro

O final de semana inteiro fico sem fazer completamente nada de interessante, termino de ler meu livro e começo outro, fico vagando pela internet enquanto vejo pessoas que eu conheço saindo, para beber, praia, festa, cinema... me desligo da internet me culpando totalmente pela pessoa que eu me tornei, abro meu computador e paro olhando para a tela uma foto de uma biblioteca encaro a foto e me levanto tomando uma atitude de sair dessa casa, entro no chuveiro tomando um banho, coloco uma roupa, separo minha mini mochila colocando meu livro, um caderno, meus fones, um carregador, marca texto e caneta, fecho minha mochila e vou em direção a porta, começo a colocar meu sapato e vejo minha mãe se arrumando provavelmente vai pra bar novamente.

   -Patrícia: Para onde você vai? “sinto ela me olhar de forma desconfiada mais mesmo com dúvidas em sua cabeça acentiu para a minha resposta.”

   -Kiara:  Vou para a biblioteca do shopping.

   - Patrícia: Cuidado, eu vou no bar mais tarde estou de volta. Depois que meu pai foi embora ela simplesmente começou a beber para esquecer os problemas, o câncer e o principal motivo ele. Concordo com a cabeça pego minha chave e saio de casa caminho até o ponto e fico à espera o ônibus e vou em direção ao shopping, entro na biblioteca no mesmo lugar de sempre, coloco meus fones e uma garçonete já chega para me atender, peço um chocolate quente e volto para minha leitura. Quando me canso de ler vejo que já são seis e meia da noite, recolho minhas coisas pago o chocolate e volto para casa. Toda segunda feira e entediante, e assim minha semana passa, trabalhos, atividades, escola, briga em casa, leitura, meus messes foram passando e tudo sempre parecia dar errado e algumas vezes tive realmente momentos de felicidades, minha mãe finalmente conseguiu prosseguir com os exames da cirurgia em pouco menos de um mês ela já fara. Já estávamos chegando perto do são João e eu ainda não tinha nada planejado, provavelmente eu iria ter que viajar com a minha família. Lembro do tempo em que eu ainda não tinha me afastado de todos, eu tinha uma melhor amiga chamada Carol ela me ajudou nos meus piores e melhores momentos, porém nem todas as amizades são para sempre, mesmo você fazendo promessas que serão, isso foi algo que eu aprendi ninguém e para sempre, no final de tudo não restara ninguém apenas você e a solidão te consumindo. Como previsto passei meu são João me empanturrando de comida com minha família, e tão estranho como as vezes você sorrir com tanta facilidade, mas por dentro você está gritando de dor.

Era uma quarta feira nós já tínhamos voltado do são João e na sexta feira minha mãe faria a cirurgia, toda hora ela tinha algum motivo para me atacar eu sei que por parte e o estresse e o medo mais ainda sim ela não precisava descontar tudo em mim, estava contando os dias para ficar longe dela e finalmente ter meus dias de paz. Quinta feira arrumei minhas malas pois no outro dia eu iria direto da escola para a casa da minha tia onde eu iria ficar, fique meio receosa do que poderia acontecer enquanto arrumava minhas coisas sempre tem uma pequena possibilidade de tudo de ruim acontecer, fecho minha mala e me organizo para dormir. Finalmente sexta feira, minha mãe foi internada para no sábado fazer a cirurgia e eu simplesmente estou tendo meus dias de alívio de toda a bagunça, cheguei da escola e contei para minha tia o que estava se passando na escola, enquanto via ela terminava de fazer comida, a tarde peguei minhas coisas e fui para a biblioteca do shopping, aproveitei para ler

... Dias depois
   - kiara...eu sinto muito.
Ela morreu, eu simplesmente não conseguia chorar, e nem me mover, não conseguia expressar nada, domingo minha dinda foi visitar minha mãe no hospital depois de receber uma ligação do médico mandando ela comparecer urgentemente, passou se horas quando deu nove da noite ela volta com a notícia que minha mãe não resistiu a cirurgia e morreu, pelo que os médicos disseram o câncer estava maior do que eles imaginaram e o pulmão não resistiu a cirurgia, minha dinda me abraçou e eu não tive reação eu não sentia tristeza ou medo simplesmente nada, os dias foram passando e eu viva como se nada tivesse mudado porem no fundo eu sabia que tudo ia mudar principalmente quando chego do colégio na quinta feira e me deparo com todos sentados na mesa quando reparo melhor meus olhos se encontram com o dele

   - Kiara: O que ele está fazendo aqui?

   - Tia: Kiara, calma sente aqui e vamos conversar. “Minha tia fala, largo a mochila no chão se tirar os olhos dele, uma onda de raiva subiu em mim, olho para todos na mesa cada rosto, cada olhar dizia algo, pena, tristeza, medo, mais o olhar dele era diferente não tinha nada nem ressentimento ou culpa.

   - Bernardo: Olá filha, quanto tempo. “Como ele ousa, depois de tanto tempo, depois de tudo que ele fez eu passar, como ele ousa voltar como se nada estivesse acontecido. Permaneci calada antes que eu explodisse para cima dele e esperei alguém se pronunciar.”

   - Madrinha: Kiara, nos ligamos para ele pois como ele e o seu pai ficara com a sua guarda já que sua mãe não estará mais presente. “Minha dinda falou e olhando para mim, escarei ela sem reação e com mais raiva ainda, eles sabiam que eu o odiava e agora querem me entregar para ele como se nada nunca tivesse acontecido.”

   - kiara: Nem fudendo, vocês não têm coragem para me criar e querem me largar com esse desgraçado que me abandonou. “sinto lagrima nos meus olhos quererem sair, mas nunca daria esse prazer a ele, não deixaria ninguém me ver abalada.

    - Tia: Kiara, olha como fala não é questão de coragem e a lei por direito você ainda e menor de idade estamos fazendo pelo seu bem. “Encarei minha tia sem acreditar e me levantei.”

   - kiara: Meu bem?? Como vocês acham que está fazendo pelo meu bem me largando com um pai que nunca foi presente ele nem segue me conhece nem foi nos meus aniversários, nem esteve presente no Natal e olhe lá as outras milhares de coisas que posso citar. “Elas respirarão fundo enquanto eu as encarava com raiva, que se foda se elas não têm a mínima coragem para me falar a verdade na cara então elas que se ferem.”

   -Bernardo: Kiara, olha como você fala, eu te conheço sim e sinto muito pelo tempo que eu perdi e nem fui te visitar, porém eu estava ocupado tentando me reconstruir. “Eu apenas rir dele sarcasticamente e o encarei, coloquei minhas mãos sobre a mesa.”

   - Kiara: Você não sente muito merda nenhuma, e não venha agora mandar em mim como se você fosse meu pai porque você não e, e quer saber que se exploda se vocês querem tanto me expulsar tanto faz. “Sair da sala e fui em direção ao quarto começar a fazer as malas era somente um ano, no próximo anos eu faria dezoito anos e não precisaria mais ver nenhum deles ou depender. Enquanto fazia minhas malas, ouvi batidas na porta e minha dinda entrou, continuei fazendo minhas malas.”

   - Dinda: Kiara, eu sinto muito mais nenhum de nós pode cuidar de você e ele já organizou a vida dele e aceitou cuidar de você eu prometo e estamos fazendo para o seu bem. “Não respondi ela.”- Por favor me perdoe, não fique brava conosco. “Eu sabia que ela não sairia até eu dizer que estava tudo bem.”

   - Kiara: tanto faz eu entendo vocês, está tudo bem agora você pode por favor sair para eu terminar. “Ela assentiu com a cabeça e saiu, terminei de fazer minhas malas e o resto eu colocava em alguns sacos já que era muita coisa. Demorei umas duas horas mais ou menos e quando estava pronta tomei um banho e coloquei uma roupa, me despedi delas e entrei no carro junto com ele, coloquei meus fones para não ser perturbada, seguimos viajem.”

Somente nós 》livro 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora