estar com você.

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Gosto de estar com você
Sem dizer uma palavra
Não me leve a mal
É que não vejo a hora
Passar

Gabriel

- Cara, a festa é de quem? Que eu só abracei seu convite e nem perguntei. Minha roupa tá boa, né? Vai que é um negócio formal e eu de calça e cropped. - Ele riu e eu acompanhei, me ligando que talvez, metralhar uma pergunta atrás da outra seja mania dos três.

- Mulher... Eu to de chinelo. - Acandeu a luz e afastou o pé da embreagem, me mostrando. - Se é formal eu não sei, me disseram que era um churrasco. De qualquer forma, tu tá linda, relaxa.

- Tá, depois do teu chinelo fiquei um pouco mais tranquila. - Ele gargalhou. - Arrasca é o que tava no carro com você aquele dia, né?

- Isso, uruguaio mais carioca já visto.

- Está tudo bien, colega? - O imitei aquele dia e Gabriel riu.

- Ele é um dos meus melhores amigos, chegou praticamente junto comigo, foi o primeiro que fiz amizade, dividimos quarto toda vez... E é o único que sabe do Davi também.

- Não contou pra mais ninguém?

- Não, queria falar com você antes. Mas fica tranquila que ele também não vai contar. Ele é o cão, mas é gente boa. Bom que tu já conhece ele e o resto dos moleques, cê vai gostar.

- Vai todo mundo?

- Boa parte. Os piores sempre vão, e outros, tipo o João, são mais reservados, mas vira e mexe aparecem.

- Tu tá no primeiro caso, né? - Ele gargalhou.

- Talvez. - Ri.

- Posso propor só mais uma condição?

- Claro.

- Nossa personalidade é muito diferente uma da outra, sei que uma hora isso vai acabar colidindo em algumas paradas, mas vamos prometer sermos amigos independente disso? Mesmo que discordemos muito em algum momemto e estejamos beirando enforcar um ao outro?

- Eu prometo. - Levantou o mindinho. - Tudo o que menos quero é uma má relação com você. Vou respeitar suas decisões e quando não concordar, a gente conversa. Sei que o quanto é importante.

- Estamos fechados então, acabou as condições por enquanto. - Entrelacei meu mindinho com o dele, que riu e beijou meus dedos.

Logo chegamos em um condomínio de casa parecido com o nosso e assim que entramos na rua, já deu pra ouvir a música.

- Chegou o namorado do meu marido, não respeita nem a casa alheia. - Uma moça loira soltou.

- Vim ver minha sócia, né? - Se abraçaram. - Camilinha, essa é a Lua. Lua, essa é a Camila, esposa do meu namorado Arrasca. - Ri, enquanto ela me abraçava.

- É um prazer.

- O prazer é todo meu. Cara, nesse país só tem mulher gata?

- Aparentemente no Uruguai não é diferente, né?

- Vamos virar sócios em todos os sentidos, ein? Fica ligado.

- É amiga Camilinha. - Rimos.

- E vai ser só sua amiga também, minha filha. - O que tava com ele no carro aquele dia se aproximou.

- Aaah so você pode?

- Esse aí foi só um caso. - Gabriel colocou a mão na cintura, arqueeando a sobrancelha, enquanto Arrasca me olhava rindo. -  A Lua que mais demorou ora aparecer. É um prazer. - Arqueei a sobrancelha e lembrei que se Gabriel contou do Davi, deve ter contado o resto.

Planos || Gabigol Where stories live. Discover now