LXXI

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Desculpem a demora, mas estou de mudança e tudo está um caos para resolver.

Soltem aquela estrelinha aí pra mim uai!

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As palavras não tinham como não doer, elas iriam machucar, tal como um terrível passado de sofrimento e dor, e isso também não tinha como mudar. Mas talvez, aqueles três irmãos pudessem fazer diferente, não por eles, mas por alguém que já havia sofrido o bastante na vida.

— Então, o que vocês querem me falar? - Dona Fátima perguntou, juntando as mãos

— Bom, nós... - Gabriel não soube por onde começar - É que...

A mais velha dos três apertou os ombros de Gabriel com calma e apenas com aquele toque, acalmou o rapaz.

Carol se aproximou e ficou atrás de Gabriel no sofá, com a mão em seu ombro.

— Gizelly, você viveu isso desde o começo, que tal começar?

Giovanna falou, apesar de não querer jogar tudo nas mãos da irmã caçula, não teve outro jeito.

A cirurgiã até o momento estava de cabeça baixa olhando para as próprias mãos. Gizelly levantou o rosto e se deparou com Rafaella à olhando, a loira apenas assentiu em sua direção.

O silêncio tomou conta da sala por alguns instantes, logo Gizelly não sabia por onde começar, mas por dados momentos se lembrou de quando sua vida era regada de mentiras, e não era mais isso que ela queria para seu futuro próximo.

— Primeiro me desculpe por toda essa confussão, as grosseiras da minha família, nunca imaginei que ajudar alguém iria fazer nossas vidas mudar radicalmente, e isso é louco, eu venho de uma família de médicos e advogados, ajudar o próximo deveria ser lei dentro da minha própria casa, mas não foi isso que aconteceu, o meu avô... - Gizelly suspirou - Ele... Ele não queria que eu ajudasse a senhora, não queria que eu exercersse meu papel de médica,..

— Eu não queria que isso acontecesse, minha menina! - Dona Fátima disse, a sinceridade era visível em cada uma de suas palavras - Prometo pagar tudo que vocês gastaram, olha...

— Não! - Gizelly segurou nas mãos da senhora que estava a sua frente - A senhora não nos deve nada, não fale em pagar quando sou eu e a minha família que lhe deve muitas coisas!

— O que vocês me deveriam? - Um sorriso fraco se fez presente no rosto de Dona Fátima - Eu quem devo à você minha criança, lhe dei tanto trabalho, e você fez tanto por mim como ninguém nunca ousou fazer, eu me sinto honrada de ter encontrado alguém que tenha o coração tão puro e bom quanto o seu e da menina Rafaella, assim como de seus irmãos, e eu agradeço por isso, obrigada!

Os três sentiram seus corações se apertar como nunca antes do no peito.

— A senhora nunca mais vai está sozinha! - Giovanna falou, seus olhos já estavam marejados

— Eu soube disso no momento em que vocês estavam ao meu lado quando me despedi do meu Léo, vocês estavam lá e eu sou grata por isso! - Dona Fátima falou, seu sentimento era de gratidão

Gizelly sentiu seu maxilar tremer, segurando algumas lágrimas que queriam sair mas não deveriam, não era hora e nem momento.

NORONHA | GIRAFA - G!PWhere stories live. Discover now