Planos || Gabigol

uma criança com seu olhar.

eu quero um sonho realizado
uma criança com seu olhar
eu quero estar sempre ao seu lado
você me trás paz

Lua 🌊

- Que lindaaa mamãe. - Davi apareceu na porta do quarto.

- Gostou, meu pretinho?

- Tá muito gata. - Sentou na cama.

- Qual brinco a mamãe escolhe?

- Você vai com o cabelo preso?

- Isso.

- Então esse aqui.

- Sim senhor.

- Posso colocar? - Perguntou animado e eu ri, sentando na frente dele.

- Por favor. - Ele se concentrou, abrindo a tarraxa e colocando na minha orelha com delicadeza.

- Ouvi tio Matheus falando, acho que Gabriel chegou. Mas sabe, fico me perguntando... Se nós três somos amigos, porque não vou comer fora também? Meio injusto né?. - Gargalhei. Juro...

- Porque o senhor tem que dormir daqui... - Olhei no relógio. - Duas horas.

- Só um detalhe.

- Você é muuito espertinho, né? - Ele riu, concordando.

- Pronto. Tá linda. - Acariciou meu rosto e eu sorri.

- Você que é lindo, meu bombomzinho.

- Por isso que sou seu filho. - Me abraçou e eu ri, entendendo o recado e andando com ele pendurado nas minhas costas até chegarmos na escada.

Ele desceu, me deu a mão e soltou assim que viu o Gabriel, correndo até ele.

É isso mesmo, não estou valendo mais nada.

- E aí, meu parceirinho. Senti sua falta, pô.

- Eu também, mas treinei sozinho, viu?

- Eu vi, sua mãe mandou o vídeo, muito craque de bola. Só quero saber uma coisa...

- Vou me inscrever.

- Aeee, é disso que eu tô falando. - Fizeram um toque. - Oi Lua... - Me olhou, dando um sorrisinho.

- Oi... - Retribui e novamente os dois ficaram se encarando.

- Ô Gabriel, você tava onde mesmo? - Nos tirou do transe.

- Em Marrocos, sabe onde é?

- É ali no Nordeste, não é? - Gargalhamos.

- Não, é um país árabe lá da África. Muito calor lá meu parceirinho, tu ia gostar. Eu não fui, mas dizem que as praias lá são bonitonas.

- Aaaaah tava confundindo com Maranhão. - Riu de si mesmo. - Depois me mostra?

- Mostro, inclusive, trouxe duas paradas pra você. - Sentou com o Davi no colo, entregando a sacola pra ele.

O gato estava na maior dificuldade de abrir e eu sentei do lado deles, só abrindo o lacre e deixando ele abrir o resto.

Gabriel me olhou de novo, me mediu e suspirou, voltando a focar no Davi, o que me fez segurar o riso.

Era um jantar sem segundas intenções, pra falar de coisa séria, mas não vou negar que tava curtindo cada olhadinha dele.

- Mamãe, olha!! Um... Como que chama??