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•VIOLLET•
𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝

Foi preciso que eu conferisse umas três vezes cada canto do quarto, apenas para garantir que não tivesse nenhuma câmera me observando ou algo do tipo.

Depois de jogarmos o jogo de tabuleiro e comermos o lanche que Jane pediu, nós três fomos para nossos aposentos e aí eu comecei a me encher de paranóias. Primeiramente, eu podia facilmente nem acordar pois estaria morta, segundo, eu nem avisei ao meu pai onde estava, apenas mandei uma mensagem de boa noite e desviei qualquer outro assunto, terceiro, eu tinha quase certeza que se eu acordasse estaria sem meus órgão.

Como posso ser tão irresponsável desse jeito? Pelo menos aquela pequena desavença que tive com Michael passou rapidamente... Quer dizer, algo em mim ainda ardia de raiva por aquilo.

Nesse tempo todo eu mal reparei na decoração que esse apartamento tinha, mas pelo pouco que vi tudo era muito requintado. A casa por si tinha uma mobília toda branca, com alguns detalhes amadeirado que deixava o ambiente confortável e leve.

O quarto de hóspedes era simples, porém, bem decorado. Tudo tinha um traço mais despojado. Com toda certeza esse era o apartamento mais bonito que já tinha visto.

O silêncio pela casa reinava, a essas horas meus professores já estavam dormindo e eu ainda nem tinha sentido uma pitada de sono. Meu celular estava descarregado, o que me impedia de me distrair, não tinha nenhum livro por aqui. Ou seja, um tédio.

Levantei da cama e senti um leve arrepio com o beijo do vento que bateu em meus braços expostos, as roupas de Jane ficavam levemente larga em mim, obviamente. Meu corpo magro jamais se acentuaria as curvas daquela mulher.

Respirei fundo e cogitei a idéia de apenas ficar deitada e esperar o sono chegar, acho que não teria problema sair para beber um copo de água.

Saí do quarto fazendo o mínimo barulho possível, dei passos leves por toda aquela escuridão que consumia os corredores, um leve medo me atingiu. Como eu esperava, o único ruido que passava pelo lugar era do barulhos dos carros lá fora.

Suspirei baixinho e fui andando até o caminho que decorei, o que dava acesso para a cozinha. Me sentia uma leve intrusa nessa casa.

Acendi a luz e foi quase um alívio perceber que não tinha acordado ninguém. Fui em direção a geladeira e assim que consegui pegar a jarra de água uma voz atrás de mim me fez estremecer.

— Meu Deus! — Coloquei a mão no coração e me virei para a porta.

— Viollet? — Tentei me recompor ao máximo, mas não evitei ficar vermelha quando vi o homem me olhando.

Michael estava com o cabelo despenteado, uma calça quadriculada de um forro que parecia muito confortável e completamente nu na parte de cima. Segurei minha respiração quando meus olhos caíram em direção ao seu abdômen.

Puta merda, quem tinha uma barriga tão definida!?

Viollet, meu rosto está aqui em cima — Todo constrangimento subiu pelo meu corpo.

— Ah... Eu... Eu só vim tomar água, não queria te acordar — Desviei meus olhos daquele ser demoníaco.

— Já estava acordado mas se estivesse dormindo também iria acordar, você tropeçou em cada decoração no corredor — Seu tom arrogante foi perceptível.

— Desculpa — Naquelas alturas eu nem estava preocupada para demonstrar toda minha fúria por ele.

O babaca mal humorado se aproximou de mim e minha mente entrou em estado de alerta. Ele abriu a porta de um armário e tirou um copo de vidro de lá, tomou a jarra da minha mão e colocou o líquido no copo.

Para Sempre Nós TrêsWhere stories live. Discover now