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•VIOLLET•
𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝


Conversar com a mulher que te deu a vida e depois sumiu sem dar nenhuma explicação era mesmo uma experiência interessante e ao mesmo tempo o mais vergonhosa possível.

O jantar de alguns dias atrás tinha sido uma das coisas mais difíceis que eu já fiz. Para começar, o atual do meu pai e a ex dele estavam diante a mesma mesa e eu sabia o quanto era incômodo, depois o meu pai fez o possível para deixar o clima mais confortável possível e claro que só piorou tudo, por último, Sabrina havia começado nossa conversa com dezenas de perguntas, o que em parte foi bom.

A conversa não tinha sido profunda entre nós duas, acho que nem ela e muito menos eu, estávamos preparada para isso. Tinha sido de certa forma leve, principalmente quando ela foi embora, a única parte difícil era as dúvidas que ainda passavam pela minha cabeça, mesmo assim mantive a paciência.

Depois de alguns dias em casa, as aulas haviam voltado e como se eu não tivesse problemas o  suficiente, o grêmio me deixava louca de várias formas possíveis, a parte boa era que eu via meus professores, mesmo tendo que me conter um pouco para não encostar neles.

Desde aquele dia no hotel não havíamos mais nos tocado da mesma forma que antes, até mesmo quando dormi no quarto deles no último dia da viagem não chegamos a nos beijar. Eu era uma adolescente cheia de hormônios, será que eles entendiam o problema que era me deixar sem o mínimo de toque?

Quando as aulas finalmente haviam acabado eu não esperei muito para ir embora, mal me despedi dos meus amigos e nem dei tempo para que alguém do grêmio viesse me incomodar. E tudo isso era apenas porquê teria aulas particulares hoje, ou seja, poderia ficar um tempo sozinha com eles.

Nos encontramos no estacionamento e seguimos caminho em direção a casa deles. A surpresa maior foi quando eu cheguei e Michael realmente queria estudar, como assim ele fez eu fazer mais lição?

Olhei para o caderno em minha frente e tentei raciocinar o que meu professor dizia, ele estava lendo algo importante que eu nem conseguia ouvir direito. O tédio me consumia e para piorar Jane estava na cozinha e não comigo. São essas coisas que tornam a vida mais difícil.

— Qual das alternativas que você escolhe? — Meu caderno estava virando um poço de rabisco — Viollet está escutando?

— Ah? — Olhei o moreno que ficava ainda mais irresistível com óculos de grau.

Por que Deus fez esse homem ser tão lindo?!

— Você não tá mesmo prestando atenção, não é? — Ele abriu um sorriso convencido de canto.

— Desculpa, mas não tô com cabeça para isso.

— Tá pensando em que? — Ele fechou o livro e se aproximou de mim.

Será que eu deveria falar que estava pensando em formas diferentes de me tirar o tédio e que todas elas envolviam meu professor e a esposa dele sem roupas?

— Só em alguns problemas — Foi melhor do que a resposta em que pensei.

— Viollet, os períodos de prova vão começar e você têm que ficar concentrada na lição, não pode ser tão distraída assim — Ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha — Vou lê o texto tudo de novo.

Michael começou a falar do início e foi como se eu desejasse ser um passarinho para sair daqui voando. Graças ao bom Deus Jane voltou para sala segurando uma bandeja de aperitivos. Ela ficava tão linda quando não estava com aquela postura profissional, gostava de vê seu jeito despojado de ficar em casa.

— Trouxe um lanchinho para a gente — A mulher colocou as coisas em cima da mesa de centro — Já acabaram com as lições?

— Seu marido não quer me dá nem um pouquinho de folga — Fiz um biquinho e ela deixou uma risada escapar.

— Michael, não pode deixar nossa menina tão sobrecarregada assim.

— A gente começou a estudar agora — Jane sentou do meu lado e fez um carinho em minhas costas — Você fica mimando demais essa garota.

O homem levantou e foi em direção a um copo que Jane tinha deixado junto com os petiscos. Ele tomou um gole e depois voltou para seu lugar e me olhou de forma séria.

— Se concentre nos estudos.

— Isso é muito injusto, você precisa me dá um pouquinho de folga, mal voltamos da viagem — Peguei o livro de sua mão — Pode pelo menos me dá uma recompensa por está tentando.

— Recompensa? Pensei que estivesse fazendo sua obrigação — Ele me olhou com um sorriso sínico mas logo se aproximou.

Michael colocou a mão em meu rosto e me puxou para perto, ele juntou nossas bocas e deixou um beijo suave alí que me fez ficar mexida de muitas formas diferentes. Foi tão calmo que meu coração não conseguiu acompanhar.

— Se eu soubesse que teria esse tipo de recompensa também teria feito aulas particulares — Jane falou fazendo nós dois rir.

Meu professor foi até sua mulher e fez o mesmo com ela, era uma cena muito bonita de se vê, ficaria marcada em minha lembrança por bastante tempo. Jane se concentrou em mim e a morana se aproximou para me beijar, deixei que ela fizesse o que bem queria. Michael deixou um beijo em meu pescoço enquanto a esposa se concentrava na minha boca. Apertei as pernas umas nas outras.

Jane parecia ter um brilho no olhar diferente, algo a mais que uma simples malicia e eu gostava muito de vê isso. A morena me deitou no sofá e subiu em cima de mim me deixando surpresa, ela voltou a colar nossos lábios.

Levei minha mão até sua cintura e notei o que o interior de suas coxas pedia, meu rosto esquentou ao notar que eu não saberia como lidar com isso, sua saia estava quase toda levantada e ela não parecia disposta a me largar. Senti minha blusa sendo levantada.

— Jane! — Michael interrompeu o momento e minha professora me largou.

A mulher me olhou assustada e seus olhos se guiaram até nossas pernas enroscadas. Suas bochechas coraram aos poucos.

— Me desculpa — Ela saiu de cima de mim e arrumou suas roupas — Viollet, eu não controlei, me perdoa.

— Tá tudo bem — Arrumei minha blusa e senti a vergonha se instalar em mim.

— Eu... Eu vou no banheiro rapidinho — A morena saiu apressada da sala.

Olhei para Michael que parecia ter preocupação e divertimento no rosto e não ousei falar nada. Aquela mulher se transformava em algum tipo de predadora sexual com apenas um beijo? Meu Deus, Michael enfrentava isso todos os dias?

Meu coração estava acelerado e de algum jeito eu ainda me encontrava desamparada. Eu queria algo com eles, só esqueci em como sou tão inexperiente nessas coisas. A idéia que eu teria que fazer coisa com os dois me deixava com muitas dúvidas.

Onde eu fui me meter?!

Para Sempre Nós TrêsWhere stories live. Discover now