NORONHA | GIRAFA - G!P

LXVI

Oia quem está aqui pra mimar vocês, soltem aquela estrelinha aí pra mim uai!

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A queima de arquivo em menos de minutos aconteceu diante dos olhos de quase todos que estavam dentro da carceragem, e era aterrorizante.

— Não Leonardo... Por favor, fala comigo!

Rafaella ainda tentava reanimar o rapaz, mas não obteve nenhum sucesso no que fazia, era inútil qualquer esforço físico.

— Rafa...

Gizelly se levantou do chão passando o braço pelo nariz, fungando. Mas a loira continuava ali, desacreditada que a única pessoa que poderia contar toda a verdade por trás do incêndio de sua clínica, estava morta.

— Rafaella?! - Gizelly a puxou pelo braço com força, pareando seus corpos - Não adianta mais, ele se foi!

— Não! - Rafaella tentou se soltar, sentindo seu corpo sem forças para aquilo - Isso não pode está acontecendo... Não pode!

A cirurgiã engoliu seco e a abraçou com força, toda força que existia dentro de seu corpo tentou usar naquele abraço.

Era como se estivessem voltado para a estaca zero, e muito mais que isso, a pessoa por trás do incêndio não estava para brincar, mandou matar sem qualquer remorso ou culpa e poderia fazer com qualquer um.

— Eu... Como isso...

Ribeiro tentava pronunciar algo, estava em choque, nunca havia acontecido aquilo em sua delegacia.

— Sugiro minimamente que investigue seus policiais, principalmente o qual passou por aqui para entregar o jantar! - Fábio falou, sério e assustado

— Claro, isso irá ser feito imediatamente! - O policial pareceu voltar a si

Rafaella estava nos braços de Gizelly, olhando para o corpo sem vida de Leonardo, era um rapaz novo, bonito e desesperado, o caminho errado o levou até ali, e agora, nada mais poderia ser feito por ele. A loira deixou que suas lágrimas caíssem, seu choro não era pela perda, e sim, por saber que alguém também tentaria lhe matar caso fosse preciso.

— Ei... - Gizelly a segurou pelos ombros - Vai ficar tudo bem, eu prometo!

— Promete pra mim... - Rafaella engoliu o choro - Promete pra mim que nada vai acontecer com o Nicolas, eu não vou suportar que algo aconteça com ele!

— Nada vai acontecer com o nosso filho, amor! - Gizelly a abraçou novamente - Eu prometo!

Aquele momento era tão destruidor, tão tenso e triste, que chegava a cortar quem estava assistindo.

Fábio se aproximou das duas e as abraçou, tentando conforta-las de alguma maneira, em especial Rafaella.

— Pai... - Gizelly quebrou o contato de seus corpos - Ele... Bom, ele não tinha família além da tia que está no hospital, alguém precisa...

— Claro! Claro, não se preocupe com isso, eu e o...

Fábio se virou para falar com o advogado de Leonardo mas ele não estava mais lá. Havia se ido como fumaça.