baby boy.

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Inocente
Acha que vai fugir da gente?
Todas essas voltas pra bater de frente
Todo amor do mundo
Ela senta, ela sente

Gabigol

Desci as escadas, vendo que ele olhava para os lados, provavelmente nos procurando.

Assim que me viu, correu e nos abraçamos.

- Papai, nós conseguimos

- Você conseguiu, campeão. Decisivo demais, tá?

- Puxei você.

- Puxou sim, papai tá orgulhoso. E estaria independente do resultado, só pela sua coragem. - Voltamos a nos abraçar.

- Eu viii. - Cantarolou no meu ouvido, se referindo ao selinho que dei na Lua.

- Não viu nãão. - Cantarolei baixinho também.

- Vi simm. - Devolveu, me fazendo rir.

- E aí meu craque, tem um tempinho pra um autógrafo? - Ouvimos a voz dela, disfarçando.

- Pra minha fã número um sim. - Ela gargalhou, o pegando no colo.

- Parabéns, meu bombom. Eu estou orgulhosa de você, falei que ia conseguir.

- Falou mesmo. Eu te amo, mamãe. - Deram um beijo de esquimó e eu dei um sorrisinho.

Esses dois eram tudo o que eu precisava.

O cara que tava na fileira abaixo da nossa se aproximou, junto com o babaquinha do tal de Otávio, emburrado que só.

É imaturo chamar uma criança assim? Sei lá, já chamei.

- Olha só umas das estrelinhas do dia. Parabéns pequeno, vocês jogaram muito, foi merecido.- Ele soltou.

- Obrigado! - Sorriu, descendo do colo da Lua e dando a mão pra mim e pra ela. - Parabéns, Tavinho. Você jogou muito, perder acontece, o importante é que a gente se divertiu, né?

- Não! - Cruzou os braços e Davi me olhou, segurando o riso.

O prazer de implementar o caos tava no sangue, não tem jeito.

- Otávio!! Desculpa, gente. Otávio, cumprimenta o amiguinho. O que conversamos sobre não levar a sério a competição? Não pode ser assim!

- Mas eu não quero.

- Mas vai, anda. - Ele revirou os olhos.

- Parabéns. - Apertou a mão do Davi e segundos depois, chamaram eles pra colocar as medalhas.

Davi se aproximou do Gustavo, fazendo um toque com ele. Eles fizeram fila e enquanto os dois faziam uma dancinha.

- Ala o Chris Brown e o Justin Timberlake. – Lua comentou observando a cena, me fazendo gargalhar. – Eles são fofinhos, né?

- Muito. São amigos faz tempo?

- Uhum, o primeiro amigo que ele fez aqui.

- A gente devia levar ele pra comemorar em algum lugar, né? Comer alguma parada, sei lá.

- Naquela hamburgueria que ele se amarra?

- Fecho. – Fizemos nosso toque. – Ai... Podiamos falar da gente também, né?

- To tentando enrolar mas esqueço que com ele não funciona. – Rimos. – Melhor, né?

- Acha que ele vai achar ruim?  – Ela riu.

- Não faço a mínima ideia, esse aí é imprevisível. Mas acredito que não... né? – Ri, passando a mão envolta do pescoço dela.

Quando me imaginava tendo um filho, nunca tive essa brisa de que ele seguisse meus passos e conhecendo Davi, acho muito difícil que siga, mas confesso que foi foda ver ele todo feliz recebendo a medalha. Acho que me vi um pouco ali na idade dele.

Planos || Gabigol Where stories live. Discover now