fim.

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Vou levar comigo o que eu aprendi
Lições boas, depois do nosso fim

Gabriel

Pane no sistema alguém me desconfigurou.

Porra, o que a Rafaella tava fazendo aqui? Fiquei travado olhando pra ela, enquanto ela fazia o mesmo, segurando um buque de flores.

- Corre Gabi, ele ta quase alcançando a gente. - Davi me despertou e eu voltei a correr em volta da piscina.

Geral ficou tão em choque que acho que a brincadeira acabou ali, mas disfarcei, correndo mais um pouco e o colocando sentado na pia.

- Só uma pausa pro tomar uma água aqui, pequeno. - Soltei, pegando um copo.

- Justo.

- Você quer carninha? Saiu agora.

- Não, to até barrigudo já. - Passou a mão na barriga e eu olhei pelo quintal, vendo Rafaella conversando com a minha mãe.

- Não quer nem um suco?

- Suquinho eu queria. - Coloquei no copo, o entregando. - Será que levo queijo pra mamãe?

- Acho que ela ia curtir, ein? Se jogar um melzinho que ela se amarra.

- Boa! Posso apertar?

- Manda ver. - Entreguei o pote de mel pra ele, segurando o prato. Ele colocou os pedaços de queijo e foi jogando o melaço por cima.

- Oi né, Barbosa? - Ouvi a voz dela e virei o rosto, a olhando.

- E aí Rafa, tudo bem?

- Tudo bem e você? Sumidíssimo. - Ri fraco.

- Correria, apenas. Mas tô bem. - Voltei a olhar pro prato. - Foi?

- Foi! - Me entregou o mel e eu coloquei na mesa.

- Quem é essa coisa linda? - Ele a olhou.

- Esse é o Davi, meu filho. Pequeno, essa é a Rafa, amiga do papai. - Eu e ele nos olhamos pela ultima palavra dita, que saiu tão naturalmente que só me dei conta segundos depois.

- Oi! - Ele deu um sorrisinho, enquanto ela tentava digerir a bomba. Tô me descobrindo muito péssimo em contar as coisas.

- Oi! É... Você é uma graça.

- Obrigado. - Deu um sorrisinho. - Posso levar pra mamãe?

- Claro, vai lá. Fala que foi uma receita nossa, ein? - Ele riu.

- Acabamos de criar.

- Isso. - Fizemos um toque e ele saiu, equilibrando o prato, enquanto eu o observava. - Quer uma cerveja? - Perguntei, a olhando.

- Acho que até três, né? Depois dessa bomba. - Abri o freezer, peguei duas, abri e passei uma pra ela, que parou do meu lado. - Quantos anos ele tem?

- Quatro. Mas não é o que você ta pensando, nós não estávamos juntosna época que rolou.

- Não que me surpreendesse também, né? - Nos olhamos e eu suspirei.

- Eu... Rolou lá em Portugal, quando eu jogava no Benfica, um mês antes de eu voltar pro Santos. Passamos a noite juntos, perdemos o contato e nos reencontramos por acaso esse ano. Não sabia dele até então.

- Ela que é a mãe? A de trança?

- É ela mesmo. - Olhei, vendo Davi dar queijo na boca dela, segurando o riso.

- Ela é linda também, explicado a beleza dele.

- Ela é mesmo. - Dei um sorrisinho de lado e senti que ela me olhava. - Explicado o que? Sou feio? É a vigésima pessoa que fala isso. - Ela gargalhou.

Planos || Gabigol Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon