rosas e rimas.

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eu vi no seu olhar tudo aquilo que eu procurava
eu vi que amor era tudo que eu precisava
a vida é foda, eu sei, tem coisa que não passa
mas me beija agora e me faz sentir em casa

Gabriel

- Moranguinho? - Pegou o pote.

- Boa, ela se amarra. - Colocou no carrinho. - Uva também, manda bala. - Repetiu o movimento.

- Vamos fazer chocolate? Brigadeiro ela gosta.

- Deve ter pronto aqui, pô. Nutella, sei lá.

- Eita, não sabe fazer brigadeiro de panela?

- Eu não, pô. Ih ta julgando, é? - Ele riu.

- Não... - Gargalhei.

- Vai me ensinar a fazer então, bonitão.

- Tá, então pede aí, leite moça e... aquilo lá... Chocolate em pó. - Pedi.

- Mais o que?

- Hm... Acho que só. Frutinha, bolacha, lanche e brigadeiro, ela gosta de tudo. Ah e o suco de uva. - Segurei o riso, que era bem vinho.

- Boa, meu parceiro. - Fizemos um toque e finalizei a compra.

- Ela vai amar. - Se espreguicou em cima de mim.

- Vai dormir não fio, vai me ajudar a fazer o brigadeiro, não é o rei do chocolate?

- Sim, por isso a mamãe e a vovó me chamam de chocolatinho. - Gargalhei.

- Tu se acha, né? Não sei quem puxou. - Ele gargalhou gostoso, desviando das cócegas.

- Quem será, né? - Ri, beijando sua cabeça e deixando ele descansar um pouco.

Apesar de ser melhor amigo do sono, não dormiu, ficou conversando comigo meio sonolento, me perguntando cada detalhe do plano.

- Papai... Agora você vai parar de fingir que não mora aqui, né? - Segurei o riso.

- Vou, parceiro. Nem tinha pensado nisso, sabia? Agora temos que escolher entre lá e aqui... Tu prefere qual?

- Aqui. É colorida, lembra um pouco a casa da vó Larissa. E você?

- Acho que aqui também, não é atoa que não saio. Na real, tenho que ver sua mãe vai aceitar antes.

- Lógico que vai, confia. - Deu uns tapinhas de consolo, se aconchegando mais no meu peito.

As coisas chegaram, ele me ajudou a montar a cesta e não é que o moleque sabia fazer brigadeiro mesmo? Uma humilhação da porra ele me ensinando.

Combinei com minha família dele passar o dia e a noite lá, fiz a mochila dele e logo a Dhio chegou pra busca-lo.

- Titia, acredita que eles vão pra praia sem mim? - Fez drama.

- Dois coitados, vai nem ter graça. - Dhio ajudou e eu segurei o riso, fechando sua papete.

- Mas pelo menos agora a gente... - Percebeu que ia contar e ficou pensando em uma desculpa.

- A tia Dhio sabe, fofoqueirinho.

- Ufa! Agora a gente vai se tornar uma família oficial. - Dhio riu.

- Finalmente né, meu pretinho?

- Finalmente! - A imitou, me fazendo rir.

- Ninguém respeita meu momento, que isso. Vai lá pegar sua mochila, gatão. - Ele subiu pro quarto e Gi me observou, dando uma risadinha.

Planos || Gabigol Où les histoires vivent. Découvrez maintenant