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MICHAEL
𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝 𓆟 𓆞 𓆝


Eu gostava de trabalhar e podia até parecer estranho mas ficar com aquelas pestes cheios de hormônios e rebeldia era algo que me fazia bem. Sempre gostei da idéia de passar conhecimento para outras pessoas e por um grande esforço esse sonho se realizou.

Mas eu precisava admitir que não era sempre que os dias eram fáceis. As vezes a única coisa que eu queria era ficar na cama o dia todo.

Senti a água cair pelo meu corpo e cada gotinha foi um motivo para meu músculo relaxar. Tinha tanta tenção em minha costas que eu me sentia com uma corda amarrada, precisava de um bom banho e um sono tranquilo com minha esposa, bom, o sono ia vim depois de uma boa foda com ela.

Respirei fundo e deixei o banho gelado cair pela minha pele, pensamentos variados vieram até minha cabeça e meu foco foi para outras coisas. Viollet ainda não tinha dado uma resposta final.

Quando propus a diretora que deixasse eu dá aulas particulares para a loira não havia pensado tanto nessa questão. Não sabia o que se passava pela minha cabeça, mas tinha certeza de que a minha dedição em convencer Raquel foi bem estranha. Ter Viollet e Jane na mesma casa me fazia ter pensamentos... Não importava, era apena meu subconsciente tentando me trair, eu sei ser profissional tendo duas mulheres sozinho em casa.

Desliguei o chuveiro e peguei minha toalha para enrolar em volta da cintura. Notei que as coisas tinham se animado lá embaixo, por que isso derrepente?

Saí de dentro do box, enxuguei meu corpo com a toalha e depois a enrolei no meu quadril, não me importei em vestir roupas quando saí do banheiro. Senti de longe o cheiro da comida indicando que minha fome seria saciada por um bom lanche e logo em seguida por minha esposa. Têm algo mais perfeito que isso?

Quando estava prestes a ir em direção a cozinha, meu celular tocou me distraindo completamente. Xinguei internamente e peguei o aparelho pronto para dispensar quem quer que fosse.

≈ Alô? — A inquietação do meu pau por Jane estava quase explodindo.

≈ Boa noite, desculpa atrapalhar mas gostaria de falar com o senhor Jones.

≈ É ele mesmo, quem gostaria? — A voz não era nada familiar.

≈ Sou o Kevin, pai da Viollet, queria saber sobre as aulas particulares.

Meu corpo congelou assim que notei do que se tratava, meu pau baixou no mesmo instante.

Eu havia dado meu número para Viollet para que ela pudesse entregar ao pai e assim ele me ligasse e confirmasse as aulas particulares, mas agora falando com ele era tão estranho pensar que eu ficaria sozinha com a filha dele. Meu coração acelerou levemente.

≈ Ah sim, boa noite senhor Kevin, como posso ajudar? — Por que eu estava tão nervoso?

≈ Viollet me disse sobre as aulas e eu concordo sobre ela melhorar as notas, mas só tenho algumas dúvidas.

≈ Pode perguntar.

≈ Como posso confiar em deixar minha filha em suas mãos, professor? — Não deveria confiar.

≈ Eu sei que pode ser bem preocupante para o senhor como pai, mas peço um voto de confiança da sua parte e quero deixar claro que minha intenção com a Viollet é só ajudar — Não estava mentindo, queria muito que a pirralha tivesse um desempenho melhor — Se isso te ajuda, minha esposa estará com nós dois o tempo todo.

≈ Isso é bom, não querendo ofender é claro, mas eu tenho mais algumas dúvidas.

≈ Posso esclarecer tudo.

Foram longos minutos deixando claro que não teria nenhum perigo deixar a filha dele comigo, precisei transparecer minhas intenções e devo admitir que parte de mim sentiu medo dele recusar mas outra parte ficou feliz em saber que a garota tinha alguém que se preocupava com ela, do jeito que Viollet era eu não duvidaria nada que ela fosse sequestrada na porta de casa.

Fui em direção a cozinha e meus sentimentos se encheram de uma alegria boba. Eu negaria até a morte se alguém falasse isso por mim, mas era divertido ter a loira como companhia.

Encontrei Jane servindo nossas pratos sobre a mesa e senti uma enorme satisfação em olhar seu corpo vestido apenas com minha blusa e uma de suas calcinhas bonitinhas que eu adorava arrancar. Me aproximei da morena e deixei um beijo em sua cabeça, ela pareceu tomar um leve susto.

— Amor? — A morena sorriu e deixei outro beijo no seu pescoço — Parece contente, o que aconteceu?

— Viollet vai poder ter aulas aqui — Senti o corpo da minha esposa travar.

Jane virou em minha direção e não entendi por que ela pareceu nervosa com aquelas palavras. Tinha algo de errado em alguma coisa que eu disse?

— Aqui em casa?

— Sim, eu falei que estava planejando isso, algum problema? — Ela engoliu em seco.

— Não têm, de maneira alguma — Tinha um brilho diferente em seus olhos.

— Jane aconteceu alguma coisa?

— Não, vai ser bom ter ela aqui, quer dizer, acho que estranhamente ela tá virando nossa amiga — Abri um sorriso para a morena.

— É, talvez.

Segurei a cintura da minha esposa e trouxe seu corpo junto ao meu acompanhado de um beijo calmo em sua boca. Minha alegria foi preenchida de preocupação assim que senti que seu rosto estava quente, isso não parecia nada bom.

— Amor, tá com febre? — Afastei nós dois apenas para conferir se estava tudo certo.

— Não é nada, acho que só peguei uma gripezinha chata.

— Por que não me disse que estava mal?

— Porque eu tô ótima, hoje é dia de filmes, lembra? — Ela ficou na ponta dos pés e tentou me beijar mas não deixei.

— Eu sei muito bem o que a senhorita quer dizer com esse "dia de filmes" e só para você saber, nada de sexo hoje.

— O que? Por que não?

— Primeiramente você, Isabella e Castiel já me cansaram o suficiente e você doente assim não têm que se esforçar em nada.

— Deixo você ficar por cima.

— Boa tentativa, mas não.

Dei um selinho na mulher e me afastei dela ouvindo suas reclamações jogadas ao vento. A beleza daquela alí era um disfarce para que ninguém desconfiasse da ninfomaníaca que existia atrás daquele corpinho lindo.

Seria difícil, mas era melhor resistir a tentação da sua sensualidade do que arriscar a piorar a saúde dela.

Para Sempre Nós TrêsWhere stories live. Discover now