ai calica.

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Ela me vira da cabeça aos pés
E amo o jeito que me olha
Eu beijo ela da cabeça aos pés
E até no frio ela se molha

Lua 🌊

Olhei no relógio, vendo que ainda faltava um tempo até Gabriel trazer ele. Casa ficava vazia pra caramba sem minha pimentinha, mesmo nós dois brigados.

Hoje de manhã, falamos só o necessario e eu estava me sentindo culpada pra caralho. Por ter gritado com ele, ter batido a porta, por agora, ter contato com o pai dele e não falar a verdade.

Nunca menti sobre o que aconteceu, até porque, de fato não tinha contato com Gabriel. Mas agora tinha, ele sabia, e pesou minha mente.

Mas tudo no seu tempo.

Pra sorte da minha mente, passei o dia em reunião e quando voltei pra casa, tomei um banho quente e foquei nas pranchas que tinha pra fazer.

Sentir muito sempre me deixava inspirada, seja tristeza, paixão, raiva, amor, felicidade e resultado sempre ia pras pranchas, quando tinha encomenda.

Ela saiu linda e contrastando com o dia que estava horroroso. Não tem cabimento RJ e chuva.

Ouvi a porta abrir, passinhos correndo pelo chão e uma montanha de cachos me abraçando por trás.

- Oi, meu pretinho. - Olhei no relógio, virando e vendo ele segurar várias flores amarradas em um elástico de cabelo.

- Oi mamãe. Ó, são pra você. - Esticou e eu o peguei no colo, colocando ele sentado na bancada.

- Pra mim, nenê? - Ele assentiu, me abraçando.

- Desculpa por ter sido mal criado ontem, tá? Não quero te deixar triste. - Fiz um biquinho, olhando pro Gabriel, que observavaa cena encostado no batente da porta.

- Eu que peço desculpas, meu amor. Promete que não vamos brigar mais?

- Prometo. - Demos um beijinho de esquimó.

- E eu amei as flores.

- Gabriel me ajudou a pegar.

- Culpado. - Gabi se aproximou, me medindo e me fazendo sentir borboleta no estômago.

Ê ê.

- Pois saibam vocês que eu amei. - Beijei a mão do Davi e a do Gabriel em seguida. - Fica pro jantar? - O olhei.

- Fico... - Desde que a gente se encontrou, não serei hipócrita, rola uma tensão foda entre nós, mas depois daquela festa, parece que dobrou.

Fiz a janta enquanto eles contavam como tinha sido o dia. Eles definitivamente se davam muito bem e eu definitivamente não aguentava o Gabriel com criança, e a atração triplica se tratando do meu filho. Nosso filho.

Que inclusive, ele botou pra dormir depois do banho. Davi tava todo carinhoso, me pedindo desculpa de meia em meia hora e eu tava achando uma graça. Acho que não foi só eu que senti nossa briga.

- Pô, ele viaja com aquelas estrelinhas no teto, né? Passei o jantar todo bolando uma historinha pra ser trocado por adesivo? - Gargalhei, colocando vinho na taça.

- Agora você me entende. E que história que bolou?

- Sei lá, lembro da dos três porquinhos mas não tudo, ia inventar o final. Originalidade o nome. - Gargalhei e senti seu perfume atrás de mim. - Leu meus pensamentos. - Beijou minha bochecha, pegando a taça.

Liberaram a tortura?

- Estava precisando também. - Peguei a taça e fomos pra sala, sentando no sofá.

Planos || Gabigol Where stories live. Discover now