E eu falei que seria bom
Bate forte o coração, e eu
Nunca disse não
Eu tô pronto pra qualquer ocasiãoLua 🌊
Atravessei o corredor que nem um foguetinho, vendo Gabriel saindo de uma sala com ele no colo.
- Ei, meu bebê. - Acariciei suas costas e ele me olhou, todo inchadinho.
A dó que deu. O menino tava parecendo a Raven naquele episodio que tem reação a amendoim.
- O que aconteceu, meu bichinho?
- A abelha mordeu meu braço, quando fui ver, tava assim.
- Ô meu Deus... - Acariciei o cabelo dele.
- Eu não tinha noção que ele tinha alergia, pretinha. Me desculpa. - Gabriel me olhou.
- Ta tudo bem, bonito. - Beijei seu ombro, voltando a olhar pro Davi. - Como você ta se sentindo?
- Com dor no bumbum. Eu tomei injeção, voce acredita mamãe?
- Pro seu terror né, nenê? - Ele assentiu.
- Mas o papai me ajudou, foi meu herói.
- Em todos os sentindos. - Olhei pro Gabe, vendo ele com os olhos vermelhos. - Tomou injeção também, bonito?
- Tô sentindo como se tivesse tomado. - Ri, selando nossos lábios.
- Deixa eu dizer que te amo, deixa eu mandar em você. - Davi cantou Amor I Love You, tentou, né? - Não... Como que é? Aquela música que a vovó ouve?
- Deixa eu pensar em você.
- Isso... Tô com muita dorzinha pra lembrar, depois eu canto pra vocês. - Rimos, enquanto eu beijava seu ombro.
- Em casa a mamãe faz massagem, tá? - Ele assentiu, manhoso, me fazendo segurar o riso. - Pode deixar que eu levo, amor. - Ele beijou o ombro do Davi e o bonito veio pro meu colo, se aconchegando todo.
Saímos pelos fundos, indo pro estacionamento. As vezes simplesmente esquecia que Gabriel era conhecido nesse estado de cabo a rabo.
- Eu tava com o tio Matheus, ele teve quer ir embora mas tá todo preocupado com você. - Soltei, colocando o cinto nele.
- Saudade del... Meu Deus!! - Disse, se olhando no espelho, enquanto eu e Gabriel seguravamos o riso.
- O espelho que tá meio esquisito, nenê. - Gabriel virou um pouco o retrovisor e eu beijei sua testa, entrando no carona.
- Eu tô parecendo aquele desenho.
- Corcunda de Notre Dame? - Soltei inocente, vendo Gabriel segurar o riso e ele me olhar bravo.
- Não, mamãe... - Estalou com a boca. - Até esqueci. - Não aguentei e ri.
- Desculpa, meu pretinho. Não ta parecendo, só queria saber se era. Pra mim, você tá lindo sempre, a coisa mais linda do mundo. - Ele me olhou com tédio e Gabriel riu, enquanto eu virava pra frente, segurando o riso.
A gente chegou em casa, eu fiquei na função de fazer a janta e Gabriel foi dar banho nele, descendo os dois de samba canção do homem aranha.
- Acho engraçado... - Soltei, servindo o macarrão pra nós três.
- O que mamãe?
- Comigo ninguém usa pijama combinando. - Ele riu, com os olhinhos pequenininho ainda.
- Tá fácil, meu parceiro? Vive chamando nós dois de inimigos da moda, mas quer andar igual. - Gabriel soltou.
- Você viu, papai? Mas a gente aceita mamãe, vamos arrumar um shorts e camisa de peito pra você do miranha também.
- Camisa de peito me pegou. - Gabriel gargalhou. - Mas sim, apesar de você esculachar a gente, ainda te amamos, né? Perdoamos o julgamento.
- Somos bonzinhos, mas não se ache. - Gargalhei.
- Vocês são uns queridos, fico no aguardo do meu conjunto.
- Família agredindo a moda em conjunto já é realidade.
- Inclusive, papaizinho... Agora que tomei injeção, queria fazer meu ultimo pedido. - Seguramos o riso.
- A injeção foi exatamente pra não fazer o último pedido,mas fala... Fiquei curioso.
- Aquele seu tênis branco é muuuito lindo. - Gargalhei.
- Olha, até faria essa doação, mas cabe dois de você dentro dele, pequeno.
- Tem problema não, coloco papel. - Voltou a focar no macarrão, me fazendo rir.
- E tô esperando a lista de qual amigo você quer chamar até agora.
- Mulher, verdade! Tenho tudo aqui já. - E o querido se pôs a falar, a ponto de eu ter que anotar.
- Ah, e coloca o tio Geraldo tambem.
- Não... quem é seu Geraldo? Juro.
- Ele inventando pessoas. - Gabriel soltou, o fazendo rir.
- O tio da pipoca lá da escola, que fica na porta. Aí também pode colocar o Guuuto, meu parceiro e o titio Everton. - Ficou esperando eu escrever, me fazendo rir.
- Mais alguém pro seu bloco de Carnaval, querido?
- Talvez eu vá lembrando. - Rimos.
- Não, ó... Tu sabe que vai sair metade, né? Infelizmente o tio Geraldo não vai, o cara do condomínio com o cachorro legal, o port... Puts, pior que o porteiro é gente boa mesmo, pretinha. - Gargalhei.
- Se depender de vocês vira rave, né? Graças a Deus.
- Mamãe, não tenho culpa se sou simpático. - Brincou, enquanto eu ria e fazia cócegas na sua barriga, o fazendo gargalhar.
O menino era inimigo do efeito da injeção, pois a maioria das crianças ficavam amuadas e ele tava no 220, mas assim que tomou o xarope, foi de cem a zero, ficando chapadinho de tudo.
- Porra, tô quebrado demais. - Gabriel fechou a porta depois de colocar ele pra dormir, sentando na ponta da cama.
- Vem ca, deixa eu cuidar de você. - Dei umas batidinhas na cama e ele sentou, suspirando, enquanto eu começava a massagem seus ombros, vendo ele fechar os olhos.
- Tô me sentindo culpadão, moleque parece o fofão por minha culpa. - Segurei o riso e ele me olhou. - Para de rir, menina. - Não aguentou e riu também.
- Não é sua culpa, Gabe. Pelo contrário, ele só tá bem porque você foi rápido no socorro. Se ele tivesse comigo, nada ia mudar, porque nem eu sabia dessa alergia dele, e isso não me tornaria uma mãe pior, aparesae de acharmos que sim. Então não se culpa, você é um herói pra ele e tá se tornando um paizão. Obrigada por cuidar da nossa cria. - O abracei por trás.
- Sempre vou cuidar de vocês.
- E eu confio, meu amor. - Beijei seu ombro, sentindo sua pele arrepiar e dando uma risadinha.
Ele virou o corpo e me puxou pro colo dele, enquanto eu ria, assim como toda vez que me sentia uma pena nos braços dele.
- Me amarro quando tu me chama de amor, tá?
- Dengosinho demais. - Ele deu um sorrisinho, acariciando meu rosto e passando a mão pra minha nuca, fazendo uma trilha de beijos do meu maxilar até a minha orelha.
- Sou... Mas é segredo nosso. - Lambeu meu pescoço e eu joguei a cabeça pra trás, suspirando.
Era dele e fim de jogo.
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Planos || Gabigol
FanfictionTenho você por perto Nunca me senti tão completo Nunca me senti tão seguro Perco o medo do fim do Mundo [...]