NORONHA | GIRAFA - G!P

LXV

Aqui novamente procês, já estou bem melhor, e vamos lá...

Soltem aquela estrelinha aí pra mim uai!

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Após o episódio conturbado com seu avô, Gizelly voltou novamente para dentro do quarto onde Dona Fátima estava, mulher conversava animada com Rafaella que lhe contava várias coisas sobre sua vida.

Gizelly resolveu deixar pra lá por aqueles minutos e deu atenção para sua paciente, ao menos naquele momento ela ainda era sua paciente.

As duas tentavam deixar de lado o fato de que o sobrinho daquela senhora havia feito um crime hediondo, e apenas colhia as coisas boas que ela tinha para oferecer.

...

— Bom, espero que todos estejam de acordo! - Carlos finalizou ao terminar o falatório da reunião - Alguma objeção?

Algumas dúvidas vieram de Aiane e Vinicius mas que logo foram tiradas e assim possivelmente fecharam o assunto.

— Então fechamos assim, todos que tiverem de acordo, levantem a mão, por favor! - Mariana falou

Dos 10 médicos dentro da sala apenas 9 levantaram a mão, a única que não levantou foi Gizelly que estava imersa em seus pensamentos de seu monólogo mais cedo com Carlos.

— Gizelly? - Mariana chamou, mas sem sucesso

— Doutora Bicalho?! - Carlos ponderou a voz

Gizelly respirou fundo e voltou sua atenção para a reunião que estava tendo ali.

— Estou de acordo! - Gizelly falou, quase que irritada - Já podemos acabar com isso? Tenho pacientes para atender!

— Reunião encerrada, desejo um ótimo dia de trabalho para todos vocês! - Carlos disse, tentando parecer gentil como sempre foi

Os médicos se levantaram e aos poucos seguiram para fora da sala enquanto conversavam algumas coisas.

— Gizelly? - Carlos chamou - Quero falar com você!

A cirurgiã parou próximo a porta e se virou, já estava sem paciência para seu avô.

— O que o senhor deseja? - Gizelly perguntou, seriamente

— O que houve? - Ele se aproximou, calmo como sempre - Nunca te vi tão dispersa como hoje!

— Tenho que trabalhar, Carlos!

Gizelly segurou na maçaneta de volta mas sentiu a mão de seu avô em seu ombro, lhe impedindo de sair.

— Está chateada? - Ele perguntou

— Por que não posso cuidar daquela senhora? - Gizelly foi direta - Qual o problema?!

— Você tem uma especialidade, não pode se dispor a cuidar apenas de uma paciente só porque ela tem problemas, assuma seu lugar de cirurgiã e não de cuidadora particular! - Carlos foi direto - Estamos entendidos?