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MICHAEL
𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝


Sabe quando estamos em um sono perfeito, que tira suspiros por até mesmo a posição do nosso corpo está na pose ideal? Pois bem, tudo isso foi atrapalhado por um som dos infernos que veio do alarme.

Estendo minha mão para desligar ele e dou no mínimo uns três tapas no aparelho até o silêncio reinar novamente. Abro meus olhos tentando me acostumar com a claridade e sinto algo faltando do meu lado.

Estendo a mão para o vazio da cama e percebo que minha mulher não está lá, logo em seguida um barulho vêm do closet.

— Jane! — Não recebo nenhuma resposta.

Suspiro profundamente, jogo o cobertor para o lado e levanto da macieis da minha perfeita cama. Eu odiava essa parte de ter que levantar, aliás, eu odiava acordar, se fosse a minha escolha eu passaria horas hibernando.

Abro as portas do closet e me deparo com uma cena catastrófica. A morena levanta seu olhar em minha direção e tento raciocinar o que estava acontecendo. Por que tinha tantas roupas espalhadas?


— Qual das duas você acha melhor? — Jane estende duas saias em minha direção.

— O que é isso? — Olho para a bagunça no cômodo.

— Tô tentando encontrar uma roupa para hoje.

— Jane, é o nosso primeiro dia de aula, você vai mesmo fazer toda essa bagunça pelo resto do ano?

— Não é só o nosso primeiro dia de aula! Vai ser a primeira impressão que os alunos têm de nós.

— Amor... — Murmurei passando a mão no rosto.

— Não pode brigar comigo, sabe que isso é importante para mim — Abri um sorriso de lado.

— Você têm sorte por eu te amar — Beijei o topo da cabeça dela — Tá tudo bem?

— Me sinto nervosa — Soltei um riso baixo.

— Por que você é tão obcecada por tudo isso?

— E se não gostarem da gente? — Levei minhas mãos até sua cintura e a puxei para perto.

— Sabe o que pode te acalmar? — Ela puxou um sorriso de lado.

— Tá muito cedo, Michael.

— E desde quando a gente têm hora para se divertir? — O brilho no seus olhos foi o suficiente para as coisas se agitarem lá embaixo.

A morena empurrou meu corpo para fora e grudou nossos lábios como um só, por que até o hálito dela era perfeito pela manhã?

— E a bagunça no closet? — Perguntei tirando o roupão que ela usava.

— Você arruma depois — Ela mal me deixou rir antes de me atacar.

Como aquela coisinha nervosa e descabelada conseguiu passar por um modo tarada em questão de segundos?

Em instantes estávamos de baixo da água do chuveiro, completamente unidos um com o outro enquanto eu me enterrava nela como se aquilo fosse a coisa mais importante no mundo.

Por deus, eu jamais me cansaria de admirar o corpo daquela mulher, com toda certeza eu era um completo pau mandado da minha esposa.

E apesar de achar ela uma doida, controladora, obsessiva por novas mudanças, tinha uma sensação no meu peito que de algum jeito me falava que esse ano seria diferente dos outros. Devo tá tão neurótico quanto a Jane.


• JANE •
𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝


Algumas pessoas até poderiam me chamar de doida obsessiva, essas pessoas incluíam o Michael, mas eu não estava errada por querer que as coisas saíssem bem. Tudo bem que eu posso ter calculado até a minha respiração, mas aquilo era a minha garantia de que tudo sairia do jeito que eu queria.

No fim das contas não tinha sido ruim, quer dizer, eu não costumo me dá bem com adolescentes, mas eu gosto de ensinar coisas para aquelas cabecinhas tão perdidas.

Um coisa dentro de mim me dizia que tinha algo naquela escola que iria mudar nossas vidas. Ou talvez fosse só a ansiedade.

Andei pelos corredores em direção a sala do meu marido e quando virei o corredor uma aluna trombou comigo. Mantive o equilíbrio em minhas pernas e tentei não deixar nada escapar das minhas mãos.

— Desculpa! — A loira ergueu a cabeça para mim e suas bochechas ficaram rosadas no mesmo instante.

— Você tá bem? — Me aproximei da garota que tinha uma pele incrivelmente branca — Se machucou?

— Não, eu tô ótima, não faço ideia no que deu em mim para esbarrar nas pessoas hoje — Soltei uma risada baixa e ela pareceu mais envergonhada ainda.

Eu já tinha conhecido ela mais cedo, foi a aluna que chegou atrasada na aula do Michael e tinha feito o discurso no conselho, se não me engano seu nome é Viollet. Ela parece sempre tá no mundo da lua.

— Bom, tome mais cuidado — Me afastei dela e voltei para o meu caminho.

Não demorou para chegar em frente a sala do meu marido e encontrar ele ajuntando as coisas na mesa, estávamos sozinhos o que me permitiu entrar e fazê-lo notar minha presença.

— Tá pronto para ir? — Perguntei enquanto ele me puxava para perto.

— Sim, como foi seu dia? Você estava tão nervosa — Ele me deu um selinho e logo se afastou.

— Foi bom, os alunos se comportaram e acho que vai ser um ano produtivo.

— Espero que ninguém tenha dado em cima de você — Revirei os olhos.

— Ninguém deu em cima de mim, pelo menos não na minha frente — Ele soltou uma risada e pegou as coisas na mesa — A gente já pode ir?

— Podemos, tô exausto e preciso daquele segundo round de banho com você — Vi malícia naquele azul em volta das suas pupilas.

— Você é um pervertido.

— Não sou pervertido, eu sou... Um homem apaixonado.

— Claro, se você prefere chamar assim.

Ele pegou a minha bolsa e certificou de que não tinha esquecido de nada, nós dois fomos embora juntos e senti uma empolgação no fundo do meu estômago.

Por que meu coração estava palpitando assim?

Para Sempre Nós TrêsWhere stories live. Discover now