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•VIOLLET•
𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝


Era estranho em como o tempo podia passar rápido quando estávamos concentrados em nossos corações, nunca me acostumaria com meus dias acabando em um piscar de olhos desse jeito.

Os meses passaram em um instante, na escola as coisas estavam agitadas com os últimos preparativos para o baile. Depois de muito trabalho para deixar a escola do seu devido jeito pensei que teria um descanso merecido, mas a única coisa que consegui foi pegar uma gripe forte. O resultado disso foi três dias seguintes sem poder sair de casa nem para respirar direito. Só tinha dor de cabeça mesmo.

Revirei meu lado na cama novamente em busca de conforto e tentei ajustar meu corpo no colchão. Pensei que teria algum sossego depois de tanto insistir, mas no mesmo instante em que encontrei uma posição minimamente confortável o som da campainha tocou. Estava sozinha em casa, o que significava que ou eu iria atender a porta, ou eu ignoraria. Até pensei em seguir a segunda opção, mas o peso na consciência não deixou.

Levantei da cama com muito sacrifício e andei praticamente me arrastando pelo chão, as batidas na porta só enchiam de frequência. Fui de mal vontade a entrada e assim que a abri estava pronta para soltar um palavrão a pessoa mal educada que estava fazendo esse furdunço na casa dos outros, até que eu vi de quem se tratava.

— Viollet! — Jane pulou em mim e me abraçou como se não me visse a anos.

— O que estão fazendo aqui?! — Era impossível conter a surpresa.

— Você não atendeu nossas ligações desde que falou que iria dormir — Michael me deu um selinho e suas mãos em meu rosto ficaram firmes. Isso tudo era preocupação?

— Não peguei no meu celular hoje, mas eu tô bem — Os dois me olharam como se ficassem mais relaxados— O que fariam se fosse meu pai atendendo a porta?

— Estaríamos ferrados no mínimo... Podemos entrar? — Era a primeira vez que teria eles em minha casa, levemente emocionante.

Dei passagem para meus professores e eles olharam tudo ao redor com curiosidade, encheram meu lar de elogios e eu só continuei a mostrar os outros cômodos para eles. Os dois me explicaram as coisas que estavam acontecendo na escola esses dias que fiquei de repouso e me disseram o quanto estava sendo difícil passar horas dentro de uma sala de aula sem poder me ver, confesso que gostava de me sentir alguém importante para eles. Andamos até o quarto do meu pai e parei para observar eles.

— Esse quarto é grande e têm uma decoração diferente do resto da casa — Jane comentou passando a mão na cômoda branca que ficava encostada na parede — É muito bonito.

— É o quarto do meu pai, ele iria adorar saber que você gostou, Kevin se preocupa com isso — Ambos me olharam de forma assustada.

— Estamos no quarto do seu pai?! — O moreno deu um passo para trás rapidamente — Ai meu Deus, acho que vou desmaiar.

— Não é para tanto, ele não está em casa.

— E se ele perceber que entramos aqui? Viollet, meu perfume é doce, o cheiro pode ficar ou derrepente um fio de cabelo meu cair — Ela rapidamente saiu do cômodo — Vamos passar longe daqui.

— Estão com medo do meu pai? — Uma risada escapou de mim — Não é possível que tenham tanto receio assim.

— Nós temos, e muito, no dia da reunião ele me olhou tão profundamente que eu soube que não teríamos cabeça caso ele descobrisse o que fazemos com a filhinha dele.

— Como vocês exageram — Revirei os olhos e fechei a porta novamente.

Demos mais alguns passos pelo corredor e eles pareciam entender para onde estávamos indo. Dei acesso ao lugar para que eles entrassem e torci para está arrumado o suficiente a ponto de receber essa visita.

Para Sempre Nós TrêsWhere stories live. Discover now